sábado, 30 de junho de 2007

Está chegando a hora!

Por Débora Nobre
Faltam 14 dias para o Pan! Chegou a hora da contagem regressiva.

Já somos bombardeados por propagandas sobre os jogos há algum tempo; também persiste a dúvida sobre a conclusão de toda a estrutura montada no Rio de Janeiro. Mas esta semana uma notícia em especial chamou a atenção. Nesta semana, policiais ocuparam uma favela no Rio em mais uma tentativa de coibir o tráfico de drogas e a violência. O secretário de segurança do estado afirmou que a ocupação será mantida durante os Jogos Panamericanos, visando garantir o sucesso do evento.

É indiscutível que centenas de pessoas não conhecem o Rio porque têm muito medo de visitar a cidade. Inclusive, milhares de turistas não escolhem este destino por ouvirem inúmeras notícias sobre a violência e o perigo instalados nas ruas da cidade.

Será que desta vez as coisas vão funcionar? Geralmente, grandes eventos realizados no Rio de Janeiro não apresentam problemas quanto aos atos violentos praticados pelos criminosos. Há uma lenda que diz que múltiplos acordos são feitos com os traficantes para que eles não atrapalhem a realização dos eventos programados. Também existe outro mito (quase uma teoria da conspiração) segundo o qual as coisas onde a “Rede Globo” esteja envolvida tendem a dar certo. As perguntas de como isso é conseguido, e através de que preço, ainda não podem ser respondidas...

O fato do momento é que o Pan não pode ser prejudicado. Mancharia seriamente a imagem da cidade, e a credibilidade do país. Em um lugar onde a obsessão dos cidadãos é ver uma Copa do Mundo em seu território, é inaceitável esta insegurança, se tudo vai dar realmente certo. Infelizmente, temos que contar com a certeza de que os traficantes estão felizes. Suas vendas vão estar garantidas, e eles não terão motivos para atrapalhar os Jogos. Por precaução, 25 mil homens (da Polícia Federal, da Força Nacional e policiais rodoviários) desembarcam no Rio daqui a 14 dias para assistirem, quer dizer, trabalharem durante os Jogos. Eu torço muito para isso dar certo.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Deu Boca? Não, deu Riquelme!

João Luiz Freitas

Grêmio 0x3 Boca Jrs. na Argentina e no Olímpico, em Porto Alegre, o time de Buenos Aires novamente bateu os tricolores, dessa vez, pelo placar de 2x0. Enquanto os jornais argentinos estamparam a foto de seus campeões, o torcedor brasileiro se perguntou qual o motivo da derrota gremista nas duas ocasiões.

Seria o efeito La Bombonera? A incansável torcida argentina que não cessava seus gritos de incentivo ao time? Ou a prevalência da raça argentina sobre a técnica brasileira? Não, meus amigos, desta vez o Grêmio perdeu o campeonato continental não apenas por sua incompetência. Mas pela presença de um monstro em campo como adversário: Juan Román Riquelme.

Um jogador sério, sem catimbas e sem manhas, mas que esbanja toda sua classe e habilidade com a bola nos pés. E como poucos, se dá bem sem ela também. No auge da carreira, Juan Roman Riquelme, revelação do Boca que se destacou no início da década, mostrando-se nas duas finais um verdadeiro craque. Vindo da Espanha, de má fase no mediano Villareal, ele não precisou de mais que seis meses para conduzir com maestria o sexto título do Boca na Libertadores.

Me faz lembrar um outro certo camisa dez argentino, que também vinha de má fase da temporada européia e de uma exclusão por dopagem na Copa do Mundo e assinou, em 1995, um contrato com o Boca Jr.s e fez sucesso ao lado de um certo Canniggia.

É certo que don Diego será sempre um mago perto de Riquelme, mas os dois sabem vestir a camisa 10 e dar alegrias a torcida argentina, seja na seleção ou no time mais querido do país. Um camisa dez digno de seu posto e que há um bom tempo faz falta ao futebol brasileiro.

Não lamente, torcedor gremista! Lembre apenas de um certo gênio argentino, que apesar de todo talento, no extremo de sua vaidade prefere ser chamado de Román.

***************

Abre o olho senhor Dunga, depois de perder o Fred, ter o Afonso no banco, vimos que a Argentina de Riquelme, Tevez, Verón e companhia não está pra brincadeira. Copa América não é experiência, é coisa séria!!

A CAUSA DO DESINTERESSE

Felipe Muniz

Desinteresse essa é a melhor palavra para definir a Copa América, pelo menos se falando do Brasil. E esta palavra tem alcances inesperados. A palavra se encaixa na pedida de dispensa das duas maiores estrelas da seleção basileira: Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Alegando cansaço, os dois jogadores que estão entre as maiores estrelas do futebol mundial não disputam a competição.

Aceitado o pedido de dispensa por parte da comissão técnica, que se diga , é o primeiro trabalho do técnico Dunga, a convocação apresentou surpresas não muito agradáveis ao torcedor. Nomes como Fernando, Afonso Alves, Alex Silva, Maicon não agradaram a torcida e também a imprensa.

Depois da ultima quarta-feira na derrota de 2 a 0 para o México as criticas foram mais duras. A falta de movimentação da equipe foi evidente, e alguns jogadores em campo apáticos mostravam como a palavra desinteresse faz sentido.

Parece não comover mais os jogadores brasileiros, que ganham salários astronômicos na Europa, em defender a camisa do seu país. Começaram aqui, mas suas origens são esquecidas e agora idolatram os torcedores de lá, dizendo mais civilizados.

Com essas atitudes, é cada vez menor a atenção do próprio torcedor aos jogos do Brasil. A reação a uma derrota, como da ultima quarta-feira, a muito não é comovente. Não que o país tenha que parar por causa de uma derrota, mas deve-se comentar mais sobre o fato. Assistir nossos sempre rivais argentinos passarem aperto, mas mostrando garra conseguem virar o jogo para 4 a 1 é um exemplo a ser seguido.

Que o interesse nacional pela seleção volte e que venham mais muitos títulos

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Interperíodos 2007

Thamara Gomes

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A bola já está rolando no campeonato mais esperado do ano, o Interperíodos da Faculdade de comunicação da UFJF. A disputa teve início com 8 equipes, contando com alunos e ex-alunos da Facom.

Com o fim da primeira fase duas equipes já estão eliminadas e por isso não merecem destaque nesta coluna. Que me desculpem os meus amigos João Luiz Freitas, Jonas Mendonça e Guilherme Oliveira, mas um time que não consegue ficar nem em terceiro em um grupo de quatro não pode ser nem citado.

Revirão e Vergonha já estão garantidos na semifinal. A equipe do Revirão tem a principal estrela e artilheiro da competição, Felipe Mostaro, que anotou 8 dos 9 gols marcados pela sua equipe. Já o Vergonha tem na defesa a sua principal arma, é a equipe menos vazada da competição, graças ao defensor Felipe Muniz, que além de desarmar o adversário ainda arma o contra-ataque da equipe.

Pela repescagem se enfrentam Greco-Churros (3º lugar no grupo B) e Kid Bengala (2º do grupo A), e na outra partida Fatorial (3º do grupo A) e Pegafogo (2º do grupo B). O Churros vem com o time bastante modificado e ainda terá o desfalque de 'Tiaguinho' para esta partida, por isso conta com os gols de Tiago 'Harry' para ajudar a equipe. Já o Kid tem o desfalque de Fabríco 'Mau Mau', importante peça na equipe. Sinal de jogo equilibrado.

Na segunda partida a equipe do Fatorial leva uma certa vantagem, pelo entrosamento da equipe e pelo excelente goleiro Fábio, melhor arqueiro da competição. O Pegafogo terá de jogar muito se quiser que a bola chega às redes.

Revirão e Vergonha aparecem como favoritos pelo desempenho na 1ª fase. Os jogos prometem! As repescagens e as semifinais serão disputadas no sábado, já a grande final acontece no domingo. Muita emoção deve vir por aí, por isso não deixe de acompanhar o Interperíodos 2007 e torcer para o bom espetáculo.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Reformulçao no calendário

Paulo Lopes
Depois do clássico San-São de domingo, eu ouvi muita desculpa por parte dos santistas. Eles diziam que o time perdeu porque estava com muito desfalque, os são-paulinos retrucavam dizendo que também estavam com desfalques.

O fato é que os dois times estavam sem três jogadores por causa da Seleção Brasileira. Kleber pelo lado do Santos e Josué e Alex Silva pelo Tricolor Paulista. Há também o Maldonado e o Reasco que não podem jogar pelos times porque estão na Copa América.

Nesse mesmo blog eu já defendi uma mudança no calendário nacional e internacional por causa da Copa do Brasil, agora eu volto a defender a mudança do calendário internacional, mas o motivo desta vez é por causa das competições no meio do ano que causam uma debandada nos jogadores do Brasil e consequentemente enfraquece o já fraco futebol brasileiro.

Somente com a Copa América e o Pan 18 jogadores desfalcarão seus times (contei apenas os jogadores que jogam na equipe principal). Esses jogadores desfalcarão por mais de um mês os clubes, isso reverterá diretamente na classificação. O futebol jogado no Brasil carece muito de bons jogadores, e os poucos clubes que os têm, são castigados por terem.

Proponho duas alternativas: a primeira seria modificar a data da Copa América, ela seria jogada no final da temporada nacional. A segunda (eu acho a mais fácil de acontecer) seria paralisar o campeonato brasileiro, igual ao que acontece na Europa. Quando tiver algum amistoso oficial da Seleção Brasileira ou alguma competição oficial o campeonato vigente no momento paralisaria.

Não se pode tirar os poucos bons jogadores que nos restam nesse certame. Depois o time perde o título nacional por um ponto, não tem pra quem reclamar.

Promessa é dúvida!

Bruno Guedes

Ser treinador da Seleção Brasileira de Futebol não deve ser fácil. Pressão, inveja, ira, são alguns dos temperos que cercam a vida dessa contestada figura em seus primeiros momentos no comando do onze canarinho. Mas, com o tempo a coisa piora. É só prestarmos a atenção no caso de Dunga. Se a escolha do ex-capitão já era criticada pela sua falta de experiência, agora, o treinador é metralhado diariamente por suas escolhas na hora de convocar.

Afonso Alves (Heerenveen), Fernando (Bordeaux), Doni (Roma), Jô (CSKA); são apenas algumas das “novidades” do ex-camisa 8 à frente do escrete nacional. Jogadores que para si, só tem a vantagem da badalada experiência internacional. Que também contemplam atualmente craques como: Botti (ex-Vasco), Kim (ex-Atlético Mineiro), Thiago Gentil (ex-Palmeiras), Bóvio (ex-Santos). Enquanto isso, bons jogadores que continuam aqui na terra onde canta o sabiá, como Dodô, Diego, Renato e outros, continuam de fora da seleção.

Nos últimos dias, Dunga deu uma entrevista elogiando o primeiro rival do Brasil na Copa América, o México. Não que os mexicanos não mereçam elogios. Afinal, tem sido constantes seus bons desempenhos em competições internacionais, além de sempre dar trabalho a nossa seleção. Mas, dizer que nosso próximo adversário é favorito na partida é uma piada. Independentemente dos motivos que Dunga teve para dar essa declaração, o treinador não pode esquecer que é técnico da equipe de futebol mais importante do mundo. Claro, não precisa exagerar como o “Muito Velho Lobo”, Zagallo, para quem o Brasil não precisa se preocupar com os outros rivais, porque somos penta, eles é que devem se preocupar com a amarelinha.

Humildade é uma arma importante para quem deseja vencer. Mas, nunca deve ser exagerada ou falseada. Pois, pode virar uma desculpa por derrota que ainda não aconteceu ou, então, uma anedota de muito mau gosto. Enquanto isso, nós, brasileiros vamos sofrendo de um lado, e Dunga sofrendo de outro. Pena que Dunga não pode perder sozinho. Por isso, desejo sorte a ele e principalmente muita lucidez na hora de convocar e mudar sua equipe. Que o técnico cumpra sua promessa, de trazer de volta o orgulho de sermos penta, e o amor a camisa. Coisa que ainda não aconteceu.

domingo, 24 de junho de 2007

Bola nas mãos

Por Débora Nobre
Esperei ansiosamente para que este dia chegasse... Sábado, dia de publicar meu texto no blog!
Aconteceu no domingo. Foi uma manhã nostálgica. Enquanto assistia a vibração dos ótimos jogadores brasileiros, lembrava-me do tempo em que me aventurei pelos jogos de handebol. Há uma máxima – chega a ser até uma lenda – de que as pessoas que gostam muito de assistir e jogar futebol não se dão muito bem com este outro esporte. Afinal, para quem tem intimidade entre os pés e a bola, imaginar praticar um esporte onde a regra diz que o gol que vale é o de mão... Convenhamos que isso parece um tanto estranho.
Mas de repente lá estava eu, em frente à televisão, hipnotizada pela destreza e pela habilidade das jogadas em um jogo lindo. A seleção brasileira vai muito bem, obrigada! Venceu o Desafio Internacional de Handebol no dia 17 de junho, o domingo fatídico, contra a seleção masculina da Rússia. O torneio é um campeonato “pré-Pan”, como um aquecimento para os Jogos Panamericanos que estão por vir. E o Brasil detonou nesta final, dando um show de bola e revelando atletas de extrema qualidade. Minha surpresa foi imensa quando me vi maravilhada diante do jogo. O handebol é um esporte muito rápido, com jogadas fortes e precisas, onde um pequeno deslize pode resultar em desperdício de gols preciosos. A cada segundo, novas jogadas surgem e gols belíssimos são marcados. Sinceramente, já virei fã da seleção... Estou me preparando para os jogos do Pan, esperançosa de que nossos atletas mostrem seu poder diante dos próximos adversários.
A estréia da seleção brasileira de handebol será no dia 14 de julho. O Brasil é treinado pelo espanhol Jordi Ribera e está no Grupo B do Pan, ao lado de Cuba, Canadá e Chile. Quem ainda não viu a “performance” dos atletas em quadra, aí vai uma amostra: http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM690328-7824-SELECAO+BRASILEIRA+DE+HANDEBOL+FATURA+TITULO,00.html
PS.: Bruno Souza – esse é o CARA!

"Saracuteando"

por Paulo Monteiro

Copa América, é pra rir ou pra chorar?

A Copa América esta aí. Nesta quarta se inicia o torneio de seleções continentais das Américas, Venezuela e Bolívia será o jogo. Há alguns anos atrás qualquer um torcedor afirmaria sem medo de errar: um jogo horroroso! Hoje já não é bem assim. O bobo no futebol é peça rara. As equipes cada vez estão mais profissionalizadas e até competitivas. Um exemplo claro é a própria Venezuela. Em todas as eliminatórias, a seleção do país do petróleo era “ponto bônus” em sua chave. Qualquer resultado que não fosse uma goleada, era considerado um fracasso. A última eliminatória mostrou que a seleção de tal país brigou em muitos momentos por uma vaga na repescagem, e tirou pontos importantes de seleções tradicionais como Uruguai e Chile. E a emergência de seleções por enquanto desconhecidas não é fato apresentado apenas nas Américas. Em 2006 viu-se a competência da Costa do Marfim, que só não avançou mais na Copa do Mundo por ter ficado no “grupo da morte”. Agora vocês podem estar se perguntando, aonde você quer chegar com isto? A resposta é simples: O Brasil não vencerá a copa, e um dos motivos é o crescimentos das seleções ditas medias ou fracas.

Quando se joga com uma camisa sagrada, como a verde-amarela, tem-se a impressão de que todas as portas se abriram diante do único país pentacampeão do mundo, mas não é bem assim. Pensando desta forma, e muitos atletas nem mesmo querendo participar do torneio, o Brasil vai a campo com um time “B”, que infelizmente não é de bom, e no momento está mais pra bisonho (digo tal palavra por não poder dizer as que tinha vontade, mas você a leia da maneira que melhor lhe convier). Dunga, o teimoso, o cego e surdo, treinador brasileiro, insiste nos seus apadrinhados, Fernando, Wagner Love, Doni, Afonso e outros. Entristece-me ler a escalação da Argentina com Riquelme, Messi, Palácios e outros craques, não porque queira mal a seleção argentina, mas é que nomes como estes causam inveja no dia de hoje. Quem dera pedisse gols a Palácios, mas por enquanto tenho que rezar para que Deus, os anjos, querubins, espíritos, bruxas, gnomos, duendes, fadas ou qualquer ser sobrenatural ajude Afonso e Love no ataque canarinho. Só assim.

Novos patrocinadores da seleção durante a Copa América Conhaque Domus: para afogar as mágoas sem gastar muito dinheiro com a seleção. Aspirina: só ela para curar a dor de cabeça.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Seguir em frente

Monique Soares
É, acabou. A Libertadores de 2007 teve sua final nessa quarta-feira. Vitória esperada do Boca Juniors sobre o Grêmio. O Tricolor Gaúcho deixou a situação praticamente inviável para a vitória quando permitiu que o resultado do primeiro jogo chegasse em 3 a 0. Tanto que a Rede Globo iniciou as transmissões mostrando torcedores do Grêmio em todo Brasil. Uma forma explícita de chamar a atenção da audiência, mesmo que o jogo seja difícil. E foi.
No primeiro tempo, o Grêmio não conseguiu se impor o bastante e não marcou nenhum gol, tornando ainda mais distante o sonho da Taça. A tradicional cera argentina estava presente. Eles cozinharam o jogo o quanto puderam. Mesmo assim, mostraram superioridade levando a dois gols no segundo tempo. Placar total de 5 a 0. Está certo que nenhum time irá representar o Brasil no Mundial, mas temos Copa América, Pan-Americano e todo o Campeonato Brasileiro pela frente.
Aliás, este fim de semana haverá três clássicos que merecem ser destacados. Minas Gerais será mais uma vez palco deste que promete ser um espetáculo recheado de gols: Cruzeiro x Atlético-MG. Com certeza a torcida fará um show a parte.
Na Vila Belmiro, Santos e São Paulo se encarregam de mostrar o futebol-símbolo, aquele que tem jogadas perfeitas. Isso me remete aos tempos em que eu acompanhava quase todos os jogos do São Paulo por eles apresentarem um futebol bonito, bem demarcado, com características de futebol de salão. Cada um tinha sua posição e sabia muito bem o que fazer, sem invadir o espaço alheio. Isso era há uns 5 anos atrás. A situação não é exatamente a mesma, muitas coisas mudaram, mas ainda vale acompanhar. O Peixe tem a característica de revelar craques desde sempre. Hoje, em São Paulo, é o time que mais tem convencido. Por isso será um clássico e tanto.
Outro que irá compor os clássicos desta rodada é o grande Gre-Nal. Não sabemos se o Grêmio tantará compensar o jogo da Libertadores ou se o Inter se aproveitará do momento frustrante que o seu maior rival enfrentou. É a chance do Grêmio. É a chance do Internacional.
Façam suas apostas. A próxima rodada do Brasileirão vem aí e o domingo promete.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Campeões Gêmeos


Renan Caixeiro

Os jogadores não possuem a mesma qualidade técnica mas uma coisa é incrivelmente idêntica entre Milan e Boca Juniors: a disposição tática. Ancelotti e Rosso nunca esconderam seu estilo de jogo e foram campeões. O que um esquema bem definido é capaz de fazer? Vimos esta temporada.

O 4-1-2-1-2, ou 4-4-2 mesmo, só funciona quando se tem jogadores disciplinados taticamente e que se conheçam muito bem em campo.

E uma peça fundamental, indispensável, na 'amarra' de todo o esquema é o armador, o 1º ou 4º (como queiram) homem do meio de campo. No caso, Kaká e Riquelme. Exemplos de excelência em passe e organização de jogo.

Está explicado a fórmula? Que Brasil e Argentina sigam a receita, aposto que ótimos espetáculos podem ser proporcionados com dois camisa 10 de tamanha qualidade. Ronaldinho, Robinho e Messi podem brincar à vontade!

p.s.: A Itália, campeã do mundo, jogou assim boa parte da Copa.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

A grande final

Thamara Gomes

Ingressos esgotados, torcida vibrante e dois times mais do que tradicionais em disputas de competições continentais, estão aí os ingredientes da partida de hoje no Estádio Olímpico, em que estará em jogo o título da Copa Libertadores da América.

Com um placar amplamente favorável o Boca vem ao Brasil para fazer um jogo tipicamente argentino, cheio de catimba. O armador Riquelme é a principal estrela do time, e sabe fazer muito bem o papel de atrasar o jogo, protege bem a bola e sabe cavar as faltas necessárias.

A torcida tricolor não desanima e vai empurrar o time pra cima do time de Miguel Angel Russo. A única novidade do time em relação ao que perdeu a 1ª partida em Buenos Aires é a volta de Lucas no meio-campo, o meia, que faz a sua última partida palo time gaúcho, entra no lugar do suspenso Sandro Goiano, deixando a equipe com uma melhor qualidade técnica na saída de bola. Amoroso deve ser arma para o 2º tempo.

O tricolor gaúcho vai ter que demonstrar porque é conhecido como 'o time mais argentino do Brasil' e colocar toda a sua garra dentro de campo, e o mais difícil, sem ceder às pressões argentinas. Difícil mas não impossível! Assim será a missão do Grêmio de Futebol Porto Alegrense para tentar levantar mais um caneco inter-continental.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Explicação

Paulo Lopes
Sabe quando aparece em um rodapé da coluna de um jornal: "excepcionalmente fulano não escrve hoje"? Então isso serve para mim no post de hoje.

Por motivos de trabalhos e provas acadêmicos que estão mais do que me saturando não poderei escrever nada amplo hoje. Peço desculpas e espero na próxima semana minha vida já ter voltado ao normal e consequentemente escrever para o grande blog do resumo esportivo.

Obs.: parabéns Tricolor paulista pela vitória. Espero que isso tenha sido a marca da redenção e o jogo mostrou o quanto que o Vasco é cavalo paraguaio. O time de Romário corre sério risco de cair este ano.

Chutômetro ligado

Bruno Guedes

Essa semana foi criado o Bolão Campeonato Brasileiro do Resumo Esportivo, uma disputa acirrada entre os atuais e ex-membros de nossa equipe, além de alguns amigos. E entre os itens “apostados”, está a sagaz pergunta: “Quem será o campeão do Brasileirão?”. Difícil hein!?

Ainda não surgiu um favorito absoluto. O Botafogo é líder, já tem uma boa margem de frente (cinco pontos, com um jogo a mais). Mas, ainda quero esperar algumas rodadas, quando o técnico Cuca precisar de mais atletas do elenco, para saber se o Fogão é o melhor dos candidatos à levantar o caneco, como parece até agora.

Há dois meses apontei outros favoritos em um texto aqui no blog (http://resumoesportivo.blogspot.com/2007/04/o-brasileiro-vem.html). Nenhum deles conseguiu afirmação. O Grêmio disputando a Libertadores ainda não entrou para valer na disputa nacional. São Paulo e Inter procuram uma cara, um jeito renovado de jogar, depois das mudanças em relação a 2006.

Depois de começar com o time reserva o Santos venceu ontem em Caxias do Sul. Com um time limitado em processo de desmanche, o Peixe tem um trunfo, seu técnico. Maior vencedor de Campeonatos Nacionais, duas vezes campeão em quatro anos de pontos corridos, Luxa pode levar mais uma taça em um ano de equilíbrio.

Outros dois times aparecem bem nesse início de Brasileirão. Com times modestos e na base da raça Corinthians e Atlético Mineiro tentam surpreender. Sofrendo com um elenco reduzido “qualitativa e quantitativamente” os alvinegros tem mostrado superação para se manter na zona de classificação da Libertadores.

E ainda temos o Fluminense, que começa a embalar depois da conquista da Copa do Brasil. Já são quatro jogos invictos. O tricolor já é nono colocado, e uma vitória contra o América de Natal domingo pode colocar o Flu entre os seis primeiros

E para não dizer que não falei dos pequenos. Paraná e Goiás, também tem mostrado força. Os paranaenses voltam a repetir o bom desempenho e se encontram na terceira posição, já o Esmeraldino, depois de mau começo, já é sétimo colocado depois de duas boas vitórias contra Atlético Paranaense (fora de casa) e Palmeiras.

Confesso estar sem resposta para essa pergunta que não quer calar. Acredito que por boa parte do campeonato continuarei assim. Que bom! Espero que este seja, como parece, o Brasileirão mais equilibrado da história.

Façam suas apostas!

domingo, 17 de junho de 2007

"Saracuteando"

por Paulo Monteiro

Vrummmmmmmmmmm!!!!!!!!

Um domingo nostálgico. Não via uma corrida como a de hoje a anos. Lembro-me de quando era criança, e não perdia um episódio da Fórmula 1 por qualquer motivo do mundo. Senna brigava com Prost. Schumacher despontava nas pistas. Era gostoso assistir às corridas dominicais. A graça do circo automobilístico foi se dissipando, o Alemão, de características inexplicáveis e fantásticas, dominou longos anos do espetáculo mundial. Era chato ver uma corrida que não tinha ultrapassagens, não tinha disputa, e todos nós sabíamos quem seria o vencedor. Ainda mais, não tínhamos um brasileiro para torcer. Torcer por Rubinho era mais que inútil, era jogar energia fora.

Após anos sem acompanhar a categoria com afinco, me vejo em 2007 retomando o gosto pelo esporte, e hoje tive a comprovação de que é empolgante assistir a F1, valendo resistir até mesmo ao cochilo após o almoço. Uma corrida vibrante, com ultrapassagens à escolha do freguês, e disputas de não deixar o torcedor piscar os olhos. O menino Hamilton é genial. Sete corridas, sete pódios, duas poles, duas vitórias, quatro segundo lugares. E não me prendo a números, um garoto arrojado, que vê as zebras como parte integrante da pista, que acha que o acelerador é o pedal mais importante, e principalmente não tem medo, nem do muro, nem da brita, e nem do Alonso. Ver o jovem inglês fechar o espanhol na reta de Indianápolis, um dos templos do automobilismo, foi inexplicável. Nem nos piores pesadelos, Alonso imaginava que seu companheiro novato seria tamanha pedra nos sapatos. O veterano na Mclaren é competente, porém não fantástico, venceu dois campeonatos com uma Renault que não corria, voava, e praticamente não precisava de piloto. Raikonen e Massa fizeram também uma linda briga pela disputa da terceira vaga no pódio. Massa que tem tudo para ser um grande piloto, e é bom ver um brasileiro que briga por vitórias e orgulha os corações brasileiros.

Sem comparações, uma briga de Mclarens que muito lembrou Senna e Prost. Um domingo nostálgico. Que bom. Espero que as próximas corridas sejam empolgantes como esta, pois não pretendo acordar cedo para ver um carrossel de carrinhos estáticos que mantêm suas posições do início ao fim da corrida.

sábado, 16 de junho de 2007

Correndo por aí

Por Débora Nobre
As corridas de aventura ganham adeptos no mundo todo. O esporte surgiu na década de 80, na Nova Zelândia - sempre lá, o berço dos esportes radicais. A idéia era unir natureza e homem, aliando o desenvolvimento do corpo e da mente à interação destes com o meio ambiente. A busca por um esporte cada vez mais saudável e interativo criou um novo rumo para as corridas de aventura. Visitando a Argentina, o francês Gerrad Fusil criou a "Raid Gauloises", um campeonato onde seriam utilizados apenas meios não motorizados para ultrapassar as barreiras naturais em uma floresta. As várias técnicas misturadas objetivavam a exploração total do ambiente, sempre com a consciência de não destruir nada que fosse encontrado na natureza.
Hoje, as corridas de aventura atraem pessoas de diferentes estilos, mas encantam principalmente os jovens, que geralmente buscam esportes onde possam superar desafios e desafiar seus limites. No interior de São Paulo, o esporte é usado também por empresas que desejam treinar e qualificar seus funcionários. Afinal, não é nada fácil passar alguns dias ao lado de pessoas diferentes, tendo que vencer provas complexas e respeitar o ambiente e as decisões tomadas pela equipe. Universidades deveriam investir em projetos que usassem as corridas de aventura para qualificar os alunos e promover o relacionamento entre pessoas de diferentes cursos.
Quem não se animou a sair por aí com os amigos e se aventurar neste esporte, há uma opção mais light. Em Juiz de Fora, existe uma trilha que vai até o Morro do Cristo. É só ir até a Rua Olegário Maciel, subir a rua Floriano Peixoto e entrar na trilha que sobe o Morro do Cristo. São mais ou menos 40 minutos de subida, em um passeio muito legal. Os desbravadores devem levar tênis, roupas leves, boné e protetor solar. No inverno, a aventura fica mais divertida ainda. E a vista lá de cima compensa qualquer esforço.
Aproveito para indicar o site www.estradareal.org.br, que divulga eventos e "campeonatos" que acontecem nas cidades do circuito da Estrada Real.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Três esportes, uma semana

Monique Soares

Essa semana pude usufruir de ótimos momentos no que diz respeito ao esporte em geral.

Comecei no domingo, acompanhando a vitória de Nadal sobre Federer no tênis. Um "clássico". O troféu foi merecido, mas os dois são tão feras e têm tanta capacidade de fazer com que as pessoas se interessem em acompanhar o jogo, que qualquer um que ganhasse mereceria os parabéns. O evento ainda mostrou o Guga, no momento da premiação, "gastando" o seu francês. Até agora não sei o que ele estava fazendo por lá. Acho que ele passou, viu que estava acontecendo uma premiação e resolveu falar para que as pessoas se lembrassem que um dia, era ele quem estava recebendo prêmios, ele quem era o número um.

Falando desse jeito pode até parecer que eu tenho raiva do Guga, mas não tenho. Reconheço o bem que ele fez e principalmente como conseguiu motivar crianças de todas as idades e classes sociais a jogar tênis e ter um objetivo honesto na vida. Fora as alegrias que ele proporcionou a vários brasileiros que assistiam tênis só para ver o Guga jogar. Mas quero mostrar que isso agora pertence ao passado e o Brasil precisa de um bom representante no tênis. Enquanto não tem, a gente pega emprestado os ídolos dos outros.

Prosseguindo com minha sagaz jornada de espectadora esportiva, na quarta-feira acompanhei a estranha vitória do Boca Juniors sobre o Grêmio na Libertadores. Não estou protestando contra a vitória do Boca, pelo contrário. Adoro ver o La Bombonera estremecer e ouvir os gritos fanáticos de uma das mais belas torcidas que já vi. Só acho que o Grêmio não poderia ter se entregado dessa maneira. Deixou a pressão tomar conta e repetiu o mal feito de alguns outros times na Libertadores e na Copa do Brasil. Dificilmente o Grêmio vence, mas não coloco minha mão no fogo por sua derrota também não. Gostaria muito que um time brasileiro pudesse ir ao Mundial.

Por fim, um jogo que não acompanhei todo mas pude ver alguns dos melhores momentos, foi o Vôlei Masculino. Como sempre, deu Brasil. Amanhã tem o segundo jogo. Só por hoje, economizarei os elogios à essa equipe.

Três jogos, de três esportes diferentes. Literalmente um show de bola. E olha que a semana ainda nem acabou.

Eu vi Riquelme jogar !

Felipe Muniz

Sabe aquela história que seu pai e seus tios e vizinhos contam de um jogador da sua época? “Não, mas isso é porque você não viu o fulano jogar!” Essa semana me peguei pensando na hipótese de fazer isso quando mais velho depois da vitória do Boca Juniors diante do Grêmio.

Sou fã do futebol de Juan Román Riquelme desde 2000 quando o assisti jogando pela fase final da taça Libertadores da América. O então jovem jogador simplesmente fez duas partidas fenomenais contra o então campeão Palmeiras ajudando sua equipe conquistar o título.

Riquelme que é nascido no dia 24 de junho de 1978, hoje está com 28 anos e tem muita história para contar. Em 2001 ajudou o Boca a repetir o feito da conquista da taça Libertadores. Entre outors títulos importantes conquistou o campeonato mundial sub-20 em 1997 e também o mundial de clubes em 2000 diante do poderoso Real Madrid. Em 2005 concorreu ao prêmio de melhor jogador do mundo pela FIFA.Depois de uma passagem apagada pelo Barcelona, O meio campo reencontrou seu futebol no Villareal colaborando com a modesta equipe a chegar às semifinais da Copa dos Campeões na temporada 2005/2006.

Um meio campista de classe, com passe perfeito, com muita visão de jogo, sabe segurar a bola e que desde as categorias de base freqüentou a seleção argentina. Sua primeira partida pela seleção principal foi no ano de 1997. Participou da copa de 2006 quando a seleção chegou às quartas-de-final e foram eliminados pela Alemanha. Muito criticado por suas atuações na ultima, o jogador não joga mais pela seleção argentina.

Riquelme na ultima quarta-feira esteve presente nos lances dos três gols de sua equipe diante do Grêmio. Seja batendo faltas ou deixando adversários caídos antes de chutar para o gol esse é o estilo de um meio campo habilidoso que as vezes some na partida mas aparece quando se precisa dele.

Na próxima semana torcedores do Boca e amantes do futebol se despedem do jogador no Boca e só poderão assisti-lo somente pela televisão. Campeão ou não o boca deve muito de sua recente história aos pés deste camisa 10.

No futuro contarei aos mais novos com muito orgulho que vi Juan Román Riquelme jogar esse futebol bonito que todos gostam.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Os craques do seu time

Estarão oito rodadas longe do Brasileirão:

Grêmio: Lucas e Carlos Eduardo
Flamengo: Renato Augusto
Corinthians: William
Internacional: Alex Pato e Ji-Paraná
Cruzeiro: Luizão
Atlético-PR: Roberto
Figueirense: Edson
Palmeiras: Amaral
Santos: Felipe

É verdade que nem todos que citei são titulares, muito menos 'craques'. Todos estes foram convocados para a seleção sub-2o para o Mundial da Holanda, que começa em julho. Bom para a Rádio Universitária, que deverá transmitir as partidas da seleção, péssimo para vários clubes brasileiros.

Flamengo e Corinthians perdem dois de seus melhores armadores, Renato Augusto e William. O Internacional, quando começa a ensaiar uma recuperação, perde a referência Pato e o jovem Ji-Paraná que há muito tempo estava parado por lesão, ótimos jogadores. O Cruzeiro já não está mostrando muita segurança na zaga e sem Luizão não será diferente, poderá piorar. Lucas já foi negociado mas poderia jogar alguns jogos pelo Grêmio, assim como Carlos Eduardo, melhor atacante do tricolor gaúcho.

Botafogo e Vasco agradecem muito! O calendário brasileiro poderia dar uma parada para a disputa do mundial, assim como acontece na Copa. O Brasil concentra os jovens e os jogadores que estão voltando de insucessos em outros países. Amoroso e Wágner(Cruzeiro) são claros exemplos disso.

É claro que não podemos generalizar mas o futebol brasileiro está se mantendo devido aos extremos. Reparem: seu time de coração tem vários jogadores até 22 anos e muitos depois dos 30 - extremos da carreira de um jogador. Os bons jogadores na faixa de 22 até 29 estão na Europa ou no Japão.

É hora de rever a Lei Pelé e salvar o Brasileirão. Já foi provado que não sabemos utilizar corretamente a Lei Pelé, o jeito então é voltar ao que se faz hoje na Europa: clubes 'donos' de seus jogadores. Ou vocês preferem continuar apostando nesses 'craques'?

Renan Caixeiro

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Ah, o feriado...

Thamara Gomes

Por falta do que escrever hoje vou postar uma imagem e dois vídeos muito legais pra vocês!!!!

Um novo ângulo do acidente de Robert Kubica. Reparem que o BMW quase acerta o Scott Speed, seu carro e um fiscal!



E essa é a melhor foto que mostra os pés do piloto pra fora do cockpit...



E um vídeos para se divertirem:

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Cadê o São Paulo?

Paulo Lopes

O que será que está acontecendo com o São Paulo? Por que depois de dois excelentes anos o time está numa fase ruim? Por que com um plantel grande e com jogadores de nome o Tricolor não consegue emplacar vitórias? São perguntas difíceis de serem respondidas.

Depois de um começo de ano jogando bem, sem perder (chegou a ficar invicto quase 40 jogos), bastou duas eliminações para o time cair muito de produção. Na verdade nos jogos que o São Paulo foi eliminado o time também não mostrou um grande futebol.

E por que será que isto está ocorrendo? Será culpa do Muricy Ramalho? Ou será que há um racha no elenco e uma guerra de vaidades? Aparentemente não.

Um técnico que o ano passado conseguiu dois vices-campeonato e o título do Brasileirão não pode ter desaprendido de uma hora pra outra a treinar. Ele já tentou o 4-4-2, o 3-5-2 e nada. Já tentou tirar quem foi mal nas eliminações e nada. Trocou várias peças e continuam os maus resultados.

Sobre ter um racha no elenco é difícil afirmar hoje. A imprensa que cobre o time do Morumbi não conseguiu perceber isso ainda. E o discurso dos jogadores é de que o ambiente está bom. Claro que nunca podemos acreditar 100% nos jogadores, mas o fato é que eles não deram mostra do racha ainda.

Mas vale lembrar que desde que o Dagoberto chegou ao São Paulo o time piorou consideravelmente. Foi eliminado da Libertadores e vem fazendo uma campanha pífia no campeonato nacional, além de em 7 jogos não ter marcado nenhuma vez.

Podem afirmar que o time é outro dos últimos dois anos, eu concordo com isso, mas isso não é desculpa para o time ter sete pontos em cinco jogos e ter marcado apenas três gols.

O que está acontecendo com o São Paulo é difícil afirmar, isso pode ser só uma fase que durará pouco tempo e o Tricolor fará uma bela campanha no Brasileiro ou então o buraco é mais embaixo e só o tempo nos dirá a verdade.

Pé no freio!

Bruno Guedes

“Nasce um gênio”. “De outro planeta”. “Futuro campeão da Fórmula 1”. Essas e mais algumas afirmações foram feitas depois do excepcional fim-de-semana do jovem inglês Lewis Hamilton em Montreal, Canadá. Pole position, vitória em tumultuada corrida, enfim, uma exibição maiúscula para um piloto que completou ontem sua sexta prova na categoria. Entretanto, é hora de contermos nossa euforia. A imprensa já rotula Hamilton com a mesma velocidade que o piloto cruza as retas de circuitos mundo a fora.

Lembremos que o jovem corre pela Mclaren. Está dentro de um dos quatro cockpits que podem vencer na F-1. A escuderia inglesa, aliás, tem mostrado um carro mais equilibrado e momentaneamente superior ao da Ferrari. Temos sempre que fazer uma análise diferenciada. Uma coisa é vencer com uma Mclaren, outra é subir ao pódio com uma Honda ou uma Williams.

Hamilton mostrou, nesse seu começo na F-1, muita calma e segurança para responder a pressões, além de regularidade, características que um campeão deve ter. Mas por outro lado, ainda não foram testadas sua capacidade de ser arrojado, de andar no bloco de trás e engolir os adversários, de andar muito mais rápido que o carro; mais quesitos que um ás do volante deve apresentar.

Não quero de forma alguma dizer que Hamilton não será campeão, não será gênio, ou algo assim. Só peço tempo à imprensa e aos fãs da maior competição automobilística do planeta. O rapaz já é fabuloso pelos recordes que está batendo. Mas, pode sucumbir a pressão de ser o próximo de uma lista com nomes como Fangio, Clark, Stewart, Fittipaldi, Lauda, Piquet, Prost, Senna e Schumacher.

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Definitivamente a palavra líder não combina com Vasco da Gama (pelo menos nos últimos sete anos). Mas, o clube da Cruz de Malta está se superando e está em primeiro lugar do Brasileirão, ao lado de Botafogo e Corinthians. Se os adversários até agora foram fracos (dois expressinhos e três recém-promovidos), pelo menos o time já acumulou onze pontos.

Méritos para Celso Roth, que ensinou o time a jogar feio. Como na técnica fica difícil, o Vasco mostra raça e vontade, itens não trabalhados por Renato Gaúcho. Nas próximas cinco rodadas saberemos o clube pode realmente no Brasileirão. Pela frente, Botafogo, São Paulo (fora), Flamengo, Cruzeiro (fora), Santos (casa). Uma prova de fogo para o trabalho do treinador gaúcho.

domingo, 10 de junho de 2007

Não poderia ser diferente

Jonas Mendonça
Depois de uma semana sem postar volto a escrever neste espaço.

Flu campeão da Copa do Brasil. Não poderia ter sido diferente, afinal, é o time grande. E é bem melhor ver o Fluminense na Libertadores do que o fraco Figueirense. Fraco, mas atropelou o Flamengo hoje em Floripa. Que vexame! E o Ney Franco ainda acredita que pode ficar entre os primeiros!

E o Grêmio mostrou sua força, que é bem maior que a força do Santos. Grêmio x Boca será muito melhor do que seria Santos x Boca. E o Boca está em todas! Mais uma vez, não poderia ser diferente! Os hermanos têm um bom time. Riquelme, o "soninho" e Palermo, o "palermo", dão o tom do time argentino: técnica e muita vontade.

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Novamente, não poderia ter sido diferente! Se a quadra é de saibro, o campeão é Nadal! Roland Garros é sem dúvida o Campeonato Carioca dos Grand Slams, o mais charmoso! Mas Federer também provou porque é o número 1. O suíço esbanja técnica, enquanto o espanhol tem vontade de sobra.

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Aconteceu... O garoto não iria jogar pois estava com câimbra na panturrilha. Justo o jogo contra o melhor time do torneio. Começaram a zombar: "Você está tremendo!" Um dos membros da comissão técnica disse para o garoto: "Entra lá, dá uma caneta e faz o gol. Aí você pode sair." Já sabem o que aconteceu...

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Frase da semana: "Posso falar para vocês, com humildade, que esse é o primeiro de muitos que virão." (Renato Gaúcho, após o Fluminense ser campeão da Copa do Brasil, contra o Figueirense).

Domingão!

Por Débora Nobre
Passei por aqui por três motivos principais:´
Me redimir - Peço desculpas pela ausência do texto ontem. Prometo muitas histórias radicais e exóticas para esta semana. O feriado foi muito completo, difícil chegar perto de um computador...
Comemorar - A 101ª postagem no blog!!! Sempre com textos de muita qualidade e interesse. Parabéns para a equipe do Resumo Esportivo, que colocou o blog no ar e não deixou a desejar (ih, até rimou!).
Fazer uma observação - Acabou agorinha mesmo o jogo do Timão. Parece que finalmente ele consegue dar felicidade para seus torcedores e para os amantes do futebol, que não desejam NUNCA (até parece...) que um time de tamanha relevância e importância para o futebol brasileiro viva uma má fase eterna.
Com a 11ª colocação no Campeonato Brasileiro, é hora do Corínthians se reestabelecer e espantar as crises.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Manda em mim

Monique Soares
Falar de Seleção ainda não se tornou algo cansativo. Isso quando se trata da Seleção Brasileira de Vôlei Masculino. Agora, todas as sextas-feiras e sábados temos o privilégio de conferir a atuação de Bernardinho e Cia. na Liga Mundial.
Lembro que na edição passada deste mesmo torneio, o Esporte Espetacular fez uma singela brincadeira com um jogo decisivo que estava para acontecer: Brasil x França. Quando as pessoas ficaram sabendo do adversário da seleção de vôlei, perguntavam: "Vão enfrentar a França, é? Zidane?". Os jogadores, na época, acharam graça das indagações. Disseram que estavam acostumados com a confusão que as pessoas fazem e que tinham consciência da prioridade do futebol na vida do brasileiro.
No entanto, a cada jogo que assisto, sinto que esta situação pode mudar. Não que eu ache que o futebol seja ultrapassado pelo vôlei porque sou realista e sei que isso seria quase impossível. Mas o vôlei pode muito bem chegar bastante próximo da equiparação com o futebol. Pelo menos está fazendo por onde. Aliás, ambos estão.
Na Seleção de Dunga, muda-se praticamente todos os seus jogadores e não consegue convencer. Na Seleção de Bernadinho, a maioria foi alterada mantendo-se apenas alguns dos "cabeças" principais. Estes, porém, lutaram para sertem mantidos no time, provando para o técnico que merecem estar onde estão. Lógico que eles ainda não enfrentaram os "graúdos", como foi visto hoje, que enfrentaram a Coréia do Sul. Mas no futebol também não, como vimos na terça-feira contra a Turquia. E os resultados dos dois jogos foram bem diferentes.
O jogo dos pés está criando muitas frustrações. O jogo das mãos está criando muitas boas expectativas.
Isso porque muitos jogadores ainda vão entrar na Liga, já que estão terminando agora suas férias. Já posso ver o Giba olhar para Ricardinho e pedir que levante a bola para ele. Malbert, com certeza, fará o mesmo. Será a sede de finalização, um festival de "Manda em mim!". Mal posso esperar para ver os outros jogos.
E que o futebol sinta ciúmes de ver o seu público dando tanta atenção a outro esporte. Quem sabe assim eles realmente se empenhem em melhorar. É o que eu espero.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Coisas estranhas..

Renan Caixeiro

Todos já estão 'carecas' de saber da vitória do Fluminense e do finalista Grêmio. Não escreverei nada sobre isso, não julgo ser necessário.
Postarei dois vídeos que marcaram a semana e que pouca gente viu. Um, na verdade, não é vídeo mas, sim, áudio.
O gol mais estranho do ano. Suécia 5 x 0 Islândia. Allback. Um péssimo exemplo de 'jornalismo'. Péssimo.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Por um lugar ao sol

Thamara Gomes

Chegamos essa semana à 5ª Rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Competição que promete emoção do início ao fim este ano. Sem nenhum "grande clube" entre os participantes as equipes vão disputar ponto a ponto um lugar na Série A do ano que vem.

Nenhum time tem 100% de aproveitamento, o que demonstra o equilíbrio da competição. Depois de quatro rodadas completas, apenas Vitória e Fortaleza conseguiram vencer três partidas e ocupam a ponta da tabela com 9 pontos. Esses dois times se destacam por chegarem de divisões diferentes, o Vitória acaba de voltar da Série C e o Fortaleza caiu para a Série B ano passado, porém os dois nordestinos fazem um bom início de campanha.

Já na ponta de baixo da tabela, a lanterna fica com o Ituano, única equipe que ainda não conseguiu somar pontos. Dos oito paulistas que iniciaram a competição 3 estão na zona de rebaixamento e apenas a Ponte Preta ocupa lugar entre os quatro primeiros colocados.

A Segundona tem vinte equipes, os quatro primeiros conseguirão um lugar na elite brasileira, já os quatro últimos descem para a Série C do ano seguinte. Ainda não é possível apontar favoritos, mas será a Série B mais disputadas dos últimos anos, já que desde 2004 a competição recebe a "visita" de alguns clubes da Série A, como Botafogo, Palmeiras, Grêmio e Atlético-MG, que se destacaram e conseguiram o retorno a elite do principal torneio de clubes do país.

Em tempo: confirmando o equilíbrio da Série B, ontem a noite, a Ponte Preta empatou no último minuto em 2 a 2 contra o Grêmio Barueri em Campinas. E, no Distrito Federal, outro empate no clássico candango entre Brasiliense e Gama, que não saíram do 0 a 0. E todas as quatro equipes chegaram aos oito pontos.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Futebol com as mãos

Henrique Fernandes
As mãos são parte essencial do corpo humano. Na vida, pode-se fazer muitas coisas com as mãos, no futebol não é diferente. Com as mãos, o goleiro é capaz dos mais impensáveis sortilégios, capazes de ganhar campeonatos e na falha delas, em entregar jogos fáceis também. Com as mãos, Maradona colocou a Argentina nas semifinais da copa de 86, as mãos que cumprimentam, que puxam, que batem, que amparam o rosto envergonhado ou que abraçam o companheiro no momento extasiante.

No clássico entre Vasco e Fluminense no último domingo, as mãos protagonizaram momentos interessantes do futebol. Primeiro, na homenagem singela do meio-campo cruzmaltino Abedi a seu filho, que sofre de leucemia, e por isso, recebendo corretíssimo cartão amarelo. Ora, Alício Pena Júnior, árbitro do certame não poderia imaginar a intenção da comemoração exageradamente demorada, e mesmo com a justificativa plausível, não se pode abrir um precedente tão incômodo. Depois de Abedi não ser punido, qualquer zé-das-couves inventará uma "vovozinha que só engatinha", ou uma "homenagem aos descamisados do Brasil" a cada comemoração.

As mãos apareceram também após o jogo. Depois de uma entrevista que já começou infeliz e de provocações bilaterais completamente desnecessárias por parte de um jornalista carioca e do meia Morais do Vasco, o jogador agrediu o repórter, e preparou-se para a briga. Por sorte, a turma do deixa disso foi mais eficiente que o brigão e nada de pior aconteceu. No entanto, o incidente em si foi extremamente lamentável e o pior é que o jornalista tinha razão: Morais não jogou nada e o Vasco, apático, sofreu pra suportar o time misto do Fluminense, mais uma vez provando que não merece estar na classificação em que está e que terá sérios problemas neste campeonato.

***

Semana passada, levantei a questão do patrocínio a Ana Paula Oliveira. Anteontem, qual foi minha surpresa em assistir uma entrevista do sr. Edson Rezende, atual presidente da comissão de arbitragem e em dado momento, ver o referido senhor chegar a dizer que "Ana Paula estava irregular, já que não é permitido pela comissão da CBF que árbitros sejam patrocinados por empresas particulares...".
Eu avisei.

O Botafogo é líder isolado. Tudo bem, quarta rodada, mas 10 pontos são um sétimo dos pontos que o Botafogo precisa para ser campeão. Faltam 60, em 34 rodadas e este time já provou que não é ruim. É melhor não duvidar.

O São Paulo e o Internacional aproveitaram a rodada para renascerem. O Tricolor contou com a ajuda determinante da arbitragem do ótimo Leonardo Gaciba, o colorado venceu um jogo violentíssimo contra o Náutico na Beira Rio e ganhou moral para ganhar a Recopa. Olhos abertos para estes dois, que se crescerem surgirão como favoritos ao lado de Botafogo, Grêmio e Santos.

Amanhã o Grêmio se classifica para enfrentar o meu Cúcuta na final da Libertadores, e o Figueirense sagra-se pela primeira vez campeão da Copa do Brasil. Merecido??

Nem tudo está perdido no Pan do Rio

João Luiz Freitas

Vingava o ano de 2001 quando dois dos mais influentes comitês olímpicos da América disputavam a garantia de organização dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Santo Antônio, cidade do Texas e berço eleitoral do Patido Republicano que defendia seu pleito de um lado, e do outro, a cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Portadora de um fantástico conjunto esportivo e de uma universidade que serviria de suporte para os atletas, Santo Antonio alegava que o Brasil não seria capaz de organizar jogos de proporções continentais. Os americanos alegavam que o CO-Rio não seria capaz nem mesmo de reunir voluntários para compor o evento. Segundo os “xerifes” e “cownboys” texanos o brasileiro não era letrado o suficiente para entender a importância de servir a um evento de tamanha visibilidade.

Doce engano, “american boys”, o que foi visto no teatro João Caetano nos dias 26 e 27 de maio é de tirar o chapéu de qualquer vaqueiro. Desde que o senhor Mário Vasquez Raña anunciou o veredicto a favor de nossotros, milhares de pessoas se colocaram a disposição para colaborar com os jogos, gastando recursos de seus próprios bolsos para estarem no primeiro treinamento geral.

Negros ou brancos, ricos ou pobres, cariocas e brasileiros, todos se mobilizaram para enriquecer ainda mais este evento que promete ser um marco no desenvolvimento do esporte no país. Apesar de todas as controvérsias o CO-Rio já conta com uma legião de 15.000 soldados da paz em busca de um mundo melhor, a favor da disputa em busca da conquista e contra qualquer um que remeta a palavra “guerra”.

Como disse o próprio Carlos Arthur Nuzman, os voluntários são metade dos jogos. A organização do Pan vai depender da boa vontade de seus colaboradores. Eu me orgulho de fazer parte desta equipe.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Espaço NBA

Paulo Lopes

Todos sabem que a NBA é o maior e melhor campeonato do mundo de basquete, até os mais leigos no esporte sabe dizer o que é a NBA. Todos admiram essa competição, mas há pouco espaço na mídia para ela. Com exceção da RedeTV! que transmitiu há alguns anos atrás, nunca mais foi mostrada por uma TV aberta. Hoje quem quiser assistir aos jogos terá que assinar a ESPN ou por menos dinheiro o Globoesporte.com. E essa falta de interesse da televisão remete a falta de interesse de pessoas especializadas no esporte e também as poucas colunas existentes sobre o mágico campeonato. Eu não sou nenhum especialista do esporte mas pela falta que sinto de colunas resolvi dar meus pitacos aqui.

Os playoffs estão chegando ao fim. Só está faltando saber quem será o grande campeão da liga norte-americana de basquete. Pela Conferência Oeste o campeão foi o já esperado San Antonio Spurs. E pela Conferência Leste foi o time do mago Lebron James e do brasileiro Anderson Varejão, o Cleveland Cavaliers.

Não digo que será um jogo de Davi contra Golias, mas que o Spurs tem amplo favoritismo ele tem. O time do Texas está fazendo uma brilhante temporada. Ficou entre os primeiros na temporada regular e vem dando show nos playoffs. No primeiro confronto ganhou do fácil Denver Nuggets (até ai nada demais), depois em um duelo de titãs ganhou por 4 a 2 do Phoenix Suns (time do Leandrinho e Steve Nash que vinha fazendo uma das melhores temporadas de sua história), e pra terminar em um outro duelo de titãs venceu por 4 a 1 o Utah Jazz (time que havia desbancado o time do MVP, o Dallas, e que possui ótimos jogadores).

Já o Cavs enfrentou times menos forte no playoff. Na primeira rodada venceu fácil a série melhor de sete do Washigton Wizards, depois ganhou por 4 a 2 do Nets, mas que na final da conferência leste ganhou de virada do experiente time do Detroit Pistons que tinha feito a melhor campanha da temporada regular.

Se eu tivesse que apostar em alguém apostaria no Spurs porque ele tem um grande elenco que conta com astros como Tim Duncan, Tony Parker, Ginobli e Bowen. Mas nunca pode subestimar um time que reverteu um placar adverso contra o Pistons, por isso vem com muita moral para a grande final, e que possui uma estrela que é Lebron James o novo "Magic" do basquete norte-americano.

Agora é esperar pra ver isso que é uma das festas mais bonitas e agradáveis de se acompanhar: uma final de NBA.

Obs.: Parabéns para Anderson Vareijão, o primeiro brasileiro a disputar uma final da NBA.

Haja paciência!

Bruno Guedes

Em um fim de semana com frio excessivo, futebol não me pareceu a melhor pedida, mais agradável foi ficar debaixo dos cobertores assistindo um filmezinho. Sete minutos foi o tempo exato em que parei para assistir partidas do nosso querido esporte bretão. Mas, o que vi acabou sendo um retrato do futebol brasileiro atualmente.

Primeiro, começo a assistir os acréscimos do jogo entre Paraná e São Paulo. Um a zero para o tricolor paulista. Bem no finzinho o time curitibano sai no contra-ataque, bola com Everton, que sofre falta de Souza na extrema esquerda do ataque paranista. Márcio Careca cobrou falta e Luís Henrique cabeceou para a rede, mas o árbitro Leonardo Gaciba anulou o gol e marcou impedimento de forma errada. Mais um gol anulado de forma equivocada. Haviam sim, jogadores do Paraná impedidos, mas Luís Henrique tinha condições legais.

Por conta dessa confusa interpretação de jogadores que participam ou não das jogadas de ataque, os auxiliares (famosos bandeirinhas) levantam o pano a torto e a direito. O aconselhamento das comissões de arbitragem “na dúvida deixe o lance seguir” foi esquecido. E o futebol tem mais lances duvidosos do que gols. Já é hora disso mudar.

Acaba o jogo do São Paulo e os minutos finais de Vasco e Fluminense começam a ser transmitidos. Partida empatada em um a um. Nitidamente os reservas do tricolor do Rio, tocam a bola e fazem falta para impedir que o Vasco jogue. É triste torcedor, quarta rodada e já tem time jogando para não perder. Tudo bem que o Flu era composto por suplentes. Contudo, estes são atletas, que deveriam utilizar o espaço ganho para mostar serviço.

Mas, no campo oposto do pó-de-arroz, tinha o Vasco. Uma vitória era o bastante para o time se juntar ao Botafogo na ponta do Brasileirão. Entretanto, não houve um momento sequer de ameaça. Usando, principalmente, a ala direita do seu ataque, o time era inoperante. Contando com o lamentável Wagner Diniz, o homem que não cruza, não chuta e não acerta passes (olho nele Dunga!), nenhuma chance foi criada. Quando os jogadores trocaram bola por mais de duas vezes, uma falta perigosíssima surgiu.

Aí vai para bola Amaral (perdão mas esse lance merece um novo parágrafo). O cabeça-de-bagre (ops! digo, de área) preparou-se e soltou uma bomba. Que explodiu a paciência do cruzmaltino. É a enésima partida consecutiva que o jogador vindo do Paulista de Jundiaí chega cheio de marra para cobrar uma falta e a desperdiça bisonhamente.

É isso, em um fim-de-semana iniciado por uma pelada real em Wembley, erros de arbitragem, pouco e péssimo futebol foi o que me restou. Ainda bem que foram só cinco minutos. Parece que escolhi bem em ficar com o filme. Aliás, um belo filme por final, Menina de Ouro. Indicado para os fãs de cinema, por ser uma obra impecável e por fãs de esporte, pelas belas seqüências de boxe. Imperdível!

domingo, 3 de junho de 2007

"Saracuteando"

por Paulo Monteiro

Conto de fadas

Outra vez volto a minha infância. Quando se é pequeno, aprende-se bonitas histórias, histórias bondosas, e que sempre terminam com o “e viveram felizes para sempre!”, os tão famosos contos de fada. Pena que o mundo real não é tão agradável assim, ainda mais o mundo futebolístico. Dunga, o nosso técnico amigo da Branca de Neve, me resolve convocar alguns jogadores para um amistoso qualquer, em um estádio qualquer do mundo. Esqueceu que seria um amistoso contra a Inglaterra, no solo sagrado de Wembley. Jogadores escolhidos por sorteio, só pode, ou o nosso técnico esqueceu-se que o anão Dunga é mudo, e não cego. Digo isto porque só um cego convocaria alguns jogadores de sua lista. Muito bonita é a conversa fiada de oportunidade a todos os jogadores. “Vamos convocar quem estiver melhor no momento”, agora quero ver na hora da decisão.

Comecemos pelo ponto mais clássico: Afonso Alves. Quem é este? Também não sabia antes da convocação da seleção brasileira. Dunga deve assistir aos grandes jogos do sei lá qual time holandês de Afonso pelo canal 1257 da SKY. Um canal que só ele, e a família Alves possuem. Tudo bem, o jogador bateu recordes de gols no campeonato nacional, mas o Dill, apelidado de artilheiro do Brasil, fez marca grandiosa no Brasil e estava muito longe da amarelinha. O Cláudio Pitbull também já foi artilheiro. Convocou-se pela estatística? Segundo caso: Vagner Love. Tudo bem, o mundo vive um momento de conflitos graves, e seu nome passa uma mensagem de amor. Mas amor, trancinhas coloridas, alguns gols (número até considerável), e sua “perebice” não justificam sua convocação. Terceiro caso: Jô. Hilária esta convocação. Divide posição com Vagner Love, no CSKA, e mantém a mesma bolinha murcha dos tempos da reserva do Corinthians. Quarto (prometo ser o último) caso: Alex Silva. Garoto de futuro, mas atualmente existem melhores zagueiros que ele no Brasil, Tiago Silva e o próprio Miranda hoje estão mais preparados para vestir a amarelinha pela primeira vez.

O jogo contra os ingleses foi horrível. Viu-se um Brasil apático, sem vontade, e sem organização, que dependeu de poucos e curtos lampejos de criatividade de Kaká e Diego, no segundo tempo. Dunga foi disperso na partida. Mexeu errado no time, deixando Vagner Love na partida, tirando Kaká, e (absurdo) colocando Edmilson como homem de criação. Esqueceram de avisar para ele que fada madrinha não ganha jogo. Pior que sua má atuação na partida foi dizer que a seleção se portou bem. Se aquilo é boa atuação quando, o Brasil jogar mal... Terça tem mais, agora é a Turquia, um time até com considerável força, mas que tem tudo pra perder para nossa seleção. Só espero que uma vitória não encubra as enormes deficiências brasileiras. Que o torcedor brasileiro vá acumulando o estoque de analgésicos, pois o Brasil dará muita dor de cabeça na Copa América. Pra você que espera ansioso tal campeonato , muito amor ( e poucos gols) e um beijo do gordo.

sábado, 2 de junho de 2007

Homem-Aranha por um dia

Por Débora Nobre
"O "Homem-Aranha" Alain Robert, de 45 anos, escalou ontem um prédio de 88 andares."
Hoje é dia de mais histórias radicais. Diante desta nótícia do maluco francês que já escalou o Empire State Building, em Nova Iorque, e agora escalou o edifício mais alto da China, fiquei pensando no motivo pelo qual alguém faz isso. Minha dúvida não veio de graça, afinal são milhões de pessoas no mundo inteiro que sobem em prédios, pontes, cachoeiras, montanhas... O que me intrigou foi o fato de que Robert (engraçada a coincidência do nome) subiu o prédio livre, leve e solto. Ele não utilizou equipamentos de segurança, apenas olhou para o alto e começou a subir o prédio.
Que doideira! Não por acaso, após o feito heróico, a polícia Chinesa declarou sua prisão. Mesmo assim, o escalador se sente satisfeito por sua "conquista esportiva", tendo vencido o desafio de subir finalmente a torre de 420,5 metros de altura em apenas 30 minutos.
Agora é hora de falar sério. Para quem curte sentir adrenalina, uma dica bacana é a prática da escalada. Esta história começou quando um ucraniano teve a idéia de pendurar pedras na parede da sua casa para treinar. A consagração do esporte aconteceu quando foi praticado na Olimpíada de 92, em Barcelona.
Quem quiser se aventurar, o ideal é procurar uma academia, treinar bastante, adquirir os equipamentos necessários e colocar o pé na estrada. Tenho certeza de que a sensação de chegar lá em cima e olhar lááááá pra baixo vale qualquer sacrifício. Saber que nem é tão difícil vencer o desafio ajuda a superar problemas bem menores. Fica registrada a dica.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Torcedor brasileiro quer participar

Monique Soares

Hoje, Inglaterra e Brasil se infrentaram num amistoso em Wembley. Era o país da criação do futebol contra o país onde o esporte deu mais certo. Um clássico. Porém, desde o fiasco da última Copa do Mundo, que todo mundo teve que guardar suas camisas, fechar algumas lojas e retirar os enfeites das ruas, a CBF iniciou um longo e árduo trabalho de reconquistar a confiança dos brasileiros. E é aí que entram os amistosos. Uma maneira de aos poucos envolver e chamar a atenção do torcedor.

O que estamos conferindo nesses momentos é um processo de teste. O técnico Dunga vem experimentando várias formações e dando chance para muitos. Antes, só se via na Seleção, a "nata" dos futebol, aqueles que já possuem contratos valiosos no exterior. Agora, os olhos de jogadores atuantes aqui mesmo, no Brasil, estão brilhando por uma oportunidade de mostrar o que sabem fazer. Isso acaba refletindo positivamente nos campeonatos nacionais, afinal, fica todo mundo dando o seu melhor, esperando que alguém esteja assitindo e a qualquer momento, ele receba a notícia da convocação. Olha que tem muita gente fazendo por onde.

Ora, enquanto muitos países enfrentam o problema de não ter uma quantidade suficiente de jogadores realmente bons, Dunga enfrenta o "problema" de ter excesso de jogadores bons. No caso dele, então, o desafio passa a ser escolher entre tantos, os certos, aqueles que formarão um entrosamento perfeito e satisfaçam finalmente a legião de torcedores.

Considerando o leque de opção, muitos gostariam de poder dar sugestões a Dunga e muitos até, já tem uma Seleção ideal mentalmente convocada. Deixo aqui um convite a que cada um pense em qual jogador gostaria de ver atuando na Seleção.

Torcedor brasileiro, por uma questão de paixão incondicional pelo futebol, não prescinde em querer participar.

Um exemplo disso, eu conferi essa semana. Um torcedor rubro-negro enviou uma carta ao vice-presidente do Flamengo, Kléber Leite, se colocando na posição de ajudar no que ele puder com relação às dívidas do clube. Juntamente com a carta, o torcedor colocou um cheque no valor de cem reais. Ele disse que gostaria de poder ajudar mais, no entanto ele está desempregado e tem uma filha pequena para alimentar. Kléber Leite ficou emocionado e respondeu dizendo que a situação não é tão crítica assim. Segundo ele, a dívida salarial já foi quitada. O vice-presidente devolveu o dinheiro e o presenteou com uma camisa do Juan, a pedido do próprio torcedor. A carta pode ser visualizada no site abaixo:

Coisas que só acontecem no Brasil.

Futebol Brasileiro...

Felipe Muniz

Não é de hoje que o futebol brasileiro exporta craques. Muitos deles pioneiros como Evaristo de Macedo que conseguiu ser ídolo no Barcelona e no Real Madrid. O que venho a discutir é como temos perdido jogadores para fora sem ao menos ouvir falar deles. A tendência é essa e não se tem uma solução contra o enfraquecimento, devido à falta de estrelas, dos campeonatos disputados no país.

Na última convocação da seleção, Dunga nos apresentou no “ilustre desconhecido” Afonso Alves, até então artilheiro do campeonato holandês pela equipe do Heerenveen com 34 gols marcados batendo as marcas de Romário e Ronaldo. Todos criticaram o técnico com a seguinte pergunta: quem é esse? Pois é ninguém conhece o rapaz e por isso questiona suas qualidades. E só para citar mais um exemplo, o Stuttgart campeão alemão desta temporada, conta com Cacau que saiu de uma escolinha de Mogi das Cruzes direto para a Alemanha.

E temos Vagner Love Jô, Dudu Cearense e Ramon na Rússia, Elano, Jadson, Fernadinho, ex-Atlético Paranaense, juntos na Ucrânia e um sem nome de desconhecidos que fazem algum sucesso pelo mundo afora.

Quem perde com isso são os torcedores que gostam e admiram nossos campeonatos, mas que às vezes se decepcionam com o nível técnico praticado lugar considerado o “país do futebol”. O futebol visto no primeiro jogo da final da Copa do Brasil fica explicito que faltam bons jogadores no país. Rui (o lateral) jogando de meia na equipe do Figueirense e jogadores que poderiam apenas compor um elenco estão ai titulares absolutos. O mito de Obina no Flamengo também passa por isso, na falta de um craque idolatra-se o “pereba”. Sem contar que o campeonato brasileiro começa e não sabemos até quando os destaques do inicio da competição ficam no país. Lucas, do Grêmio, já e do Liverpool, Bruno e Renato Augusto do Flamengo já receberam propostas juntamente com Morais do Vasco e o goleiro Diego do Atlético MG.

A discussão é ampla e necessitamos de alguma proteção dos nossos craques dentro do país por mais tempo. Seja regulando uma idade para sair do país, ou algum jeito de não perder jovens revelações para “fora”.

Um país que se considera um berço de craques, tem de arrumar uma solução para que eles desfilem por aqui por muito mais tempo.