quinta-feira, 31 de maio de 2007

O maior 'erro' (louvável) na história de Vanderlei Luxemburgo

Renan Caixeiro
Ou o maior acerto de Mano Menezes.....

Aconteceu nesta quarta-feira, às 21h45, em Porto Alegre. Todo grande treinador tem o direito de errar e Luxemburgo não fica fora dessa prerrogativa.

Dizer que o Grêmio venceu por erro de Luxa me parece muito piegas e insensato, mas Luxa sofreu pois foi ousado. Valeu Luxa, seu maior erro também é uma de suas grandes virtudes.

Luxemburgo escalou o Santos com apenas 2 zagueiros e o Grêmio veio com, praticamente, 3 atacantes (Carlos Eduardo, Tuta e Tcheco). Tuta sabe atrair a marcação de dois zagueiros jogando entre eles, e isso aconteceu. Carlos e Tcheco são meias ofensivos que a todo momento aparecem na grande área para finalizar (o segundo gol do Grêmio foi de Carlos Eduardo, jogando avançado). Luxa optou por 2 atacantes e tinha a intenção de marcar gols para complicar o tricolor gaúcho. Não deu certo, mas foi louvável.

Ele deixou o 3-6-1 de lado, para o bem do futebol. O Santos jogou mal e foi massacrado. Luxa disse: "Os 2 a 0 deram uma chance para o Santos não se despedir da competição. Foi um resultado mínimo. Por tudo o que o Grêmio apresentou, eles mereciam sair daqui classificados para a final da Libertadores. Eu sou muito realista. Eles foram até gentis em nos dar a possibilidade de disputar o segundo jogo"

Parabéns Luxa, você "errou" pelo bem do futebol. Ah se tivéssemos mais Luxas por aí, era o fim do jogo medíocre. Isso sim é futebol.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Decisão brazuca

Thamara Gomes

Grêmio e Santos começam hoje, às 21 e 45, a 'decisão brasileira' na Copa Libertadores da América, o time que tiver melhor desempenho nos dois jogos estará na final do torneio.

Com o primeiro jogo no Estádio Olímpico, o Grêmio vai partir pra cima da equipe do Luxa, e tentar fazer valer o mando de campo. Tcheco ainda é dúvida para o jogo, mas se liberado deve acrescentar muita criatividade ao meio campo gaúcho. Lucas e amoroso devem ser desfalques, nada que não possa ser superado, o volante já estava de fora da equipe há mais de um mês, já o atacante será substituído por Diego Souza, que vinha apresentando um bom futebol até a penúltima partida.

O time do mestre Vanderlei segue para o jogo com aquela mesma equipe recaucada e equilibrada que conseguiu ser campeã paulista, que não marca muitos gols mas que se defende muito bem. Time de dois destaques, um dentro das quatro linhas e um fora delas: Zé Roberto e Vanderlei Luxemburgo, duas peças que dão credibilidade à um Santos sem grandes estrelas. Um empate sem gols em Porto Alegre não será nada ruim para o alvinegro.

Partida que vai valer a pena acompnhar, dois times aguerridos e que se sobresem no meio de campo. Com estádio lotado e aquela torcida vibrante o Grêmio é o favorito para essa partida. Jogo de poucos gols, ou melhor, de apenas um gol! Acredito em uma vitória simples do tricolor gaúcho sobre o Peixe.

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Excelente surpresa: A pré-convocação do técnico Dunga para a Copa América revelou algumas surpresas. Uma das boas surpresas foi a presença do goleiro Diego, do Atlético Mineiro, na lista. O jogador foi um dos destaques da campanha vitoriosa do clube na série B e se mostrou um dos melhores arqueiros em atuação no futebol brasileiro, ao lado de Bruno do Flamengo. Em uma seleção em que o fraco Doni é convocado há espaço garantido para o excelente goleiro Diego.

terça-feira, 29 de maio de 2007

A nova tendência do futebol Brasileiro...

Henrique Fernandes
Botafoguense é um bicho engraçado. Não suporta mais críticas.

Depois de tanto tempo sendo vítimas de chacotas, escárnio, descrença, vexames, o Botafoguense agora caracteriza-se por ser um indivíduo orgulhoso, que hiper-estima seu time (que de fato é bom - mas nem tanto), e que tem enorme dificuldade em enxergar erros na equipe, e uma tendência quase que natural em enxergar os vacilos freqüentes da arbitragem. O Botafoguense não admite mais que questionem o elenco, o clube, o treinador, nem a torcida e sofre muito por isso, por que a cada crítica lembra-se do tempo das vacas magras, não tão distante assim no passado.

Pouco importa agora se houveram ou não os erros de Ana Paula Oliveira na partida de quarta. A opinião pública se divide em 80% dizendo que ela errou e 20% dizendo que não. O intrigante é que tem gente boa defendendo as duas posições com unhas e dentes. O importante é que a discussão está feita, e tão cedo o Botafoguense ouvirá alguém dizer que seu time naquele jogo, foi uma baba incompetente, por mais que o goleiro Júlio César tenha se esforçado para sair vilão do Maracanã.

Agora, jornalista que é jornalista, sabe que sempre é tempo para aquele temperinho a mais em uma discussão esportiva. Esqueçam minha escolha clubística, ela é totalmente irrelevante neste momento. Só quero colocar um dado a mais nessa novela opinativa que se tornou aquela fatídica semifinal de Copa do Brasil semana passada. Acompanhem com serenidade a reportagem do link abaixo:

Agora, vejam a lista de patrocinadores do aguerrido Figueirense, finalista da Copa do Brasil:

Isto é sim, uma clara insinuação. Para os Botafoguenses, que anseiam por argumentos para nutrirem o complexo de perseguição que sempre acompanhou o torcedor do alvinegro, cá está um argumento apetitoso. É fato notável e não é tão absurdo que possa ter havido um interesse financeiro na partida de quarta-feira!!

Deixo para os amigos aspirantes a jornalistas analisarem, espero que com frieza e imparcialidade, que como acreditam, não é o meu forte. Desconsiderem que sou Botafoguense assumido, como sempre serei, mesmo na minha fase profissional se ela um dia chegar. Imaginem um time hipotético, uma assistente hipotética em uma partida hipotética. É algo interessante.

Deixo meu parecer: uma coisa, é o patrocínio a atletas profissionais, outra é o patrocínio a árbitros - figuras importantes do jogo que podem influir em resultados - por empresas diretamente ligadas ao esporte. É fato notável o interesse da Umbro em ter na final do segundo torneio mais importante do Brasil um time carregando no peito, junto ao escudo, a sua marca, e é fato, que na noite daquela quarta-feira Ana Paula Oliveira poderia influir para que o Figueira alcancasse este feito. Tudo é possível, tirem suas conclusões.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Muita emoção na quarta

Bruno Guedes

Semana importante no futebol brasileiro. Santos e Grêmio começam a decidir quem será o nosso representante na final da Libertadores da América, enquanto Fluminense e Figueirense iniciam a luta pelo inédito (para ambos) título da Copa do Brasil. Duas decisões absolutamente imprevisíveis. Não existe a possibilidade de se apontar favoritismos. O máximo que nos cabe é palpitar (o que todo jornalista esportivo adora) e analisar as equipes.

Começando pelo duelo mais importante: Santos e Grêmio não foram impecáveis, não brilham apresentando um futebol vistoso, mas merecem estar entre os quatro melhores do continente devido a precisão com que mataram seus duelos. Ambos na base da vontade passaram por seus adversários e devem fazer um duelo equilibradíssimo. O Peixe tem a vantagem de decidir na Vila Belmiro, mas tem que se cuidar no Sul, na próxima quarta-feira. Isso porque depois de decidir as oitavas e quartas de final no Olímpico, o tricolor deve partir pra cima impetuosamente.

Será um duelo em que o time mais concentrado vence. Isso pode parecer um artifício de quem não quer apostar. Mas, a importância do foco, principalmente fora de casa, é maior do que se imagina, vide o Botafogo que cochilou no Sul e acabou eliminado; o Flamengo que bobeou, tomou três do Defensor. Quem, entre Santos e Grêmio souber resistir a pressão exercida pelo mandante saí como o vencedor. O Santos mostrou essa calma na Cidade do México, quando empatou com o América, já o Grêmio andou dando sopa na última fase.

Na final da Copa do Brasil, duelo complicado entre duas equipes que privilegiam o jogo defensivo. Uma por necessidade, e outra por vocação. O tricolor carioca, de Renato Gaúcho, ao melhor estilo mineirinho, chegou a final. Quietinho está a seis jogos invicto na competição. Os jogadores aprenderam que se não podem resolver na base da técnica, há de ir na força. O técnico, atual vice do torneio, ajeitou a defesa, principalmente com o bom Thiago Silva, deu também, qualidade na saída de bola, defeito antigo. O Figueira, de Mário Sérgio, tentará no jogo de quarta no Maraca, sair sem levar gols, para levar a decisão para Floripa. Vai ter que se superar ainda mais para segurar o ímpeto carioca, que parece disposto a vencer de qualquer maneira a competição.

Prognósticos (famoso chutão) para quarta: um empate no Sul e boa vitória tricolor no Rio.

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Impressionante como os jogadores do Vasco tentaram perder a partida de ontem contra o Náutico. Júlio Santos expulso à um minuto e meio. Roberto Lopes fazendo um pênalti burro e Fábio Braz expulso infantilmente.

Méritos para o seguro Sílvio Luiz; para o bravo André Dias, que quase virou a partida; e para Morais, que ontem deu sua anual despertada e teve uma bela atuação.

Juízes, vocês tem que roubar para times grandes!

Paulo Lopes

Ética é um termo difícil de explicar. Mas podemos resumir em poucas palavras. Ela é o que nos diz o que é adequado e moralmente correto. E em toda profissão o certo é ter ética. Em muitos cursos há aulas de ética, como no jornalismo em que há aula de “ética do jornalismo”. E na maioria dos casos para se tornar um grande profissional e ter sucesso na profissão precisa ter ética. Pois é na maioria dos casos.

Abri o meu post dizendo sobre algo que todo chefe espera de seu subordinado. Mas não foi isso o que ocorreu na última quarta feira no Maracanã. O presidente da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol, Edson Resende, deu uma mostra que não é bem assim que funciona na profissão de árbitros de futebol. Ele suspendeu a assistente Ana Paula de Oliveira alegando que ela errou em dois lances capitais, com isso favorecendo a equipe do Figueirense diante o glorioso Botafogo.

A minha opinião sobre esses dois lances é clara. Para mim ela acerou nos dois, não existe mesma linha no futebol atual. A regra é clara qualquer parte do corpo do jogador que estiver à frente da linha do jogador adversário já é considerado impedimento, e pelo que eu vi na televisão, mostra o Zé Roberto em posição adiantada. E no segundo lance é muito interpretativo, o futebol não é uma ciência exata. Mas para mim o goleiro do Figueirense foi atrapalhado.

Só por ela ter acertado nos lances foi um erro grotesco do Sr. Edson Resende. Mas como para muitos ela errou nos dois lances vamos imaginar que realmente ela tenha errado de fato. Se a assistente errou no primeiro lance, o gol do Zé Roberto, ela errou por pouquíssimos centímetros, ou até mesmo por um centímetro, no caso dos jogadores estarem na mesma linha. Será que é possível julgar e criticar uma bandeirnha por isso? Se até hoje não houve um consenso mesmo após tantas vezes a televisão mostrar. Pois é, não tem como deixar ela na geladeira por esse lance.

E no segundo lance como eu disse é muito interpretativo. A partir do momento em que várias pessoas divergem sobre esse lance é mais uma prova que foi um lance de interpretação, não tem como afirmar que o jogador atrapalhou ou não o goleiro do Figueirense. O fato é que o atacante do Botafogo estava impedido e só quem poderá responder se atrapalhou ou não é o goleiro, e não um simples presidente da comissão de arbitragem.

Mas será que se a Ana Paula de Oliveira tivesse errado esses dois polêmicos lances a favor do carioca Botafogo e contra o catarinense Figueirense ela seria cruelmente repreendida e suspensa? A minha revolta não é nem pelo fato do “cara do Rio” ter achado que ela errou, mas sim ter a suspendido pelos lances que nem a mais alta tecnologia conseguiu provar que ela errou. Pois é, não irá acontecer uma final carioca, parece que isso não agradou só o Botafogo.

Esse fato do futebol brasileiro será marcado para sempre como um exemplo de que se algum árbitro quiser subir profissionalmente e apitar os melhores jogos do Brasil tem que ajudar os times grandes. E a ética onde fica? Relaxa, quem tem status não precisa disso.

Obs.: por que será que a Globo não mostrou o seu famoso tira teima como faz em todos os lances duvidosos?

domingo, 27 de maio de 2007

Tabu mantido

Jonas Mendonça

Mais um empate e tabu mantido. Há 11 jogos o Botafogo não vence o Flamengo. Os botafoguenses vão dizer que o alvi-negro jogou melhor e que foi prejudicado pelo árbitro. Já virou rotina. Os flamenguistas que o rubro-negro correu atrás do resultado e depois do empate dominou o jogo e merecia a vitória. O clássico vem mostrando força nos últimos confrontos, deixando para trás Fla-Flu e Flamengo e Vasco. Mais uma vez o equilíbrio marcou a partida. Bom para os dois times, que ainda precisam mostrar muito se quiserem um lugar ao sol.

Dodô mais uma vez balançou as redes justificando a fama de goleador.

Paulo Sérgio mostrou que precisa evoluir muito antes de ser aproveitado com freqüência.

Lúcio Flávio provou a excelente fase.

Bruno que é o melhor goleiro do Brasil.

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Robgol resolveu pendurar as chuteiras. Onde você prefere ver o ex, futuro e sempre atacante do Paysandu?
a) No ataque do Paysandu
b) Como diretor de futebol do Paysandu
c) Na Assembléia Legislativa do Pará

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Não poderia ser diferente o Grande Prêmio de Mônaco. Charmoso e sem emoção. Deu o que tinha que dar. Alonso largou na ponta e não teve problemas para chegar em primeiro. Massa fez sua parte e garantiu o pódio. Agora é continuar mostrando que é melhor do que Haikonnen e merece mais atenção da Ferrari. Hamilton já é uma realidade!

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Tem cidadão acumulando uma grande quantidade de ingressos para o Pan. Esperamos que façam bom uso e não se transformem em cambistas durante o evento.

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Frase da semana: "Eles precisavam de carinho." (Renato Gaúcho, ao falar como recuperou o ânimo dos jogadores do Flu).

"Saracuteando"

Paulo Monteiro c Homenagem às mães (de Juizes)!!!

Uma célebre frase diz que ser mãe é padecer no paraíso, mas não mãe de árbitro de futebol. Triste sina destas mulheres, que tem seus nomes insultados sem motivos aparentes, às vezes os motivos até existem, mais isso também não justifica o xingamento. Mulheres que algumas das vezes nem gostam de futebol, mas têm seus nomes na boca de qualquer torcedor. Nenhum momento seria mais adequado para esta homenagem materna que o atual. As arbitragens estão fracas, e erros graves vêem acontecendo em jogos decisivos. A questão a ser discutida é: os árbitros pioraram? Não. Mas como acontecem tantos erros, que antes não eram tão freqüentes? Falta apoio à arbitragem brasileira, a profissionalização é difícil, o salário é baixo. Poucos juizes conseguem se manter pelo apito, a grande maioria tem outros empregos, e tentam conciliar a paixão pelo futebol com a necessidade financeira. Mas mesmo assim vale-se destacar o esforço na capacitação de muitos, que num geral se tornam bons árbitros.

Se querem a resposta para o problema ai está: hipocrisia aliada a tecnologia. Os lances polêmicos sempre existiram, e são eles que fazem à graça do futebol. Em 70, se um pênalti fosse marcado duvidosamente, haveria reclamações, mas seria a opinião de um torcedor contra o outro. Hoje existe o infeliz “Tira-Teima” ou qualquer sistema semelhante. Um sistema que é capaz de definir com absoluta certeza se foi ou não impedimento, e ainda apontar em números, quantos centímetros o jogador estava à frente da zaga. Toda unanimidade é burra, e como discutir com um sistema de câmeras que consegue ver separadamente os 11.000 centímetros de comprimento do Maracanã. Hoje as discussões no dia seguinte ao jogo são pautadas em tal sistema. “O juiz errou, eu vi na TV, o atacante estava dois centímetros a frente da zaga”. Agora se coloque na posição do “bandeirinha”, ou até da mãe dele, como enxergar diferenças irrisórias a 20 ou trinta metros de distância? E não me venham com aquela frase “mas ele é treinado para isso”. Abaixo a hipocrisia, ou se permite o uso de sistemas eletrônicos, replay, ângulos invertidos, aos juízes, ou acabemos com essa política de querer transformar o futebol numa ciência exata. O torcedor tem até o direito de reclamar, ele é movido pela paixão, e o seu time foi “prejudicado” segundo a métrica televisiva. Mas daí, a comissão de arbitragem, formada por juízes que também erraram há anos atrás, punir bons árbitros por centímetros falhos. Se querem perfeição, permitam o uso do replay! É simples, apesar de não me agradar a transformação do futebol nessa exatidão Aristotélica.

Pior ainda que a punição, são dirigentes indignados que processam os “bandeirinhas”. O cara-de-pau do Montenegro teve a coragem de pedir dois milhões e meio de reais por danos sofridos, à Ana Paula de Oliveira. Se fosse assim já teria pedido indenização ao Roberto Carlos por arrumar a meia na Copa do Mundo, ao Rogério Ceni por tomar um frango na decisão da Libertadores, são tantas que nesse momento estaria milionário. Se fosse presidente de algum clube, estaria louco para acontecerem inúmeros erros contra meu time. Imagine, em um ano contrataria Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Diga não à hipocrisia, e viva o futebol, com discussão é claro! Quem não quiser polêmica que pratique Hipismo.

A favor da criação do Dia Nacional das Mães de Árbitros de Futebol. Existe dia de tudo, por que não mais este? Elas merecem.

Tiago Domingos

NO GOL OU PRA FORA DO ESTÁDIO...

Agora, a cada sábado, três chutes (hoje só dois) sobre jogos do fim-de-semana.

1) São Paulo x Palmeiras: Clássico é clássico, mas geralmente o time em boa fase leva a melhor. O problema é que o time em boa fase é bem inferior ao que está má em fase. Empate, 2 x 2, com Edmundo deixando o seu.

2) Flamengo x Botafogo: Clássico é clássico e nenhum dos dois está em grande fase. Mas o Botafogo terá que assimilar bem a última eliminação, o que não deve conseguir fazer até amanhã. Mengo 2 a 1, com Renato, de novo, comandando a festa.

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CONTANDO, NINGUÉM ACREDITA...

A cada sábado, histórias "verídicas".

Já que estão me chamando de “Rei do Youtube”, vou colocar aqui alguns vídeos da minha “coleção”...



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ESPAÇO ABERTO

Não há dúvida nenhuma que Ana Paula de Oliveira foi suspensa unicamente para satisfazer o Botafogo. A atuação dela na partida de quarta-feira foi mais uma prova de como se arranja um bode expiatório para as próprias incompetências no futebol.

Na partida, o Botafogo teve uma parte do primeiro e todo segundo tempo para marcar o terceiro e não o fez. Quem disse que, se alguns dos gols fossem validados, o time carioca iria conseguir a vaga? Enfim, olhe os dois lances. Não há como convencer alguém de que os dois lances foram erros da bandeira. Apesar da maioria da imprensa forçar neste sentido, veja, reveja e pause as jogadas. O fato de ser necessário fazer isto para se chegar a uma conclusão exime Ana Paula.

sábado, 26 de maio de 2007

Há quem erre, há quem acerte

Monique Soares

O futebol paulista e o carioca estão passando por alguns momentos difíceis, mas também por momentos de brilhante superação.

No carioca, o Botafogo sofre com a zebra da desclassificação na Copa do Brasil, depois de já ter enfrentado um vice no Campeonato Carioca. Mas em compensação, o Fluminense está chamando a atenção pela garra que tem demonstrado nosúltimos jogos. Nada que me convença ainda como esperança de primeiras colocações no Brasileirão, mas só o que vem mostrado até agora já me causa admiração. A força de vontade e a humildade a cada partida já o faz merecer o título. Mas quem disse que no futebol o título vem por merecimento? O Figueirense também está aí, cheio de motivação. Tanto que eu não tenho coragem de apostar em nenhum dos dois. Que vença o...que tiver mais sorte.

No Paulista, o Palmeiras também caminha devagar para o destaque no Brasileiro, enquanto o São Paulo, "O Intocável", passa por algumas pertubações. Ninguém aqui está falando em crise, longe de mim. O Tricolor tem estrutura...

Domingo tem clássico: Flamengo e Botafogo. De novo. Agora no Brasileirão, com os ânimos mais tranqüilos. Tranqüilo, só se for para o torcedor porque os botafoguenses até agora estão com a vitória sobre o Fla engasgada. Este não costuma jogar tão bem quando não está sobre pressão, mas tem surpreendido ultimamente. Vamos ver quem vai se superar. Olha que o Júlio César está louco pra reafirmar seu talento para aqueles que andaram duvidando disso por esses dias. Que isso, todo mundo erra.

Tem aqueles que só acertam. Depois de sempre enfatizar a Liga dos Campeões, deixo aqui minha homenagem mais do que merecida ao grande campeão. Parabéns, Milan!

Dança também é esporte!

Por Débora Nobre
As pessoas podiam descobrir melhor o mundo fantástico da dança.
Dançar envolve o relacionamento e a aproximação com outras pessoas, a interação de corpos diferentes que se completam para conseguir a perfeição dos movimentos. Envolve ter sintonia, acompanhar o ritmo de cada música, relaxar e se deixar levar pelos passos no salão. Tudo isso faz muito bem para aqueles que levam uma vida agitada e cheia de compromissos. Vale a pena reservar um tempinho na agenda para praticar um pouco desse esporte.
Quem ainda não teve contato com a dança (difícil imaginar que essas pessoas existam) e quem conhece bem e aprecia um bom espetáculo pode aproveitar esta oportunidade: o Grupo Corpo, uma companhia de dança mineira formada por bailarinos de todo o país, faz uma apresentação hoje em Juiz de Fora. O grupo já mostrou sua arte e encantou o público no Japão, na França, Estados Unidos, Bélgica, dentre outros países.
Agora, a turnê pelo interior de Minas Gerais traz duas peças: Parabelo, com música de Tom Zé e Miguel Wisnik, e o Lecuona, com músicas do compositor cubano Ernesto Lecuona. O Grupo Corpo se apresenta hoje a noite, às 20 horas, no ginásio do Sport (Av. Barão do Rio Branco, 1303). Os ingressos custam R$ 10, estudante paga meia-entrada. Fica aqui registrada a dica e o convite.
Por mais contraditório que seja, esta corintiana que vos escreve continua torcendo para o Palmeiras sacudir o Morumbi no domingo e dar uma coça no São Paulo. Esta é a chance...

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Em busca de um campeão

Felipe Muniz



Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna esses são os nomes dos três pilotos brasileiros campeões na Fórmula 1. Somando são oito títulos três para Senna e Piquet e dois para Fittipaldi e tudo isso de 1972 a 1991.

Desde a trágica morte de Ayrton em 1994 o torcedor brasileiro ficou “viúvo” de novos talentos na maior competição de automobilismo mundial. Apareceram então Rubens Barrichelo, Tarso Marques, Enrique Bernoldi, Pedro Paulo Diniz, Luciano Burti, Antônio Pizônia, Cristiano da Matta, Ricardo Zonta e Felipe Massa. Entre os nove pilotos citados,até agora, apenas Rubens Barrichelo teve reais chances de ser campeão mas mesmo assim esbarrou na competência do mito Michael Schumacher.

Agora as esperanças estão voltadas para o novo “ídolo” nacional do automobilismo que é Felipe Massa. Este estreou na competição em 2002 e chegou credenciado à equipe Sauber como campeão do Campeonato Europeu de F3000. Marcando quatro pontos em sua primeira temporada, passou 2003 como piloto de testes da Ferrari e ficou esperando sua chance na equipe do cavalo amarelo pilotando a Sauber nas temporadas 2004 e 2005.

Apoiado pelo heptacampeão Michael Schumacher hoje o piloto tem status em sua equipe e surge, em uma Fórmula 1 muito mais disputada, como um dos favoritos ao título. O torcedor brasileiro deve ficar com muito receio depois de tantas decepções, mas a cada corrida Massa mostra que ao menos estilo de campeão ele tem.

Depois da ultima corrida em Barcelona na Espanha que o piloto fechou a passagem para o bicampeão Fernando Alonso, o torcedor com certeza lembrou bons tempos em que “colocar a faca nos dentes” fazia parte das manhãs de domingo.

O Brasil que acompanha e ama automobilismo torce para que Felipe Massa continue evoluindo e que seja mais um campeão. Que nos encha de alegrias. Muitos outros com certeza ainda virão promessas não faltam como Nelsinho Piquet e Bruno Senna que carregam em seus sobrenomes o peso de grandes heróis. Que nossos domingos sejam acordando cedo para acompanhar novamente a Fórmula 1 para ouvir o hino brasileiro e o tema da vitória.

Domingo tem Grande Prêmio de Mônaco e vale a torcida pelos brasileiros.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Parabéns Figueirense! Botafogo não convenceu

Renan Caixeiro

Adeus, Botafogo! Não adianta chorar pela arbitragem, está fora. Como eu previa: 3 a 1. Júlio César falhou.

Sem resultados nenhum time, atualmente, pode ser considerado um bom time. O Botafogo não é o melhor futebol do Brasil, o Figueirense está na final.

Não discuto qual o melhor 11, mas afirmo: o Botafogo não me convence mais. De que adianta jogar belíssimamente alguns jogos e ser eliminado pelo Figueirense, no Maracanã lotado?

O Fluminense se reergueu e está lá, e vai ser campeão. Não jogou bonito mas venceu quando PRECISAVA e não perdeu quando não podia.

Correr atrás da bandeirinha é rídiculo, passaram pelo ATLÉTICO com ajuda MONUMENTAL do juiz, não me venham falar de arbitragem.

Adeus, Botafogo! A gente se vê na Sul-americana, Libertadores daqui alguns anos, quem sabe.

Campeão inédito

Thamara Gomes

Saem hoje os dois finalistas da Copa do Brasil! Com partidas realizadas no mesmo horário, às 21 e 45, Botafogo, Figueirense, Brasiliense e Fluminense ainda lutam pelo sonham de chegar à Libertadores pelo caminho mais curto.

No confronto entre alvinegros melhor para o catarinense, que jogando em casa conseguiu uma bela vantagem de dois gols e ainda não sofreu nenhum. O técnico Mário Sérgio, cauteloso e retranqueiro como sempre, vem com um time fechadinho, preparado para surpreender o fogo nos contra-ataques, afinal se o seu time fizer um gol o do técnico Cuca precisará fazer 3 de diferença. O time da estrela solitária precisa como nunca da precisão dos chutes do matador Dodô.

Já na outra partida tudo ainda bastante indefinido! O flu conseguiu uma vantagem também de dois gols, porém também sofreu gols em casa, e dois! Jogo complicado para os dois lados, mas a força maior do tricolor está no banco, e Renato Gaúcho saberá estruturar a equipe sem Carlos Alberto e fazer valer o resultado feito em casa. Pressão amarela na boca do jacaré, mas que o flu conseguirá segurar!

Por tudo isso apostaria em uma final entre Figueirense e Fluminense! Vale destacar ainda que uma nova torcida conhecerá o gostinho de ser campeão da Copa do Brasil, já que nenhum dos 4 semifinalistas conseguiu chegar ao título em edições anteriores.

terça-feira, 22 de maio de 2007

"Sangue, suor e lágrimas"

Henrique Fernandes
A célebre frase de Winston Churchill, refere-se a dor da guerra, mas bem que poderia ser usada, sem hesitação, para as grandes decisões do futebol. Para os jogos em que é preciso muito mais que tática e técnica para regozijar ao final do certame.

Durante 10 meses os estádios de toda a Europa se iluminaram para receberem os melhores jogos do continente. Lá no distante 12 de Julho de 2006, quando Liepajas Metallurgs da Letônia, ND Gorica da Eslovênia, Pyunik Yerevan da Armênia entre outros buscavam um lugar ao sol, começava o torneio de clubes mais magnífico do mundo, e um dos mais democráticos.

Amanhã, é o dia em que ele se acabará. Liverpool e Milan, tradicionalíssimos e merecedores, alinharão no OACA Spyro Louis de Atenas sob os apupos de milhares de torcedores e os olhos atentos de milhões de telespectadores para a disputa derradeira do troféu. Multicampeões, ambos já sentiram o gosto do título - os italianos seis vezes, os ingleses cinco - e prometem fazer desta final um jogo único e repleto de alternativas, como fizeram na temporada 2004/05.

Naquele jogo - sem dúvidas uma das melhores partidas que já tive a honra e o prazer de assistir - os Reds se impressionaram com a voracidade dos rossoneri, que marcaram três a zero logo no primeiro tempo, com Paolo Maldini e Crespo, duas vezes. Mas motivados pelo sempre infalível "You will never walk alone" da torcida inglesa, uma reação dramática recolocou o Liverpool na disputa, com gols de Gerrard, Smicer e Xabi Alonso, no rebote de um pênalti em um gol chorado, heróico.

A prorrogação faria brilhar a raça inconteste de Jamie Carragher e a boa sorte e competência do goleiro Dudek. Os penais, deram então naquela ocasião título merecido aos Reds, que comemoraram a virada histórica em um jogo inesquecível com cerveja, cânticos e muita alegria nos pubs espalhados pela cidade de Liverpool.

Que os Deuses do futebol nos concedam a honra de assistirmos a mais uma partida como a de dois anos atrás, para que nós, simples mortais, possamos mais uma vez desfrutar de uma partida imortal. É jogo pra não esquecer nunca mais.

Acervo completo!

João Luiz

Novamente ele chegou sem inspiração, mesmo assim, esperando pelo sonho tão almejado e aos 41 anos. Romário parecia um menino em campo atrás do desejado gol mil. Não foi aos 33 minutos do segundo tempo, o craque não fez tabela e muito menos limpou o goleiro. Mas de tanto nervosismo bateu de chapa no canto direito, com muita humildade.

Vem o Vasco novamente pela direita com Thiago Maciel. Ele levanta a cabeça procurando pelo Baixinho. Thiago cruza buscando o peixe na marca da cal, mas a zaga do Sport alivia. Os jogadores do Vasco reclamam toque de mão de Durval e o juiz assinala(...)É pênalti! É pênalti! Gritou um fanático locutor carioca, junto dos milhares de torcedores que, assim como ele, procuravam Romário em campo.

O Baixinho tremia, olhava de um lado para outro. O intervalo entre a confirmação do juiz vinda do apito do árbitro e a autorização da cobrança parecia uma eternidade. Soa novamente o apito, Romário escolhe o canto - friamente como sempre - e parte diante do gol tomado pelo arqueiro do rubro-negro pernambucano. Bola para um lado, goleiro para outro... Não foi um gol de anjo, nem mesmo um gol de placa, mas de ouro, que garantirá ao Peixe um nome na história como o segundo maior goleador de todos os tempos.

O juiz poderia não ter marcado o pênalti, Romário poderia errar a cobrança e nem mesmo entrar em campo. Mas quiseram os deuses do futebol que a milésima obra do Baixinho fosse feita ali, no velho São Janu, de Vargas e dos trabalhadores, de Dinamite e Ademir Menezes e ainda sim, de Eurico. O Mário Filho, oráculo do futebol, ficaria para outros tempos, assim como os clássicos contra Botafogo, Flamengo e Fluminense.

Romário, que antes era o cara da camisa 11, agora é o artilheiro nota mil! Uma obra para coroar o maior acervo em atividade do futebol mundial. Que sua galeria nunca deixe de estar em exposição.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Arrogância, soberba e títulos

Bruno Guedes

Wanderley Luxemburgo. Currículo invejável, títulos e mais títulos, um mestre do Brasileirão. Um treinador que conhece como poucos a arte de ganhar títulos. Um homem que com o dinheiro da Parmalat montou o esquadrão verde, que saiu da fila de mais de vinte anos em 1993. O artíficie do primeiro Campeonato Brasileiro vencido pelo Cruzeiro. O homem que, mesmo sem sucesso, treinou o galático Real Madrid.

Mas, o que falar da conduta desse senhor? Tão vencedor quanto polêmico. Amado e odiado ao mesmo tempo por grande parte da nação, que reconhece seu talento, mas abomina seu caráter. E, nas últimas semanas Luxa contaminou com uma pitada a mais de seu veneno nosso futebol.

Primeiro, deixou claro sua ligação com empresários no caso Pedro e Tiuí. Afirmou publicamente que não trabalharia mais com o representante do primeiro, e apontou outros dois como sendo de sua total preferência e confiança. Afeição é uma coisa normal também no futebol. Mas, o que prevalecem no final, os interesses do clube ou do treinador? E se qualquer dia desses, Luxemburgo retornar a Seleção Brasileira? Só levara atletas do seus amigos?

Sábado foi a vez do técnico trazer a tona sua maneira de se jogar nos braços do torcedor. Na derrota por 3 a 2 para o modesto América de Natal, a torcida santista pegou no pé (como faz a muito tempo) do meia Rodrigo Tabata. O que fez Luxa? Espinafrou o atleta perante a imprensa. E a preparação psicológica do jogador? As palestras motivacionais? Nada disso. É melhor escolher algum culpado, antes que a torcida pegue no seu pé.

Uma pena, que a arrogância seja um tumor maligno na vida de Luxemburgo. Um talento que o Brasil e o mundo deixam de ganhar, por conta de um ego do tamanho de sua cabeleira dos tempos de atleta.

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Eu já falei no ar e deixo registrado aqui no blog. Sem um grande do futebol nacional, a Série B promete muito equibrio e emoção. Até agora só o Fortaleza venceu as duas partidas. Das vinte equipes, apenas quatro não conseguiram vencer ainda. E essa é só a segunda rodada!

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Para não dizer que não falei de Vasco e Romário vai aí o link do texto que escrevi ontem para o meu blog:

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Já que citei o Idéias sem Ponto, vai aí um texto meu de março deste ano, que pode servir como uma resposta ao texto do amigo Henrique Fernandes, postado aqui terça-feira passado:

A modéstia de Romário

Paulo Lopes

Após o milésimo gol marcado na noite de ontem, o assunto não poderia ser outro senão: Romário e o milésimo gol.

Após dois meses depois de marcar o gol número 999 o gol mil finalmente saiu. Assim como Pelé o gol também foi de pênalti e ainda do mesmo lado em que o “Rei” chutou. Mas não foi do local preferido do Baixinho. Ele não escondia de ninguém que o seu desejo era marcar no Maracanã. Mas o estádio é o que menos importa, o importante é a marca alcançada.

Nem questionarei se ele marcou ou não os mil gols. O fato é que na sua contagem, conseguiu. E por isso ele está de parabéns. Mas o que eu quero abordar neste texto são a humildade e modéstia do (nas palavras do atacante) melhor jogador depois de Pelé.

Romário e grande parte da mídia estão dizendo que este foi o segundo gol mil da história do futebol. Eu concordaria que foi o segundo gol mil coberto de marketing e com grande cobertura da mídia. Se o Baixinho considera que marcar com 13 anos num jogo válido pelo infantil (foi o primeiro gol do atacante que ele computou) ou em jogos treinos, é válido para a contagem então pressuponho que quase todos os gols podem ser considerados, só tirando os gols marcados em coletivos no treino. Então se isso é válido ele esqueceu de incluir nomes como Puskas, Friedenreich, Cláudio Adão e quem sabe Roberto Dinamite ou Zico.

Ele tem todo o direito do mundo de sentir orgulho e de comemorar, mas só tem que ser mais humilde e reconhecer que ele não é o dono da sabedoria e do mundo, porque marcar o primeiro gol com 13 anos e o milésimo com 41 é pra poucos, mas te garanto que para mais de dois.

Para quem quiser saber quando e onde todos os gols de Romário foram marcados é só acessar o link e depois clicar em histórico e gols do Romário.

domingo, 20 de maio de 2007

Enfim o gol mil

Jonas Mendonça

Não foi o palco desejado. Nem as melhores circunstâncias, já que o milésimo estava agonizando. Mas Romário marcou em São Januário o gol que lhe garante um lugar especial na história do futebol brasileiro e mundial. Como Pelé, o Baixinho marcou o gol mil cobrando pênalti, bem ao seu estilo: passos curtos, cobrança perfeita. Romário agora é mil! Parabéns Baixinho!!! Resta saber se Romário encerra sua brilhante carreira, o que seria normal e uma boa escolha.



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Esses nem o Souza errava...



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Ontem foi dia de Monobloco. Hoje deveria estar inspirado para escrever, mas gastei toda a energia. Inspirado foi o repertório de ontem. Dentre as melhores, "Explode Coração", da Salgueiro, e Fio Maravilha. Uma palinha...



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Frase da Semana: "Não vou parar agora, mas se tivesse que parar, pararia feliz" (Romário, após fazer o milésimo gol).

"Saracuteando"

Paulo Monteiro

Eu tinha medo de bicho Papão!

Toda criança algum dia já teve medo do Velho do Saco, da Mula sem Cabeça, do Saci, e principalmente do bicho Papão, que habitava as zonas inferiores às nossas camas. Coisas de criança, mas que com o passar do tempo, essas coisas desaparecem e passam a fazer parte da nossa memória infantil. Ter medo de monstros é normal, o problema é quando um adulto treme toda vez que escuta Bicho Papão, ou um time “mais que experiente” escuta aquela voz tremulante e de filme de terror dizer: “Estamos perto da final”. O Botafogo já é bem grandinho para sentir isso. Um time dúbio, que hora faz partidas memoráveis, vence jogando bonito, um futebol vistoso, impossível de não aponta-lo como um dos favoritos a uma vaga na Libertadores, ou quem sabe ao próprio título do Brasileirão 2007. Mas que quando escuta a voz sussurrante (final do carioca contra o Flamengo, final da Taça Rio, quase eliminado pela Cabofriense, semifinal da Copa do Brasil) se treme todo, se encolhe, e é lógico perde, e o pior na única hora que não podia.

Após vencer o Internacional, em Porto Alegre, tudo parecia claro, arrasaria o esforçado Figueirense, apenas esforçado que se diga de passagem. Mas não foi isso que o torcedor viu em Santa Catarina. A partida mostrou um Botafogo que jogou como um “Inter da Casa da Mãe Joana”, um “Desportivo do Judas Perdeu as Botas”, era qualquer time, menos o Botafogo, berço de Garrincha. Encolhido, amedrontado, esperando perder de apenas 3 a 0, que já seria um bom resultado. E só não foi uma goleada histórica porque o bom Júlio César fechou o gol botafoguense.

Existe uma coisa que se chama preparação psicológica, e cabe a diretoria do alvinegro, juntamente com o técnico Cuca realiza-las diante de seus jogadores. Cuca que leva o estigma de Monteiro Lobato, e continua assustando as criancinhas agora não mais do sítio do Pica-Pau Amarelo, mas da creche “General Severiano”. Creche não é nenhum termo depreciativo, apenas os identifica como crianças, algumas até prodígio, mas que continuam com medo das finais, e em vez de se mostrarem valentes garotos lutando pela camisa que vestem. Medo de Bicho Papão eu já tive, e todos já tiveram, mas um time como o Botafogo, glorioso em sua história, não pode se render ao medo, não mesmo! Se o alvinegro fosse um Brasiliense da vida (time novato), até aceitaríamos, time este que muito pelo contrário, lutou até o fim e vendeu caro a derrota para o Fluminense.

Após a derrota de 2 a 0 para o Figueirense, as chances de termos outra final carioca da Copa do Rio, (opa), da Copa do Brasil diminuirão muito, mas como dizia o velho sábio : “A esperança é a última que morre”, e ainda mais, como em uma campanha política a alguns anos atrás ela venceu o medo, só depende do psicológico dos jogadores. E agora Botafogo como vai ser?

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Romário acaba de marcar seu milésimo gol. Parabéns para ele. Um jogador, um craque, um ídolo. Parabéns ao Sport que ficará imortalizado também. Minha maio dúvida: Será que o patrocínio do Banco BMG ainda continua?

sábado, 19 de maio de 2007

Bungee Jump

Débora Nobre

Por que não falar de esportes radicais? Dentre tantas opções e maluquices diferentes...

O primeiro Bungee Jump surgiu na Ilha de Pentecost, localizada no Oceano Pacífico Sul. Diz a lenda que uma mulher da tribo Bunlap, tentando fugir do seu marido, resolveu escalar uma árvore. Vendo que ele continuava a persegui-la, a mulher amarrou cipós nos tornozelos e saltou, alcançando o solo com segurança.

Desde então, os homens desta tribo escalam torres de madeira e saltam amarrados em cipós como forma de prova sua bravura. No ritual, eles escalam a torre e pulam de plataformas para exibir sua força e mostrar que não serão enganados por suas mulheres.

Estes aborígines ficaram conhecidos como “Land Divers” (mergulhadores da terra) quando dois fotógrafos da “National Geografic” desembarcaram na ilha. Em meados de 1979, o clube de esportes perigosos de Oxford (Inglaterra) apresentou ao mundo um novo esporte. Amarrados por elásticos apropriados para esta prática, saltaram da ponte Clifton, em Bristol. Já nos anos 80, um Neo Zeolandês chamado Allan John Hackett colocou o Bungee Jump na mídia mundial, realizando um salto perfeito na Torre Eiffel, em Paris. Desde então, cá milhões de pessoas vem se aventurando nessa nova modalidade esportiva.

Os esportes radiais são perfeitos para quem gosta de adrenalina pura. Há quatro anos tive a oportunidade de visitar Queenstown, na Nova Zelândia. Uma cidade linda, com uma paisagem inacreditável. A cidade foi escolhida para ser locação da trilogia "O Senhor dos Anéis". Lá foi construído o primeiro bungee jump do mundo em uma ponte com 43 metros de altura. Escolhi este lugar para experimentar o esporte. Relamente, é uma sensação indescritível. Se jogar no meio do nada parece uma atitude muito irracional, mas é delicioso. Muita adrenalina e a melhor ilusão de liberdade.

Quem gosta de vencer desafios e ultrapassar os próprios limites pode tentar a prática de esportes radicais. Mas é altamente aconselhável procurar equipes especializadas e experientes. Se você puder juntar a isso uma paisagem deslumbrante, essa vai ser uma experiência inesquecível.

Três Campeonatos

Monique Soares

O futebol paulista está passando por alguns momentos interessantes. O Santos, que está atuando em dois campeonatos, está ousando em jogar com o time reserva no início do Brasileirão para investir bem na Libertadores. Atitude condenada por alguns técnicos que dizem que os pontos iniciais de um campeonato são de suma importância podendo garantir a continuidade de uma boa campanha. Com isso, essa semana o Peixe perdeu em 4 a 1 para o Sport. Pernambuco agradece. Já na Libertadores, o time titular investiu no 0 a 0, jogando no México. O time do Santos é muito bom, exemplar, mas desvios podem acontecer. Está na hora de agir com mais cautela e lembrar que a vitória na Libertadores conduz ao Japão e a um possível título mundial, ou seja, não é pouca coisa.

O Palmeiras - aquele mesmo que há uns tempos atrás estava a caminho do fundo do poço - pegou impulso e retomou a ativa. Está se recuparando aos poucos e mostrou bem isso no jogo contra o Flamengo. Aquele jogo aconteceu de tudo. Os paulistas estavam à vontade, se sentindo em casa. Teve gol do Claiton, que nem ele próprio deve ter demorado a acreditar. E Renato Augusto acertou o pé. Encontrou a direção do gol, porém com o pé esquerdo. Ele deve estar experimentando outros métodos de finalização já que seu pé direito o estava desapontando. Mesmo assim, conseguiram a façanha de perder em casa por 4 a 2. Esqueceram do talento de Edmundo e, principalemte, esqueceram de marcar. Quem não faz leva.

Nesse contexto se insere a derrota do Botafogo. Perderam fora de casa para o Figueirense por 2 a 0. Isso confundiu a cabeça de muitos com relação a final. Era quase unânime a aposta em uma final Flu X Bota. Será que será isso mesmo? O Botafogo não resistiu a marcação do adversário e seus craques, com isso, nem pareciam estar presentes em campo. Poderiam ter jogado mais pelas laterais. Lição para o próximo jogo, afinal, Copa do Brasil, assim como a Libertadores, decide-se em 180 minutos.

O Fluminense fez sua parte e venceu em casa o Brasilinense por 4 a 2. Quebraram o tabu de que o Brasiliense venceu todos os jogos fora de casa e que assim também venceria o Flu. Agora é ir a Brasília e confirmar a classificação para a final.

O Vasco, que estava há quase um mês sem jogar pois não tinha Brasilierão e estava fora da Copa do Brasil, retoma todas as atividades e objetivos. Isso inclui fazer uma boa campanha, conquistar títulos e o gol mil. Como não?! O Gol Mil do Romário. O objetivo foi transferido pra Celso Roth. Agora será contra o Sport. Pelo visto o Romário abriu mão do gol mil sair num clássico no Maracanã. E que isso acabe logo.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Dança das cadeiras

Felipe Muniz

Ivo Wortmam, esse é o nome da primeira vítima da dança das cadeiras. Isso apenas na primeira rodada do Brasileirão 2007. Assistimos nos últimos anos essa prática muito comum e o que se observa é que essas trocas constantes não influem muito no rendimento posterior das equipes. O Fluminense ano passado quase foi rebaixado devido a insistência em botar a culpa no seu treinador, o Santa Cruz também esteve entre os clubes que também mudou muito seu comandante e hoje figura na Segundona.

O que encontramos no futebol brasileiro hoje é a falta de bons jogadores. Os maiores craques vão cada vez mais cedo para Europa e com uma moeda pouco valorizada no mercado mundial, mercados como Arábia Saudita, Qatar, Japão, Coréia entre outros levam o que sobra de “mais ou menos” do país.

Com todo esse panorama os técnicos são cada vez mais valorizados, pois têm que cada vez mais tirar “leite de pedra” para conseguirem montar seus times e quem dirá elencos para disputar três ou quatro campeonatos em uma temporada.

Essa dança das cadeiras promete continuar incessantemente e vale lembrar que os técnicos não são santos também, pois alguns abandonam seus clubes sem o menor pudor.

Mais profissionalismo é que precisa nosso futebol e isso é tudo que pede o torcedor.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Dispensados ou dispensáveis?

Renan Caixeiro

Kaká e Ronaldinho pediram dispensa da seleção na Copa América. Dispensa aceita pela CBF (sim, ela tem que aceitar). Kaká é indispensável ao esquema de Dunga mas Ronaldinho...até hoje só fez duas boas partidas pela seleção (Inglaterra[2x1] e Argentina[4x1]).

O dentuço tirou férias durante a Copa de 2006, e disse estar há dois anos sem férias. Lembram de Weggis? Uma festa! Kaká jogou a Copa machucado e não aguentava mais o estrelismo dos outros vértices do quarteto. Não teve culpa, ele tentou jogar futebol.

O que me intriga é: Lúcio e Juan mandaram alguma carta para a CBF pedindo dispensa? Não! E arrebentaram na Copa 2006! Porque as estrelas que ganham muito mais dinheiro que a dupla de zaga pedem dispensa?

Copa América não é SPA, é uma competição oficial da FIFA, é prazerosa de ser vencida (lembram dos argentinos e do gol de Adriano?). A próxima só acontece em 2011 e ano que vem o calendário vai estar livre para as tão desejadas férias. Que pobreza de espírito, que falta de consideração com a Amarelinha. Sigam o exemplo de Lúcio e Juan e deixem a mediocridade de lado, Ronaldinho e Kaká.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

A bola da vez

Thamara Gomes

Ricardo Izecson dos Santos Leite. Esse é o nome do melhor jogador do mundo na atualidade. Jogador não muito conhecido pelo seu nome, mas pelo apelido que carrega: Kaká, titular absoluto do Milan e da Seleção Brasileira com apenas 24 anos.

Kaká já está merecendo o título de melhor jogador do mundo concedido pela FIFA há pelo menos um ano. Atuando na Europa há mais de 3 anos, o jogador é o destaque do seu time e o principal responsável pela atual campanha do time italiano na Liga dos Campeões, deixando sua marca nada menos do que 10 vezes. Muita coisa para um meio-campista!

Pensamento rápido, velocidade e precisão nos passes são algumas das qualidades do craque brasileiro. E ele ainda tem o que falta em alguns bons jogadores como o português Cristiano Ronaldo: objetividade. Sem muitos ‘saracuteios’ Kaká está sempre em busca do gol.

Na última sexta-feira o meia pediu à comissão técnica brasileira sua liberação da Copa América, alegando cansaço, nada mais justo para um jogador que está há 3 anos sem férias. Já garantido na Liga dos Campeões do ano que vem, o próximo desafio do jogador é levantar a taça da Liga deste ano, já que o Milan está na final, e enfrenta o Liverpool na próxima quarta-feira, dia 23. Artilheiro da competição e com mais uma boa atuação na final será difícil tirar o título de melhor do mundo de Kaká este ano.

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E esse jogo você acompanha pela Rádio Universitária, a partir das 15:30!!! www.radio.ufjf.br

terça-feira, 15 de maio de 2007

Como o futebol Paulista se tornou medíocre

Henrique Fernandes
Que me desculpem os bairristas convictos e os apaixonados. O futebol Paulista está acabado. Já explico. Para isso, usarei a cronologia, algo lógico, matemático e didático o bastante para que todos entendam. Eu poderia buscar o já distante ano de 2001, ano em que o futebol de São Paulo teve nove participantes na série A, mas pegarei desde 2003, ano em que o sistema de pontos corridos foi implantado no Brasil.

Em 2003, sem Palmeiras, coube ao São Caetano juntar-se aos “grandes de São Paulo”, chegar à Taça Libertadores, e juntamente com São Paulo e Santos figurar dentre os maiores do país, em um ano que o campeão Cruzeiro sempre esteve há anos luz dos outros times do Brasil. Ora, o Cruzeiro não é Paulista, e campeonato Brasileiro sem o Palmeiras, por si só já é uma vergonha para o futebol do estado de São Paulo.

Logo veio 2004, ano em que o Santos alcançou na reta final seu segundo título da competição. O São Paulo ficou pouco atrás e obteve um ótimo terceiro lugar. Em quarto, o Palmeiras e em quinto, o Corinthians. Dentre os cinco primeiros, quatro Paulistas. Perfeito? O estado estaria de parabéns, se lá embaixo, o campeão Brasileiro de 1978, o Guarani, não amargasse um vexatório rebaixamento, que se desenhara com várias rodadas de antecedência. Menos um paulista na elite do futebol nacional. Era a seqüência da derrocada.

Em 2005, em clara ajuda do “caso Edílson” – adivinhem a qual federação o árbitro era filiado! – o Corinthians “acabou ganhando” um campeonato em que o Internacional de Porto Alegre jogou um melhor futebol. O Palmeiras “cavou” uma vaga para a Libertadores se aproveitando da incompetência do Fluminense, que se tivesse a sorte dos Palmeirenses, chegaria a competição internacional. O São Paulo de ressaca pelo título sul-americano – conquistaria o mundo no final do ano – ficou num modesto 11º lugar. O Santos decepcionou e terminou em 10º. Ao menos o estado não amargou nenhum rebaixamento, mantendo seis participantes na competição nacional.

Em 2006, o início do fim. É bem verdade que lá em cima, o São Paulo ganhou com infinitos méritos o campeonato Brasileiro. O Santos, com a estrela de Luxemburgo, alcançou a Libertadores da América. Corinthians e Palmeiras lutaram contra o rebaixamento o campeonato inteiro, sendo que o Alviverde esteve ameaçado até a penúltima rodada, quando se salvou da degola graças à ruindade evidente da Ponte Preta. Aliás, metade dos rebaixados foi paulista: São Caetano – outrora sensação – e a centenária Ponte Preta cansada de sempre lutar contra o rebaixamento. Apesar de quatro acessos na segundona, nenhum paulista e o futebol de SP, ficou com só quatro times na série A.

Agora chegamos a 2007. Este campeonato Brasileiro será o mais equilibrado desde que inventaram os pontos corridos. Hoje, os times de São Paulo estão em mesmo número que os do Rio Acabou-se a hegemonia. O Corinthians parece tentar se reencontrar no futebol de Zelões, Betões, Magrões e aposta em Finazzi e na molecada que sairá do clube tão logo dólares sejam abanados no exterior.

O Santos vive de Luxemburgo. Com um elenco claramente limitado, o time se ressentirá das saídas iminentes de Kleber, Cléber Santana, Maldonado e do astro-mor, Zé Roberto. O que se verá depois disso é o que aconteceu neste domingo na Ilha do Retiro. O Palmeiras é uma incógnita e parece ter um trabalho para o futuro. O sucesso à curto prazo depende da boa fase de um veteraníssimo de 35 anos e da permanência de Valdivia, cada vez mais improvável e que se tornará ainda mais utópica após a Copa América.

O campeão São Paulo, definitivamente não é mais o mesmo. Qualquer um diria, após o humilhante 4 a 1 sofrido dentro do Morumbi para o agora modesto São Caetano da segunda divisão, que resultados assim acontecem no futebol. Acontecer acontece, mas não aconteceria com o São Paulo de 2005 ou com o de 2006. De lá pra cá, saíram Lugano, Fabão, Mineiro, Danilo, entre outros, difíceis de serem substituídos apesar do dinheiro tricolor. Acontece que o clube dependia de jogadores comuns como Souza, Richarlysson, Aloísio, Leandro, que longe de serem craques, dependem de uma boa fase. Muricy já percebeu que a fase boa destes atletas parece ter chegado ao fim. Mas até a readaptação do esquema de jogo com Hugo, Jorge Wagner e com o virtuoso Dagoberto, o Tricolor deverá perder a chance de lutar pelo título deste Brasileirão e a cabeça de Muricy estará a perigo. Com o fim do São Paulo, para mim, o melhor e mais estável Paulista, o futebol do estado caminha para ser o que o futebol Carioca era há até pouco tempo: uma incógnita em busca de reviver os tempos gloriosos.

Quando ser diferente é anormal

Bruno Guedes

O Pan do Rio é a primeira grande competição esportiva organizada no Brasil que acompanho. Talvez, por isso, me surpreenda com algumas notícias e reportagens próximas aos Jogos. Que as instalações esportivas estão sendo feitas as pressas, deixou de ser manchete assim como bala perdida na Cidade Maravilhosa. Entretanto, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman dizer a imprensa, que é absolutamente normal ocorrerem greves de operários as vésperas do início do Pan soa muito estranho. Será que nas Olimpíadas de Atenas, Atlanta, ou no Pan de Winnipeg foi assim?

No sábado foi a vez a revista LANCE A+ publicar uma entrevista com Laís Bernardino, atleta do hóquei sobre a grama que abandonou sua seleção acusando o técnico Cláudio Rocha (filho do presidente da Confederação do mesmo esporte) de favorecimento de atletas e autoritarismo. Várias atletas desistiram do Pan por causa de Cláudio, ainda acusado por Laís de ser péssimo treinador. E o COB? Investigou o assunto? Trouxe explicações a mídia e a atleta? A resposta é não.

E o que falar da venda de ingressos. Feita para favorecer apenas cambistas e agências de viagem. Torcedores como Paulo Monteiro que cochilaram um pouquinho a mais ficaram a ver navios na esperança de ver várias modalidades. Em uma hora se esgotaram os ingressos da final de vôlei masculina. Em quatro ou cinco, praticamente todas as finais estavam esgotadas. Enquanto isso em Gauadalajara palco do Pan de 2011, todas as instalações serão entregues em 2009. Os outros DOIS ANOS servirão para promoção de eventos testes. Uma pena que nós, brasileiros, só achamos comum o errado. Temos muito a aprender.

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Para os espanhóis, Massa foi um vilão que jogou o carro pra cima de Alonso e impediu Príncipe das Astúrias de vencer. Para os brazucas, Felipe foi arrojado e defendeu a posição. Mas, independente de quem estava certo, os fãs de Fórmula 1 sentiram um gostinho daquelas velhas rivalidades, Senna e Prost, Piquet e Mansell, Villeneuve e Schumacher. Parabéns aos dois pela manobra! E parabéns a Hamilton, o mais jovem líder da história da maior categoria do automobilismo mundial!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Uma sugestão para a cartolagem!

Paulo Lopes

Para os times brasileiros existem cinco campeonatos possíveis para serem disputados. São eles: Estadual, Libertadores, Copa do Brasil, Brasileirão e Copa Sul-americana. Os três primeiros são jogados no primeiro semestre e os dois últimos no segundo. Mas não seria melhor copiar a fórmula dos campeonatos europeus? Em que quem joga a Champions League não joga a Copa da Uefa e os dois campeonatos nacionais podem ser jogados pelos times que estão nesse campeonato europeu.

Estou dizendo isso por causa da falta que eu sinto em ver grandes times jogando a Copa do Brasil, porque estão competindo na Libertadores. Eu concordo que seria inviável um time jogar três competições ao mesmo tempo, não haveria nem datas para isso. Mas então porque não se faz igual a Europa? Fazendo uma analogia, a Champions League seria a Libertadores, a Copa da Uefa seria a Sul-americana e a Copa e o Campeonato Nacional seria disputado como é por aqui.

A sugestão que eu dou é a seguinte: no primeiro semestre seriam jogados os Estaduais, a Libertadores e a Sulamericana. Mas quem jogasse a Libertadores não poderia jogar a Sul-americana. O critério seria definido pela colocação do time no Brasileiro do ano anterior. E o segundo semestre ficaria apenas para o Brasileirão e a Copa do Brasil.

Com isso a Copa do Brasil ganharia mais times de tradição e melhores jogos. Hoje em dia quem joga a mais importante competição das Américas não pode jogar nem a Sul-americana (com exceção do campeão brasileiro) e nem a copa nacional. Ela te exclui de dois torneios. Seria muito melhor ela só te excluir de um. Porque imaginar que um time que sempre se classifica para Libertadores nunca mais possa disputar a gloriosa Copa do Brasil seria um castigo gigante. Por tudo isso, dou minha sugestão para o melhoramento do futebol brasileiro.

domingo, 13 de maio de 2007

"Saracuteando"

O natal que vos espere

Paulo Monteiro

Acabaram os Estaduais, e ele chegou. Chega meio sem força, o povo ainda meio desconfiado, mas ele esta aí, o Campeonato Brasileiro começou ontem. Uma competição que mais parece uma maratona: chega depois um pouco do Coelhinho da Páscoa e acaba perto da chegada de Papai Noel. Mas o bom velhinho do campeonato, não é nada bondoso, apenas uma torcida se exalta com o título, enquanto quatro outras choram pelo presente de grego, uma viagem rumo a segundona. Para ganhar um bom presente, o time tem que se planejar, não brigar com os juízes e com os “coleguinhas” de profissão, fazer o dever de casa, e principalmente: fazer gols. Quem se habilita a cumprir tais obrigações? Antes de apontar os favoritos ao título, e ao descenso, você pode estar se perguntando o porquê de falar sobre presentes de natal logo em maio. A resposta é simples, em um campeonato de pontos corridos, com 38 rodadas, um time campeão começa hoje, quer dizer, começou ontem.

Planejamento é a questão primordial no futebol. E por tal motivo é impossível não colocar o São Paulo como um dos principais favoritos. O time tricolor não chega perto da seleção que tinha em 2005. Perdeu peças importantes, e não conseguiu contratar a altura, não por incompetência, mas falta dessas peças no mercado nacional. O Inter caiu muito do ano passado para 2007, mas mesmo assim é um time aguerrido e que sabe se superar, podendo surpreender. O Santos tem um time forte, e um treinador competente. Seria o virtual favorito se como peixe que é, não morresse na praia. O Grêmio é o time sensação. Voltou da Série B em 2005, ficou na terceira colocação ano passado, e acabou de eliminar o tricolor paulista da Libertadores. Força, Raça e disposição, um Grêmio da maneira gaúcha de ser.

Lá em baixo a situação é disputadíssima. O América-RN é virtual rebaixado. Náutico, e Sport lutam para se manter na Série A, e têm chances, fizeram boas campanhas na Copa do Brasil e possuem times rápidos e até certa medida, consistentes. O Vasco, que não contratou, perdeu Renato Gaúcho, e contratou Celso Roth, já deu inúmeras provas que é um time medonho e candidato a sair da elite do futebol nacional.

O Fluminense se recupera, principalmente após a contratação do ex-técnico vascaíno, e hoje saiu da UTI, em minha opinião, e não corre mais risco de vida. Outro que deve dar muita dor de cabeça ao torcedor, é o Corinthians, que perdeu as estrelas, perdeu dinheiro, perdeu o controle, e fez péssimas contratações, e nessa situação a rigidez de Carpegiane não ajuda muito. Cada um por si e Deus por todos, se bem que alguns dos times que disputam o nacional, nem Deus salva.

Parabéns às mães pelo dia de hoje!

Pensamento (ou indagação) do dia: O mundo é tão machista que a CBF resolveu presentear todas as mães com o início do campeonato nacional. Além de perder o “maridão” para alguma pelada televisiva (pelada = jogo de futebol, pelada ≠ “gostosona” rebolando nas propagandas de cerveja), são obrigadas a cuidar sozinha das crianças, além de em alguns casos serem obrigadas a escutar: “ Mô, traz a cerveja” ou “ Cadê o salgadinho”. Tinha que começar hoje?

sábado, 12 de maio de 2007

A sorte está lançada!

Por Débora Nobre
Campeonato Brasileiro 2007
1ª Rodada

Dia 12 de maio de 2007, às 18h10

Estádio Orlando Scarpelli - Figueirense x Atlético-PR

Maracanã - Fluminense x Cruzeiro

Morumbi - São Paulo x Goiás

Dia 13 de maio, às 16h

Mineirão - Atlético-MG x Náutico

Beira-Rio - Internacional x Botafogo

Maracanã - Flamengo x Palmeiras

Estádio Durival Britto - Paraná x Grêmio

Dia 13/05, às 18h10

Morumbi - Corinthians x Juventude

Machadão - América-RN x Vasco

Ilha do Retiro - Sport x Santos

Agora não tem mais jeito! Quem treinou, treinou; quem não treinou, pode começar a correr atrás porque chegou a hora. O Brasileirão deste ano começa agora. Que vença a equipe com a melhor campanha, o melhor time e a melhor estrutura. Se não for pedir demais, que vença o time com o melhor técnico, sem a já conhecida dança das cadeiras entre os treinadores.
Hoje o São Paulo enfrenta o Goiás em casa. Desmotivado, o tricolor vem de uma derrota inesperada para o Grêmio justamente na Libertadores, alvo de adoração dos torcedores. É hora de esquecer a desilusão e seguir em frente. O Goiás tampouco chega feliz ao campeonato. Derrotado na semana passada, perdeu o título estadual para o Atlético - GO. E por essa ninguém esperava.
São Paulo 2 x 1 Goiás
Amanhã é a vez de Flamengo e Palmeiras. O primeiro foi campeão e vem cheio de moral para esse campeonato. O segundo... Esse precisa urgente erguer a cabeça e seguir em frente. Já passou da hora do alviverde se reestabelecer como uma grande equipe. Pena que terão que esperar mais uma semana...
Flamengo 2 x 0 Palmeiras
O Juventude não deveria meter tanto medo, mas dar palpites em jogos do Timão ficou difícil há muito tempo. Pelo menos o técnico Paulo César Carpegiani já decidiu a equipe. Pela iniciativa...
Corinthians 1 x 1 Juventude

Viraram história

Monique Soares
Esta semana ocorreram jogos que com certeza entrarão para a história do futebol. Quem teve a oportunidade de conferir pode se considerar privilegiado.
Dez clubes e legiões de torcedores usufruiram da ressaca da comemoração. E mal ccomemoravam títulos já tinham que se preocupar com a Copa do Brasil ou a Libertadores. As torcidas, ainda com a adrenalina do grito de campeão, foram garantir o apoion das arquibancadas. O resultado foi um lindo espetáculo.
O Santos retribuiu com um resultado de 3 a 2, de virada, com direito a gol de letra. Zé Roberto nem foi embora ainda mas os santistas já estão começando a sentir seu breve retorno à Europa. O Flamengo venceu por 2 a 0 mas não foi o suficiente para passar de fase. Pagaram por um erro de 3 a 0 cometido no jogo de ida fora de casa, mas contaram com os aplausos da torcida e cantos entoados ao longo dos noventa minutos. O São Paulo também foi eliminado, pelo Grêmio, no Clássico Tricolor, fazendo a felicidade dos gremistas que ainda comemoravam o título estadual. Quinta-feira o Botafogo se classificou, sob alguns protestos, e o Paraná não sobreviveu ao Libertad.
O futebol brasileiro tem agora Santos e Grêmio avançando de fase na Libertadores. Botafogo e Fluminense na Copa do Brasil.
Em meio a vitórias e derrotas o saldo ainda assim foi positivo e o torcedor conferiu os jogos que entraram para a antologia do futebol.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Um mês!

Parabéns aos blogueiros e leitores do Resumo Esportivo versão internet. Ontem completamos um mês no ar.
Que muitos outros venham pela frente!

Abraço a todos!!!
Bruno Guedes

Cruzeiro 2003, será mesmo um acidente?

João Luiz Freitas

Folhear as página do livro “Memórias do Tri”, de Alex Medeiros traz a tona as memórias de um grupo supercampeão, imbatível e que jamais será repetido em toda a história. Sem maiores comparações também me fez lembrar de uma equipe recente, que em busca de um sonho inédito, certamente lista entre as melhores equipes brasileiras dos últimos tempos : o Cruzeiro de Luxemburgo em 2003.

Julgada por alguns colegas do programa como acidente de percurso, time desnecessário, caro e sem planejamento. Mas o que se toma como planejamento senão títulos? E não foram poucos, três conquistados brilhantemente pelo Cruzeiro e que, queiram ou não, garantem a ele a Tríplice Coroa - mais que um título, uma marca dedicada a poucos times em todo o mundo.

Ah, 2003! Um ano inesquecível para os torcedores da parte azul das Minas Gerais. A conquista do mineiro já era esperada, mas a Copa do Brasil, vencida de forma avassaladora sobre o Flamengo e o inédito Brasileiro, em que a equipe bateu recordes de pontos e gols feitos. Seriam outros acidentes?.

Com uma equipe de bons jogadores como Aristizábal, Maurinho, Deivid, com o talento do excepcional Alex e o dedo tático do mestre Luxa, o Cruzeiro foi diparado o melhor time daquele ano. E alguns jornalistas paulistas ainda tiveram a audácia de insistir no Santos como campeão moral. Tolos colegas, o time do Leão foi freguês até onde não poder mais durante toda a temporada.

Um erro? Talvez não ter vencido a Libertadores no ano seguinte, mas também não era tão necessária, a campanha vitoriosa na temporada coroou aquele grupo para sempre. Um acidente? De percurso não, da história talvez. Mas o certo é que o torcedor brasileiro jamais esquecerá os jogos do Cruzeiro em 2003, jogos inesquecíveis. JOGOS IMORTAIS.

Brasfoot da vida real?

Renan Caixeiro

Que tal ter o seu o próprio clube de futebol profissional? Você decide quem contratar e quem colocar em campo. As substituições e formações táticas são por sua conta. Pensou no Brasfoot?Ou no Football Manager? Então você se enganou. Estou falando da vida real.

O site myfootballclub.co.uk oferece aos usuários a chance de realizar esse sonho. Você escolhe um clube inglês e se cadastra, assim que forem completadas 50 mil inscrições cada membro deverá contribuir com 50 euros. Os fans decidirão contratações e aspectos dentro de campo, além de terem acesso aos vídeos de treinamentos diários para tomarem melhores decisões. O time mais votado até agora é o Leeds United, que faliu há algumas temporadas (seus diretores querem vendê-lo) e está na 2ª divisão inglesa.

Amazing! Há tempos não via nada tão criativo. Tudo seria votado, até futuras contratações. Em oito dias já foram feitos nove mil cadastros, o myfootballclub é um sucesso.

Apresentada a parte fantástica da história, cairemos na realidade. 50 mil pessoas x 50 euros = 2,5 mi de euros. Quem seria o fan administrador desse dinheiro? Alguns deveriam doar muito mais dinheiro que outros já que para adquirir um clube é necessário muito investimento. Estes com certeza não dividiram o poder igualmente com aqueles fans dos 50 euros, enfim, não daria nada certo.

A idéia é muito interessante, pena que a disputa por poder e dinheiro sempre fica em primeiro plano, ultrapassando a paixão pelo futebol.

Homenagem da semana: José Silvério, um dos maiores locutores do mundo . Ouçam com atenção.

Jogada (sorte) da semana – Gol de letra, de fora da área, encobrindo o goleiro.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Santo de casa não faz milagre

Thamara Gomes

Nada menos do que 6 jogadores das categorias de base cruzeirense entraram em campo no último jogo da final do Campeonato Mineiro. E quem esperava que estes jogadores ficassem queimados diante da torcida após o jogo se surpreendeu: os garotos corresponderam à expectativa do treinador interino Emerson Ávila.

O Cruzeiro foi melhor durante quase toda a partida e o menino prodígio Guilherme, de 18 anos, o melhor em campo, atuando como quem pede explicações por ter ficado de fora do time titular na primeira partida. Além da base, outro que voltou a se mostrar eficiente foi o lateral-direito Gabriel, que fez excelente apresentação, avançou ao ataque sem deixar de lado a marcação.

O time celeste precisava de um milgagre para levantar o caneco do Mineiro. A equipe criou boas oportunidades mas só conseguiu balançar as redes duas vezes, com Guilherme e Wellington, ambos de 18 anos, ainda no primeiro tempo. O Cruzeiro não levanta a taça, mas com essa vitória a torcida cruzeirense deposita as esperanças em um futuro próximo, e começa a ver o futebol de garotos que poderão se tornar seus ídolos.

***

É esperar pra ver : O treinador Levir Culpi anunciou ontem a sua saída do Atlético e irá trabalhar no Japão. Nem com os apelos da torcida o treinador deixou de lado a boa proposta do Cerezo Osaka. Mas para o lugar dele já foi acertada a volta de Geninho. Do outro lado da lagoa o novo técnico é o vice-campeão paulista Dorival Júnior. Com a escassez de bons técnicos no futebol brasileiro, os mineiros conseguiram duas boas opções. Geninho já fez um excelente trabalho no próprio Atlético e Dorival vem de uma ótima campanha com o São Caetano.

terça-feira, 8 de maio de 2007

As duas faces de uma decisão

Henrique Fernandes
Final de campeonato Carioca. O certame, é a 210 quilômetros de minha casa, mas meu espírito está lá, vidrado no gramado do maior do mundo. Até o apito inicial do árbitro, ainda estou na primeira partida da decisão. 2 a 2 de dois jogos em um, que só serviram para começar tudo de novo na partida decisiva e para prenunciar um jogo épico. E ele veio.

O primeiro tempo, como sempre, de estudo. Dois times que se respeitam, duas torcidas que se respeitam, dois treinadores que se respeitam. Bola rolando e coração disparado. Eu, em casa, envergo a camisa tradicional que já começa a mostrar o desgaste do uso contínuo e apaixonado. Nos olhos que não desgrudam da tela, a esperança no título, no peito, a estrela. Primeiro tempo encerrado e nada: 0 a 0.

O segundo tempo começa e não tarda o grito de gol. Numa arrancada sublime de Juan, Souza estufa as redes de Max. 1 a 0 Flamengo. Juan se joga ao chão no gramado, crendo ter feito a jogada para o gol do título, se engana.

Demoram três minutos até Lúcio Flávio cruzar e Juninho marcar de cabeça o gol que recolocou o Botafogo no campeonato. Cruzamento excepcional de Lúcio Flávio, cabeçada certeira de Juninho. Lúcio Flávio. Juninho. O destino guarda algo que jamais esquecerão para dali a alguns minutos. Em uma jogada de superioridade, técnica, maestria e heroísmo, o artilheiro absoluto Dodô recebe frente a frente com Bruno e o encobre, a bola morre mansa, abraçada nas redes do Maracanã. Dodô. Bruno. 2 a 1 Botafogo. Uma virada com autoridade e belíssimo futebol. Tudo isto em menos de cinco minutos.

Aí a lógica dá lugar à mística. Um jovem de 19 anos corre indomável pela intermediária. Enverga a dez de Zico. A dez da salvação. Seu nome é Renato Augusto, o prodígio do Flamengo que não chuta bem. Eis que "aquele que chuta mal" remata de longe, um petardo forte que só pára nas redes de Max. Um chute maestral, inimaginável. 2 a 2 de um empate que coloca a decisão nos pênaltis.

O tempo se arrasta e as grandes penalidades parecem inevitáveis, mas o destino ainda reserva um sortilégio. O derradeiro. Jogada isolada do ataque do Botafogo, a última jogada do melhor ataque do campeonato.

Jorge Henrique toca por elevação e coloca o artilheiro do Campeonato com 13 gols, Dodô cara-a-cara com o goleiro Bruno. É o último lance da decisão, último minuto. Lance fatal. Dodô corre e alcança a bola. Com um toque, coloca-a a sua frente, à sua feição e finaliza no canto de Bruno, marcando o que seria o gol do título Alvinegro. O bandeira marca impedimento incorretamente, e parte o coração da torcida Botafoguense. O árbitro expulsa o heróico Dodô, alegando que o artilheiro teria chutado a bola depois de seu apito. Dodô chutou, eu também chutaria. A última bola, na cara do goleiro, com um jogador da capacidade de Dodô. Aquela bola tinha que morrer na rede, mesmo que fosse por um gol virtual.

Pênaltis.

Lúcio Flávio, exímio chutador, bate com categoria no canto esquerdo de Bruno. Bruno voa e alcança a bola. O Botafogo está abatido pela perda de seu artilheiro e por ter sido usurpado dele o direito de ser campeão por ter jogado o futebol mais bonito que se viu no Rio nos últimos anos. Tem coisas que só acontecem com o Botafogo.

Agora é Juninho que vai à bola. Bruno defende, a bola beija o travessão e caprichosamente volta à campo. Bruno, o herói pega a segunda penalidade. A segunda perdida por um artíficie do gol de empate alvinegro, aquele que lançou o Botafogo de volta a disputa aos 11 do segundo tempo. Eu disse que o destino lhes reservava algo para aquele dia. Tem coisas que só acontecem com o Botafogo.

O Flamengo está perfeito nos pênaltis, o Botafogo, ferido. Leonardo Moura decreta o título. Flamengo campeão. Alegria para 70% dos presentes no estádio. Torcedores que apoiaram o Flamengo quando o time estava na pior, vindo de uma traumática derrota no exterior, torcedores que confiaram e que foram presenteados. Agora são eles que dizem: "Somos campeões". São eles que conferem a grandeza a este time do Flamengo, que por seus jogadores é medíocre, mas que cresce com a camisa Rubro-Negra e com o grito da torcida.

Fica assim decidido o campeonato carioca. Justiça? Futebol em nada tem a ver com justiça. Mas ao analisarmos friamente a decisão, compartilho da opinião de Carlos Augusto Montenegro, vice-presidente do Botafogo: "O time do Botafogo merecia este título, a torcida do Flamengo também". Então está justo para os que gostam de justiça. Mas eu sou Botafoguense e tenho que expressar o que sinto. Quero hoje falar como torcedor. Sinto uma estranha sensação de superioridade. Sinto que o Flamengo ganhou mais não levou, já que o que ficará na memória é o futebol vistoso, bonito de Dodô, Zé Roberto, Lúcio Flávio, Túlio e não os pênaltis bem batidos por Juan, Léo Moura, Renato e pelo inexpressivo Roni. E foi isso que fez a minoria Botafoguense no Maracanã aplaudir seu time, confiantes de que o mundo não acabou com o pênalti decisivo.

A torcida do Flamengo sabe que o Fla venceu o campeonato e está feliz por isso. Mas sabe que venceu jogando pior que o adversário, sem vencer um único clássico, e que pode de uma hora pra outra, levar de três para um Defensor da vida e não ter forças para reagir. O Botafoguense sabe que o time perdeu e está triste por isso. Mas sabe que perdeu jogando melhor que o adversário, sem perder um único clássico e que pode de uma hora pra outra golear um adversário e não contar com outros fatores para perder um título seu. Dá até pra sentir o gostinho doce da vitória. O Botafoguense confia em seu time.

Coisas do futebol: um campeonato, dois campeões.

Coisa de garoto

Bruno Guedes

Durante minha infância futebol foi o ar que respirei. Jogar bola, colecionar figurinhas, jogar futebol de botão era o que mais me agradava fazer (perdão, mas quando comecei a descobrir essas coisas, o videogame da moda era o Atari, nada mais tosco que quatro bonequinhos conjugados correndo em busca de uma bola retangular). Entretanto, naquela época eram os times brasileiros os ícones. No final dos anos 80 e princípio da década de 90 a graça na pelada era ser o São Paulo, o Vasco, o Corinthians. Uns encarnavam Raí, outros Júnior, Neto, Bebeto, depois vieram Edmundo, Evair, Marcelinho. Na mesa de botão, as equipes eram, na grande maioria, nacionais, o legal era conquistar os times do Criciúma, Náutico, Paysandu.

Agora a cabeça da molecada mudou. Com a difusão da Internet e TV a cabo, os garotos querem ser Eto´o, Drogba, Cristiano Ronaldo. Todos sabem a escalação do Milan, as contratações do Real Madrid. Até álbum da Liga dos Campeões da Europa se vende por aí. O produto que é vendido aos mais novos não é mais o futebol nacional, os clubes da nossa terra. Mas sim equipes inglesas, espanholas, italianas que acabam tendo muito mais destaque na mídia.

Um exemplo disso ocorreu no dia seguinte à partida entre Milan e Manchester United. Fiquei chocado com uma discussão no Orkut entre dois jovens, com idades entre 15 e 18 anos no máximo. Cada um torcendo para uma das equipes, se ofendiam abertamente em uma das comunidades de discussão do site. Como torcedores de Flamengo e Vasco, ou Cruzeiro e Atlético, exacerbavam suas paixões (a níveis lamentáveis) pelas equipes estrangeiras.

Não posso negar que, como fanático pelo esporte bretão, sempre busquei conhecer e assistir equipes estrangeiras. Lembro-me bem do Milan de Gullit, Rijkaard e Van Basten. Ou do jogaço em 91 entre a Sampdoria de Toninho Cerezo, contra o Barcelona de Koeman, Stoichkov, na decisão da Liga. Mas sempre acompanhando tudo como um fã de futebol, não como um torcedor. Apesar da maior possibilidade de informação disponível hoje, lamentavelmente, os dirigentes têm muita culpa nesse novo jeito do brasileiro torcer. Hoje é muito comum ver garotos torcendo para o Chelsea, Barcelona, Internazionale. Tudo por culpa dos cartolas que vendem os jovens craques, devido à falta de outras receitas que não a negociação de jogadores. No Brasil, nenhuma agremiação se organiza para ser vencedora, para ser hegemônica. No máximo se intenta vencer uma temporada e disputar a Libertadores do ano seguinte.

Quando todos os clubes tupiniquins mudarem sua estrutura, deixando de gastar como ricos e receber como pobres. Quando perceberem que planejamento se faz para cinco, seis, dez temporadas. Quando virem que o torcedor é o seu maior patrimônio. E, quando descobrirem que eles e não a televisão são os donos da festa, quem sabe poderemos ter um campeonato lucrativo e caríssimo, como na Inglaterra. Aí, talvez, os craques (algo em que somos especialistas) fiquem por aqui.

Certamente após essas mudanças serão os garotos europeus, asiáticos, entre outros que começarão a escolher o Grêmio, Santos, Flamengo no Winning Eleven. E, no Natal, irão pedir ao Papai Noel camisas do Atlético Paranaense, Botafogo, Internacional...

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O futebol e os torcedores do Rio de Janeiro não merecem o triste lance que decidiu o seu campeonato estadual no domingo. Bola para Dodô. Hora da consagração. O gol que isolaria o matador na liderança da artilharia. Pela segunda vez seguida maior goleador do Rio. Mas o bandeira levanta o pano. Impedimento. O circo estava armado. O campeonato, marcado por grandes partidas, dois 4 a 4, duas finais fantásticas, estava manchado.

No fim, o Rio não tem o campeão que merece. Ao alvinegro resta erguer a cabeça e continuar o belo trabalho. Ao revoltado Bebeto de Freitas, resta continuar a reconstrução do clube de General Severiano. E ao torcedor flamenguista, que nada tem a ver com isso, resta lotar o Maior do Mundo quarta, contra o Defensor.

E a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, um pedido: não deixem a falta de competência de árbitros e cartolas sujarem o mais lindo espetáculo da terra.