sábado, 29 de setembro de 2007

Ainda sobre o “Poderoso Timão”

Por Débora Nobre
Assim está escrito na fachada do Parque São Jorge: "Poderoso Timão". Um timão que resiste a tantas reviravoltas. Após um desabafo um tanto desesperado, confesso, na semana passada, é impossível resistir à tentação de voltar a tocar na ferida do Corinthians.
A tão famosa e já esgotada parceria entre o time e a MSI deveria ter durado longos 10 anos; não passou de 2, 2 anos e meio. Comandada pelo russo Boris Berezovski, a empresa que tantas esperanças deu ao torcedor é suspeita desde as origens. Como pode não haver uma falcatruazinha na história de seu criador? Boris era professor de matemática e ganhava 300 dólares por mês; um belo dia resolveu fazer uma sociedade com mais quatro amigos para investirem 5000 dólares. Apenas cinco anos depois, os sortudos amigos tinham um patrimônio de apenas 20 milhões de dólares; hoje, Boris tem uma fortuna calculada em três BILHÕES de dólares.
Em 2005, quando a linda fantasia e a novela de amor começou, a MSI não economizava. Trouxe Tevez (que virou praticamente mania nacional, causando um fenômeno impressionante, onde um único argentino conseguiu cair nas graças de milhares de brasileiros), Mascherano (este nem tão amado), Roger (o carioca que apaixonou tantos paulistas) e tantos outros. Foram tempos também de cenas inesquecíveis: a confusão do Campeonato Brasileiro, um Santos irritadíssimo com seu destino no futebol, um Kia sorridente distribuindo autógrafos, e o orgulho de fazer tantas crianças felizes (realmente aquelas cenas dele, rodeado de criancinhas, são bizarras...). E ainda tinha mais: o big estádio, sonhado todas as noites pelos torcedores. A promessa chegou a atingir a procura e especulações de que o terreno já estava comprado. Coitado de quem acreditou nisso...
Depois disso tudo, o final é bem conhecido. Tudo despencou, a lua de mel acabou, e agora o casamento também. Coitados agora dos senhores Alberto Dualib e Nesi Curi, que além de enfrentarem a ira dos corintianos e perderem qualquer contato com o "Poderoso Timão",vão responder na justiça por lavagem de dinheiro e formação de quadrilhas. Estão de cabeça quente agora...
O Corinthians ainda deve 100 milhões de reais. Mal das pernas, mal de tudo, tenta conter o desespero. Há de chegar o dia em que a torcida vai cantar de novo: "...o todo Poderoso Timão".
PS: Amanhã não percam a grande final da Copa do Mundo de futebol feminino. Dá-lhe mulherada!!! Brasil, eôôôôôô!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Beleza x Eficiência

Bruno Guedes

Nas últimas semanas o integrante desse conceituado programa tem debatido sobre o "jogo bonito". Mas que raios seria isso? Quem pratica isso? E porque estamos há tanto tempo encontrar vestígios desse belo futebol?

Ontem o Vasco deu um ponto interessante para pensarmos. Nem sempre fazer muitos gols é jogar bem ou bonito. O time cruzmaltino foi burocrático e passou muito tempo alçando bolas na área do Lanús. Por isso, crédito ainda maior para Leandro Amaral destaque da noite. Fica claro que para jogar bonito é preciso mais do que balançar as redes.

O São Paulo tem sido mais eficiente do que vistoso. (Por favor, pare e preste atenção na minha próxima afirmação antes de me crucificar). E isso não é uma crítica, é uma constatação. O São Paulo é o melhor time do país. Mas, tirando momentos esporádicos não enche os olhos de quem gosta de futebol e não é são-paulino.

Nos tempos de hoje, ninguém joga bonito por ofício. Alguns tem grandes momentos. O próprio Barcelona, considerado referência em arte futebolística, oscila grandes atuações, com partidas chatissímas. Nos dias de inspiração, Ronaldinho e Messi são fabulosos, porém, tem seus dias de carregadores de piano.

Mas, será que ninguém mais joga bonito? Nos últimos anos, um time deu gosto. E vestia verde-amarelo. Mas, não tinha Kaká, Ronaldinho, nada disso. Com a dez tem um tal de Marta, acompanhada por super craques como Cristiane, Daniela, Maycon, Formiga. Esssas moças dão gosto de ver. Mas, domingo terão um duelo de titãs, contra uma equipe de futebol muito eficiente, a Alemanha. Imperdível!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

SHOW!!!

Thamara Gomes
A Seleção Feminina de Futebol avançou hoje pela manhã para a final da Copa do Mundo. E as meninas não só venceram como convenceram ao derrotar a mais temida seleção entre as mulheres, os Estados Unidos.

Quem pôde acompanhar a partida viu um show a parte de Marta, que anotou 2 dos 4 gols brazucas. Lindos gols por sinal! Os dois deixando as zagueiras adversárias no chão e sem reação. As mulheres brasileiras entraram concentradas e dispostas a quebrar o tabu de nunca terem vencido a seleção principal feminina norte-americana. No final da partida os presentes no Dragon Stadium, na China, aplaudiram de pé a seleção brasileira e, principalmente, a camisa 10 do Brasil, Marta.

Agora é pensar no próximo jogo, e é claro no título. A torcida fica para que a seleção consiga repetir essa belíssima atuação que teve diante dos EUA, e que traga pela 1ª vez o troféu de Campão do Mundo de futebol feminino. Avante Garotas!

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Quem também merece aplausos de um estádio inteiro é o treinador Celso Roth, que ontem colocou seu time em campo muito mais ofensivo do que de costume. O técnico do Vasco escalou 3 jogadores no ataque e um meio de campo forte, com Perdigão e Andrade. Apesar de não contar com sua principal peça, o armador das jogadas vascaínas Dario Conca, o time da cruz de malta se comportou bem e criou oportunidades, convertendo 3 delas em gols. Com a vitória o Vasco avança às quartas-de-final da Copa Sul-Americana. Parabéns para a ousadia de Celso Roth!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Só imagem - Autos

Tiago Domingos

Já que essa promissora universidade resolveu proibir o acesso ao youtube, só imagens hoje (e assim será até resolvermos este problema)

0s0005 - Pro Series Chigago - Logan Gomez e Alex Lloyd - A chegada mais apertada do automobilismo



Ser Baixinho é foda...



Da coluna Milton Neves: "Que fim levou" Eddie Irvine...

Pelas Barbas Do Profeta 6

Danilo Vidon

Ave! leitores do Blog...

Algumas pessoas me perguntaram o motivo das fotos que postei na semana passada. Alguns até pensaram que seria uma brincadeira maldosa com as meninas da Seleção Brasileira, que aliás, fique claro, estão dando gosto de ver jogar lá na China. Bom, hoje explico melhor. É que está sendo disputado nessa semana na Argentina o Mundial de Futebol Gay. Sim, Futebol Gay! O campeonato está sendo organizado pela International Gay and Lesbian Football Association, a IGLFA. Participam times de países tradicionais como Argentina e Reino Unido e alguns bem alternativos entre os profissionais masculino, como Islândia e Canadá. Em tempo: eu fiquei curioso pra saber qual o critério adotado pra saber se o cidadão é ou não gay. Será que rola algum tipo de teste?


A bola do torneio: Teamgeist ou Teamgayst?

E mais uma do goleiro do Leônico: Na ultima rodada da Segundona do Baiano, os "Guerreiros da Ladeira" perderam feio: 10x0! Coincidentemente, o absurdo placar era justamente o que precisava o seu adversário, o Guanambi, para se classificar para a final. Ainda mais agravado pelo fato do Leônico ter sofrido cinco gols nos últimos 12 minutos de jogo. Ontem, nosso mito alternativo do blog, Alexandre Pachanka, o Goleiro do Leônico, deu uma entrevista a uma filial da Rede Globo baiana alegando que os jogadores foram ameaçados de morte no vestiário durante o intervalo, quando o placar ainda era 1x0 para o Guanambi. Ele ainda contou que teve uma arma apontada para sua cabeça. Depois da entrevista, a Federação Baiana de Futebol, que até então estava impassível ante a situação, resolveu cancelar a final. "Choro, formigas e um calibre 38" era o filme do século!

Quarta que vem tem mais...
Até!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

ACORDA BRASIL!

Igor Gama

O Mundial Feminino de Futebol se mostrou convidativo neste domingo.Por ser disputado na China, a tabela acabou por convocar os amantes do futebol a acordar mais cedo. A seleção brasileira, grande destaque da primeira fase, prometia mais um baile sob a regência de Marta.

Quem ainda sentia as agruras da ressaca de sábado e demorou para se levantar, certamente perdeu o primeiro gol do Brasil. Isto porque logo aos 4 minutos Formiga arrematou com violência de fora da área e abriu o palcar. Envolvente, a seleção brasileira mostrava porque marcara 10 gols em três jogos, sem tomar nenhum. Aos 22, Marta converteria uma penalidade, ampliava o marcador a abria caminho para a avalanche.

Mas , nos minutos que se seguiram, as brasileiras diminuíram bruscamante o ritmo e passaram a atuar com a mesma disposição de quem acabara de despertar .O brilho de Marta foi ofuscado pela marcação e Cristiane trocou as pedaladas pelos bocejos.

A zagueira Renata, no mesmo "embalo" das demais, complicou a partida no final do primeiro tempo. A brasileira recuou uma bola tão preguiçosa para a goleira Andréia, que deu tempo para a australiana chegar, driblar e descontar. No segundo tempo o jogo continuou em ritmo sonolento. Faltando pouco mais de 20 minutos para o fim, a nossa arqueira mostrou que também não estava nos seus melhores dias. Ao sair atrasada do gol, permitiu o empate das australianas. O balde de água fria acabou surtindo efeito e as brasileiras finalmente acordaram. Aos 30 minutos a habilidosa atacante Cristiane recebeu de costas para a marcação, girou bonito e engavetou.

A suada classificação serviu para a seleção tirar uma lição: Com preguiça só dá pra ver televisão

domingo, 23 de setembro de 2007

Futebol e Mídia - Parte 1

Renan Caixeiro

O texto foi retirado da Cidade do Futebol e é de extrema utilidade para todos nós.

O trabalho do comentarista esportivo

Profissão precisa priorizar informações e não o entretenimento para ganhar credibilidade

Equipe Cidade do Futebol

Mais do que qualquer outra área, o jornalismo esportivo tem uma necessidade enorme de imparcialidade e distanciamento dos fatos. Afinal, ao contrário da maioria das editorias de um veículo, essa mexe com a paixão do público. Não é raro encontrar torcedores que conheçam mais sobre a história e a situação de seus times do que os jornalistas que cuidam do noticiário dessas equipes.

No meio desse compromisso com a imparcialidade, os jornalistas ainda sofrem a pressão do entretenimento. O esporte não é apenas uma sucessão de fatos, mas um meio de as pessoas aliviarem a tensão do dia-a-dia. Portanto, o jornalismo esportivo tem (assim como o de variedades) a meta de atingir o grande público e funcionar como ferramenta.

“A participação ideal é aquela capaz de agradar os aficionados e não chatear os que não são conhecedores do assunto. É uma arte que se desenvolve com muito trabalho, treino e humildade para ouvir as críticas e centrar o foco das participações”, diz o livro Manual de Jornalismo Esportivo, de Heródoto Barbeiro e Patrícia Rangel.

O problema é que, em muitos casos, as pessoas perdem a noção do limiar entre jornalismo e entretenimento. E com isso, o jornalismo sério perde espaço para o circo. O comentarista não é um clown e sim um analista do que acontece em campo. O espetáculo em vez da informação é um desrespeito com o público.

Além de ter cuidado com o espetáculo, o jornalista não deve buscar se destacar a partir de comentários desnecessários e incompreensíveis. O comentário não deve ser discursivo e o “achismo” é um atalho para derrubar a credibilidade de qualquer profissional.

Para isso, é importante que o comentarista dê atenção especial à interpretação dos fatos e deixe opiniões de lado na hora de fazer uma participação em um veículo esportivo. A opinião é bem-vinda, mas desde que seja embasada por fatos. E a opinião contundente também sempre dá mais espaço para o jornalista queimar a língua, é claro.

Bibliografia

BARBEIRO, Heródoto e RANGEL, Patrícia. Manual do Jornalismo Esportivo. Editora Contexto, 2006.

Timão Confusão.

Por Débora Nobre
Depois de tanta confusão e desconfiança, o final da novela "Corinthians" finalmente parece estar próximo.
Os torcedores fanáticos sentem o alívio de quem ainda tem esperança de ver o Timão erguer mais uma taça; os não-corinthianos parecem respeitar os adversários, preferindo esquecer um pouco a rixa e esperar as cenas dos próximos capítulos.
E parece que tudo começa a se ajeitar. Alberto Dualib e Nesi Curi renunciaram ontem aos cargos de presidente e vice do clube. Foram 14 anos (!!!) de picaretagem na liderança do time. Depois de firmar um acordo com a obscura MSI, não teve jeito. O Conselho Deliberativo decidiu tomar uma providência, deu início a uma série de investigações (através da Polícia Federal) e já ganhou sua primeira conquista.
Agora começa a luta por outras revoluções dentro do Corinthians. Algumas figuras aparecem pra tentar salvar o time de tanta crise. Nomes respeitáveis, acima de qualquer suspeita (ao menos por enquanto) despontam como opções. Alguns dias atrás, assisti uma entrevista na TV Gazeta com Antonio Roque Citadini, e percebi que ele é a melhor opção para as próximas eleições. Sóbrio e seguro, Citadini tomou a frente na limpeza de tanta corrupção, e parece qualificado para a presidência do clube.
Os torcedores podem ficar mais tranqüilos por enquanto. Sem chances para muita coisa este ano, 2008 talvez seja um grande momento para o Timão. Depois de arrumar a casa, hora de agradecer ao apoio da torcida e voltar a dar alegria, aos tempos de glória. Por enquanto, a revolução começa com os planos de criar um novo estatuto, onde a primeira proposta é reduzir o tempo dos mandatos para presidente e vice-presidente; atualmente, eles duram três anos e as reeleições são ilimitadas (privilégio bem aproveitado pelos mal-intencionados).
O Corinthians é assim, surpreendente. Esperamos que, de agora em diante, as surpresas sejam felizes!
PS: Pena que a felicidade demora a chegar. Hoje o timão deu tristeza e perdeu para o Palmeiras. Assim é a vida...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Hoje vai ser uma festa!

Bruno Guedes

Rojões, fogos, cachorros-quentes, refrigerantes e tudo mais que o corinthiano puder comprar merece ser utilizado na festa pela renúncia do presidente Alberto Dualib e o afastamento de toda a diretoria alvinegra.

O torcedor alvinegro certamente esta feliz com a notícia de que esses senhores finalmente largaram as "tetas" do Timão. Acusados de tudo o que é possível imaginar, os engravatados, ao lado de Kia Joorabichian colocaram o Corinthians no fundo do poço e trouxeram apenas um título, o do Brasileirão de 2005.

Que esses senhores, junto com os "responsáveis" pela Hicks, Muse, Tate & Furst e Banco Excel, paguem por quase destruírem um clube glorioso. E que, outros clubes Brasil afora, aprendam com quem se relacionar. Tomara que essa explosiva combinação de dirigente incompetente e investidor picareta não volte a se repetir no nosso país.

E você que torce para o Corinthians, continue amando o clube do Parque São Jorge, vá ao estádio, apóie seus jogadores. E, além disso, pressione a imprensa. Ajude os jornalistas a não esquecerem desse caso, para que tamanha irresponsabilidade não saía impune.

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Passou da hora do ataque cruzmaltino acertar o pé. Contra São Paulo e Flamengo, um caminhão de gols foi desperdiçado. Agora é a vez do vice-líder Cruzeiro, entrar no Caldeirão de São Januário. Uma derrota cruzmaltina pode jogar o sonho da Libertadores no lixo. Viu Dudar!?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Personagens da semana

Thamara Gomes
O meia Kerlon ou "Foca", como queiram, foi o principal personagem da semana. Em pleno clássico mineiro ele fez a sua tradicional jogada da 'foquinha', o que fez seu nome ser comentado durante a semana inteira. Pronto! Ele conseguiu o que queria sem sequer marcar um gol...






Já o vascaíno Allan Kardec nos proporcionou o lance mais engraçado da semana, ele salvou o que seria um gol certo do seu time! E o pior: em um clássico contra o Flamengo. Final de jogo e o time de São Januário perdeu a chance de sair com a vitória.





E a pintura da semana ficou por conta de Joílson, do Botafogo, que marcou um golaço de muito longe. Obra-prima que fez o Fogão sair com a vitória do seu primeiro jogo no Engenhão como dono do estádio.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Pelas Barbas do Profeta 5

Danilo Vidon

Fotos que comprovam que futebol é coisa de macho!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

E começa o desfile de craques

Paulo Lopes

Começou hoje o maior e melhor campeonato interclubes do mundo, a Liga dos Campeões. A edição passada da Liga arrecadou 610 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão) com direitos de TV e premiação. Isso sem contar o dinheiro que é ganho indiretamente, como ingressos, venda de camisas e objetos com a marca do clube e ganhos com patrocínios. Craques como Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Gerrard, Henry, Lampard, estão na competição.

Hoje estrearam times favoritos ao título. O Liverpool empatou fora de casa com o Porto, Milan venceu em casa o Benfica, Real Madrid também venceu na estréia, e a decepção da rodada foi o empate do Chelsea em casa com o inexpressivo Rosenborg. Amanhã outros times de qualidade entram em campo. Arsenal, Inter de Milão, Manchester e Barcelona.

Teoricamente esses times que citei são os favoritos, mas futebol não é lógica, ainda mais em tempos do feio futebol de resultados. Eu apostaria minhas fichas no Milan (por ter mantido o time do ano passado), Real (se reforçou com qualidade e vem jogando bem no Espanhol) e no Barcelona (pela legião de craques). Mas também há times que podem surpreender. Sevilla (é bi campeão da Copa da Uefa), Lyon (sempre monta um bom time mas amarela nas fases finais) e PSV (atual campeão da Holanda). Tudo isso é suposição, vamos entrar na realidade, começou o desfile de craques.

O melhor time será o campeão!

Tiago Domingos

Depois dos devaneios aqui no blog, no Resumo Esportivo e nas discussões de bar, resolvi escrever (para felicidade de Paulo Lopes). A discussão futebol arte x futebol feio pode ser simplificada numa frase: “O melhor time impõe o seu ritmo de jogo”.

Como clube, o São Paulo é um dos poucos, senão o único, que nos últimos anos tenta levantar a moral do futebol brasileiro, nadando na contramão da maré do baixo-nível técnico. Neste torneio, não há dúvidas que é o melhor. Quando ele quer dar show, joga como nos últimos três em casa: 2 a 1 Santos, 6 a 0 Paraná e 5 a 0 Náutico. Quando quer ser eficiente, jogo como nos que provocaram chiliques nos torcedores adversários: 2 a 0 no Vasco, 0 a 0 com o Atlético-MG e 2 a 0 no Botafogo.

Após 3 anos de domínio tricolor, todo o time que enfrenta o clube no Morumbi (e até em casa) se fecha e com isso o São Paulo não conquistou nada neste ano. Muricy (um treinador fraco), com a corda no pescoço, criou um time eficiente e que hoje achou o tom de também jogar bonito. Só não vê isso quem acompanha o time somente fora de casa.

Qual time que está dando show no momento? Pra mim é o Náutico, com duas goleadas. Antes foi o Cruzeiro, que veio depois do Vasco, que sucedeu Botafogo. A busca de alguns por “um-time-que-joga-bonito-que-não-o-São-Paulo” se torna risível, pois a cada meia dúzia de jogos ele busca um novo time ideal. Não se renda ao pragmatismo, mas não se empolgue com brisa passageira, senão pode quebrar a cara.

Arbitragem? No fim de semana, o pênalti do Cruzeiro foi fora da área, o Flamengo teve dois pênaltis não marcados e o São Paulo também teve um pênalti ignorado pela arbitragem. E isso só nos jogos que eu vi. Os erros acontecem para todos os lados, mas é claro que quem está bem não vai se indispôr por um lance de uma partida que ganhou. Por isso não se vê o líder choramingando por aí.

STJD? Um torcedor invade o campo, um treinador manda bater, outro invade o gramado, coloca o dedo no rosto do juiz, um jogador simula ser atingido por uma pilha e a entidade passa a mão na cabeça. Isso sem contar na decisão estapafúrdia do STJD de absolver Dodô e Botafogo, num caso em que ficou decidido em que ninguém merece punição no campo desportivo, como se ele não tivesse sido afetado com o doping. Mas com a Fifa no caso agora, o jogador pode pagar pelo “jeitinho brasileiro de resolver as coisas” e ficar dois anos sem jogar.

Em suma, todos esses itens merecem uma tese de doutorado. O melhor futebol só pode ser ameaçado quando falamos de mata-mata. Aí sim, times feios como o Porto de 2003, a Grécia-2004, o próprio jogo do São Paulo na final do mundial de 2005 e a Itália da Copa 2006 podem ganhar de times superiores. No entanto, é por isso que no Brasileiro se fez justiça e a disputa é por pontos corridos. Assim, o melhor e o mais bonito ao longo do campeonato ganha. Foi assim em 2003, 2004, 2005 (apesar da levagem de dinheiro), 2006 e será em 2007.

Digno de Oscar!

Igor Gama

Quem se dispôs a acompanhar os clássicos deste fim de semana indubitavelmente não se arrependeu.

Já no sábado, o derby paulista dava indícios de que esta seria uma rodada especial. O São Paulo, muito mais que marcar com eficiência, partiu pra cima do Peixe. Em atuação de gala, o tricolor provou que pode jogar "bonito". Abusou das jogadas plásticas, dos toques de primeira e das inversões. Quem esperava apenas desarmes e botinadas dos volantes e defensores são-paulinos acompanhou, boquiaberto, as pedaladas de Hernanes, os chapéus de Richarlyson e os dribles de Breno.

Domingo o panorama não mudou, e os amantes do futebol foram agraciados com mais dois clássicos eletrizantes. Nas Minas Gerais, Cruzeiro e Atlético repetiram o script do jogo do turno: A Raposa abre 2x0 com dois gols de um mesmo jogador. O Galo empata e tem a chance da virada num pênalti. Dessa vez o que muda é o destino da bola. Marinho aproveita a penalidade e estufa as redes. Mas quando todos esperavam a avalanche alvi-negra, o Cruzeiro resolveu respeitar o roteiro. Tinha que ser igualzinho ao primeiro jogo... e Guilherme assim como naquele, faz o terceiro. O jovem também vira para a Raposa, dá numeros finais à partida, e garante o mesmo "happy-end" para a torcida celeste.

Já no Rio, Flamengo e Vasco disputaram o clássico de maior público da rodada . O jogo truncado e amarrado também teve seus lances plásticos. Quando a artilharia vascaína, comandada por Leandro Amaral e Conca, resolvia testar Bruno, surgiam os momentos mais impressionantes do jogo. A muralha rubro-negra, com incrível elasticidade, realizou inúmeras pontes ao longo da partida e impediu que o Vasco voltasse para o G-4. Há de se destacar a superação do Flamengo. Mesmo desfalacada a equipe da Gávea conseguiu equilibrar a partida e se manter fora da zona de rebaixamento com o empate.

Que as futuras rodadas sejam igualmente especiais, e que os torcedores continuem prestigiando seus times!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Justiça?!

Felipe Muniz

STJD - Essa é a sigla do medo no futebol brasileiro. Não se pode fazer mais nada, que o Tribunal aparece para punir, ou não punir, as situações mais corriqueiras do futebol brasileiro. Não defendo brigas, simulações no esporte bretão.

Mas o que vem acontecendo não é aceitável. Uma das razões é a falta de critérios, e decisões que sempre são convertidas e os culpados em sua maioria saem ilesos.

Outro problema é que os julgamentos são realizados por alguns auditores que ao mesmo tempo, são conselheiros de clubes. Isso gera uma desconfiança do torcedor, e também do próprio campeonato brasileiro.

Experiências como a do campeonato de 2005 não podem se repetir, para que os vencedores não sejam questionados.

Jogo bonito

Bruno Guedes

A China está sediando a quinta edição da Copa do Mundo de futebol feminino. Dezesseis seleções estão disputando o título mais importante da categoria. Muita emoção e sim, futebol de qualidade. As primeiras partidas tem mostrado que o esporte avança cada vez mais. Seleções que só figuravam já dão trabalho as mais tradicionais.

Entre as grandes favoritas, os Estados Unidos já tropeçou contra a Coréia do Norte, a Alemanha contra a Inglaterra. China e Noruega sofreram para vencer Nigéria e Dinamarca, respectivamente. E em quase todos os jogos o equílibrio prevaleceu e o público tem sido premiado com belíssimos espetáculos.

Fica nítida a evolução física das atletas. Ponto para as federações nacionais que passaram a
investir no futebol feminino. Investimento que resultou na contratação de técnicos, preparadores físicos, o que aumentou demais a qualidade das meninas.

Pena que no Brasil as coisas continuam erradas na mesma forma. Falta um grande campeonato, falta até estrutura básica a seleção. E além disso, poucos espaços foram abertos para as meninas começarem a jogar bola. Afinal de contas, você conhece quantos clubes que oferecem escolinhas de futebol feminino?

Mas, voltando a Copa do Mundo, o Brasil vai bem, obrigado. Na estréia goleada sobre a Nova Zelândia com um show de bola. E amanhã, preparem os corações, porque a sel
eção entra em campo para enfrentar China, às nove horas da manhã. E vale a pena conferir a partida e observar o quanto as meninas melhoraram. Particulamente, gostei de ver a disposição das jogadoras, a raça e a disposição que aliadas a uma evolução tática muita grande. Além é claro, do talento da super craque Marta. Que nem precisou jogar metade do que sabe para arrebentar com as neozelandesas. Cuidem-se chinesas, norte-americanas, alemãs e norueguesas. É Marta nelas!!!

P.S.: Ponto para Nivaldo Prietto, narrador da Band, que incluiu o primeiro nome das atletas nas transmissões da emissora. Ficou muito mais agradável para os ouvidos de quem acompanha os jogos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Que Vexame!

Thamara Gomes

Por problemas técnicos no dia de hoje, esta coluna chega um pouco atrasada!Mas chega.


Que vexame deu o nosso querido treinador Luis Felipe Scolari ontem ein! No final da partida, após seu time apenas empatar com a Sérvia por 1 a 1, o treinador se desentendeu com um jogador sérvio e quase o atingiu com um soco. Portugal se complicou no Grupo A, e agora está na 3ª colocação com 17 pontos, atrás de Polônia e Finlândia.

Dono de uma carreira grandiosa, e 'sonho' da maioria dos dirigentes dos clubes do Brasil, Felipão e o time português dão sinais de que a era do brasileiro à frente da seleção Lusa chega ao fim. Agora é melhor pensar em comandar o Time da Rainha, e vê se por lá aprende alguma coisa sobre boas maneiras. Quem lida com esportes tem que saber ganhar, perder, e até mesmo empatar com a Sérvia em casa!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Pelas Barbas Do Profeta 4

Danilo Vidon

Ave! leitores do blog!

Recentemente acompanhei uma odisséia na comunidade do Orkut "Futebol Alternativo" que me chamou a atenção. É a história recente e inacreditável de um clube da Segunda Divisão da Bahia: A Associação Desportiva Leônico, de Salvador. O time, conhecido como "Guerreiros da Ladeira" faz juz ao nome. Com orçamento e elenco limitadíssimos, o Leônico acaba protagonizando cenas alternativíssimas.
Por exemplo: o goleiro Alexandre Santos chegou em cima da hora do jogo. O motivo? Estava em um bar bebendo cerveja nas imediações do terreno de jogo. Após tomar um gol, começou a chorar copiosamente ao ponto do árbitro do jogo ter que paralisar a partida. Na rodada seguinte, o time já perdia por goleada quando o bravo goleiro se contundiu. Porém, não havia um goleiro reserva. Irritado por não poder ser substituído, Alexandre Santos se retirou do campo de jogo. O time sem goleiro não teve coragem de continuar a partida e abandonou o campo. Sem falar que na semana passada, o "Ás da Alternatividade" foi atacado por toda a população de um formigueiro que estava em baixo do gol e o jogo mais uma vez teve que ser paralizado até que ele se livrasse dos insetos. Ufa! Quanta história... Mal posso esperar pela próxima rodada da segundona do Baiano.

Eliminatórias da Euro 2008: Olho no Grupo B, onde a Escócia é líder a frente de Fança, Itália e Ucrânia. E também no grupo D, onde a Irlanda do Norte está apenas em terceiro e a apenas 3 pontos da Espanha, que é a segunda.

O Pelas Barbas do Profeta volta na próxima quarta...
Até!

Imagem e Som - Autos

Tiago Domingos

Hamilton ultrapassa Raikkonen no último GP. Massa já estava fora...



Lella Lombardi - única mulher a pontuar na F1



Corridão sobre duas rodas

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Vamos aprender com quem sabe ensinar

Paulo Lopes
Após a perda da vaga para as Olimpíadas de Pequim, Lula Ferreira sai do comando da seleção masculina de basquete, e quase que instantaneamente começam as especulações para o novo técnico. O presidente da CBB, Gerasime Nicolas Bozikis, cogita a possibilidade de colocar um estrangeiro no cargo.

Antes de minha argumentação do porquê, um rápido parente na situação do basquete brasileiro. O Basquete aqui no Brasil já deu mostra que está chegando cada vez mais perto do fundo do poço. Brigas entre dirigentes, divisão das ligas nacionais, jogadores desentendendo com técnicos e clubes afundados em dívidas. Pelo menos restam bons jogadores, mas isso não é suficiente. Vide o fracasso no Pré-Olímpico.

Eu sou totalmente a favor de chamar um técnico estrangeiro (contanto que ele seja bom, claro). Ele não será a solução para os todos os problemas que apresentei, mas pelo menos será uma solução para a seleção brasileira. Confederações de outros esportes já mostraram que tem que aprender com quem sabe ensinar. A ginástica Olímpica brasileira não era nada antes da chegada do técnico ucraniano Oleg Ostapenko e sua delegação. O handebol vem melhorando consideravelmente depois da chegada de técnicos espanhóis. O técnico da Fabiana Murer é brasileiro, mas ela passou um período treinando com Vitaly Petrovo, treinador da recordista mundial do esporte. E Tantos outros esportes.

Não é vergonha pra ninguém chamar técnicos de outros países para a seleção ter melhor rendimento. Presidentes de confederações têm que ter humildade para reconhecer que suas seleções não estão bem e pode melhorar muito com a chegada de um estrangeiro. Afinal, o grande beneficiado será o esporte brasileiro.

Quem irá pará-lo?

Igor Gama

A dois dias do tão temido 11 de Setembro, os novaiorquinos testemunharam a queda de marcas históricas do tênis. Além de ultrapassar Rod Laver e Bjorn Borg, em número de Grand Slams conquistados, Roger Federer quebrou um jejum que durava 82 anos. Desde 1925, quando Bill Tilden conquistou o hexacampeonato, nenhum tenista havia conseguido vencer o aberto americano quatro vezes consecutivas.

O irreverente e talentoso Novak Djokovic bem que tentou. Os inúmeros break points desperdiçados pelo sérvio, e as oportunidades perdidas no final do primeiro e segundo sets revelam o equlíbrio da partida. Mas os números refletem também a categoria e frieza do suiço nos pontos decisivos. A grande diferença deste fenômeno do tênis é a capacidade de ser completo e impor o seu jogo nos momentos mais delicados. Djokovic foi mais um que sucumbiu frente ao incrível equilíbrio emocional do número 1 do mundo.

Ainda neste ano outros triunfos provavelmente virão, mesmo porque Nadal já se mostra desgastado e Djokovic ainda dá sinais de imaturidade. A expectativa é que Roger Federer ,muito em breve, pulverize todos os recordes que ainda lhe faltam. O arsenal de golpes e a insuperável força mental são indicativos de que o reinado do suiço ainda se manterá por algum tempo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O futebol brasileiro caminha para coroar o futebol burocrático-moderno

Henrique Fernandes Mais uma vez o São Paulo não apresentou o futebol vistoso que o Brasileiro gosta de ver e que aprecia, mais uma vez não foi ofensivo e não dominou o adversário, mas venceu de novo, e contra vitórias não há argumentos.

Há uma semana atrás, declarei minha devoção pelo futebol ofensivo e rápido do Cruzeiro, mas não demorou dois dias pra eu quebrar a cara. Há alguns meses atrás era o Botafogo que convencia, mas não vencia. Estou cansado de desilusões e palpites furados: agora me rendo ao futebol feio, que funciona e satisfaz.

O São Paulo vencerá o campeonato, isso é fato. Será o retrato da era dos times que marcam, lutam e ganham títulos e que superam times de melhor futebol, mas que na hora H falham. Foi assim com a Grécia de 2004, o Porto de Mourinho, a Itália contra a França no mundial do ano passado. Será assim com o São Paulo, que caminha a passos cada vez mais firmes rumo ao pentacampeonato Brasileiro.

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O Flamengo deveria mudar o nome pra Clube de Regatas Maracanã. Um time em que a torcida já era maior que ele, parece estar ficando também menor que seu estádio. O problema do Fla, além de contar com pontos que não tem, é pensar que não vai cair. Se não ganhar, não tem jeito...

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Sei que vão se lembrar do meu time do coração quando lerem isso, mas o pênalti de Leandro Guerreiro em Beto Acosta, e a expulsão de Jorge Henrique na mesma partida, foram erros obscenos. Quem estiver pensando que é clubismo, é só conferir os lances da partida.

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Já são três paulistas e um mineiro na zona de classificação da Libertadores. Os juízes que chegaram ao ponto de se dizerem “ruins” para não serem taxados de ladrões definiram a vitória do Santos e a derrota do Botafogo, que jogava melhor que o Náutico até o pênalti mal marcado por um árbitro da federação paulista, sobre Acosta. Tenho ouvido chorumelas Vascaínas acerca de dois pênaltis não-marcados a favor do clube da cruz-de-malta no sábado. Não vi o jogo, confesso, mas porque será que acho plenamente possível o favorecimento ao São Paulo??

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Náutico e Juventude, de repente, começaram a ganhar. O Paraná se reabilitou e tem o artilheiro do campeonato. Ainda acredito nas forças do Atlético-PR na Arena da Baixada. O Figueirense anunciou Gallo como seu novo treinador na expectativa de voltar a ser aquele time aguerrido que foi vice-campeão da Copa do Brasil.

A situação do Flamengo pode complicar muito mais do que qualquer flamenguista poderia prever, principalmente porque o redentor Obina deverá pegar os mesmos 120 dias que o volante Túlio do Botafogo, se o STJD tiver bom senso. Mas bem sabemos que este não é o forte do pessoal do tapetão.

sábado, 8 de setembro de 2007

Mundial de Ginástica

Por Débora Nobre
Pela primeira vez um brasileiro ganha medalha de ouro no Mundial de Ginástica Olímpica.
Diego Hypólito, irmão da famosa Danielle Hyoólito, conquistou hoje o prêmio máximo em Stuttgart. Com a medalha de ouro nas etapas finais por aparelho, Diego conseguiu a vaga para disputar a mesma prova nas próximas Olimpíadas, em Pequim.
Com o resultado de hoje, a ginástica brasileira conquista sua terceira vaga para os Jogos Olímpicos de 2008. A ginasta Jade Barbosa participou das finais do individual feminino geral ontem e ganhou medalha de bronze. Ela ainda tem chances de ganhar em outras duas modalidades - nas finais de salto e na trave.
Desde quando a pequena Daiane dos Santos encantou o país com seus saltos mirabolantes e acrobacias cheia de piruetas, ficamos ligados com a performance dos nossos atletas. Neste final de semana, tivemos a felicidade de saber que melhoramos nosso desempenho em um campeonato importante para este esporte. A torcida para ver nossos atletas ganhando mais medalhas já começou... Vamos ver o que eles preparam para os Jogos da China. Esperamos que encantem também o resto mundo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

PARABÉNS

Thamara Gomes

Ontem, dia 5 de setembro, comemorou-se o aniversário do mais belo estádio das Minas Gerais, o Mineirão. O Palco de tropeços e glórias mineiras festeja o seu 42º ano, e pra não passar em branco escrevo um pouquinho sobre a história desse gigante da pampulha.

O estádio foi inaugurado no dia 5 de setembro de 1965, com uma partida entre a Seleção Mineira e o River Plate, da argentina, com vitória para os mineiros. O primeiro gol foi de Buglê, integrante do time que representava o estado.

O nome oficial do estádio é uma homenagem ao governador de Minas Gerais da época, José de Magalhães Pinto, que exerceu o mandato entre 1961 e 1966, período da construção do estádio. As obras de construção do Mineirão levaram seis anos. Em 1959 as obras tiveram início, em um terreno doado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ao todo trabalharam na construção cerca de cinco mil operários, e a capacidade original era de 130.000 pessoas.

Com a inauguração do Mineirão, o futebol mineiro deu um salto de projeção no cenário nacional. Mais do que nunca os clubes das Alterosas estavam maduros para enfrentar qualquer adversário. Na Supercopa da Libertadores, o Cruzeiro levantou a taça. Depois em 1997 o time celeste ganharia a Taça Libertadores, após uma suada vitória sobre o Sporting Cristal, do Peru. Os atleticanos viveram também seu dia de glória no Mineirão, nas finais da Taça Conmebol de 1992, venceram o Olímpia, do Paraguai por 2x0 e asseguraram a vantagem para o segundo jogo, que perderam por 1x0, mas conquistaram o troféu tão sonhado. E em 2003 o mineirão viu a festa do Campeão Brasileiro daquele ano, o Cruzeiro.

O centroavante Reinaldo, que marcou época no Atlético, é o maior artilheiro da história do estádio. Entre 1973 e 1984, o Rei marcou 144 gols.

Caso o Brasil seja realmente escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014, certamente o Mineirão será uma das sedes, e representará bem o estado e o país com grandes jogos internacionais.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Imagem e Som - Autos

Tiago Domingos

Um carro de vanguarda:



Estabilidade nas curvas:



Ai!

Pelas Barbas do Profeta 3

Danilo Vidon

Ave! leitores do blog...

Fato alternativo da semena: Apesar de eu achar que o ditado "Uma imagem vale mais do que mil palavras" ter sido criado por alguém que nunca jogou 'Imagem & Ação', vai um vídeo que rolou essa semana. Um jogo da Taça FPF entre o Marília - B (times B são sempre alternativos) e Noroeste de Bauru e um quero-quero que queria que o jogo acabasse. Cheio de vontade o passarinho!



E conforme o prometido, alguns livros que falam do futebol:

Deixa Que Eu Chuto (Renato Maurício Prado) Livro de coletânea das melhores publicações em sua coluna no jornal O Globo. Histórias cômicas contadas por ele, amigos e leitores das mais diversas partes do país. (Incluindo uma do Grêmio de Manhumirim). Não li o livro ainda mas sempre leio a coluna dele aos domingos, então, já devo ter lido boa parte do livro indiretamente. Mata no peito e chuta no ângulo!!!

Vai Na Bola Glanderson (Helio de La Peña) A história de um garoto do subúrbio carioca que sonha em ser jogador de futebol e de como seu "empresário" o coloca em situações absurdas até um desfecho deveras alternativo. Tudo contado pelo bem humorado casseta. Domina e passa...

Livro de Regas do Futebol de Campo (Paulo Strecht Ribeiro) Para juízes, assistentes e etc. que lêem o blog e vão apitar algum jogo nessa rodada do Brasileirão. Altamente recomendado!

Por essa semana é só. Até quarta que vem com mais alternatividades do futebol!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Mais um parágrafo

Paulo Lopes

Semana passada o lateral esquerdo do Botafogo, Luciano Almeida, foi punido com dois jogos de suspensão pelo STJD. O jogador foi enquadrado no artigo 254 (prática de jogada violenta). Venho aqui não para falar mal da decisão do Tribunal (até porque o artigo tem pena prevista de dois a seis jogos), mas sim propor mais um parágrafo para o artigo 254.

É muito polêmico, mas para mim jogador que causa uma grave lesão em outro jogador deve ser punido com o mesmo número de tempo em que o adversário ficar parado. Então no caso do Luciano Almeida ele só poderia voltar quando Reasco voltar a jogar.

A primeira vez que ouvi algo do tipo foi com treinador-delegado Antonio Lopes. Lopes estava revoltado com a grave lesão que Pedrinho (atual jogador do Santos, mas na época estava no Vasco) havia sofrido depois de uma entrada do zagueiro cruzeirense Jean, e disse que “jogador que lesionar outro, deve ficar o mesmo tempo fora dos gramados”.

A partir do momento que o jogador se sentir ameaçado de ficar muito tempo fora dos gramados ele vai pensar duas vezes antes de entrar duro em outro atleta. Diminuirá muito as jogadas “mal-intencionadas”. Além da natural inibição que causará essa lei, tem o fator justiça. Não é justo a vítima ser mais punida que o agressor.

Claro que não podemos generalizar e sair punindo qualquer jogador que estiver perto da jogada em que alguém se lesionou, até porque futebol é um esporte de contato, mas junto com esse novo parágrafo do artigo STJD teria que vim critérios para os auditores do Tribunal, algo que está faltando para eles.

Onde ele tá?

Igor Gama

Não é por acaso que o time do Morumbi sobra no Campeonato Brasileiro. Mais do que um elenco forte, uma infra-estrutura invejável e uma diretoria consciente, que não atrasa salários, o São Paulo leva à campo uma equipe extremamente versátil.

Os principais jogadores do time atuam com eficiência em mais de uma posição. Jorge Wagner, que jogou boa parte de sua carreira no meio de campo, foi experimentado na lateral-esquerda por Murici quando ainda era do Inter . Hoje brilha no tricolor no mesmo setor. Souza, que jogou como segundo volante na Portuguesa Santista e nos primeiros jogos pelo São Paulo, foi adiantado para a meia direita e depois improvisado para a lateral direita. Voltou para o meio este ano e já foi novamente deslocado, sempre atuando com muito destaque.

Um reflexo do sucesso dos laterais, ex-meio campistas, foi revelado no gol de Jorge Wagner contra o Palmeiras, e no golaço de Souza contra o Paraná. Em ambos, os jogadores saíram dos extremos e infiltraram-se pelo meio. Com muita velocidade os alas acabam surpreendendo as zagas adversárias, que sempre esperam as jogadas dos laterais pelos flancos do campo.

Hernanes e Leandro são duas outras peças móveis no esquema tricolor. O primeiro iniciou no futebol como meia-esquerda, e hoje substitui Josué, desarmando e garantindo um refinado toque de bola no meio-campo. O segundo jogou o ano inteiro como ponta, e agora aparece bem pelo centro do campo, armando jogadas e municiando Aloísio e Dagoberto.

Para completar, o time conta com um goleiro que bate faltas e penalidades com extrema perfeição. É o São Paulo rumo ao bi!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Cara de Brasil, cinco estrelas, futebol bonito

Henrique Fernandes
Três toques. Três toques de tirarem o fôlego. Daqueles que mal podemos acompanhar com os olhos no estádio. Daqueles que grudam nossos olhos no campo de jogo, ávidos pela próxima jogada.

Quem viu o primeiro gol do Cruzeiro contra o Palmeiras ontem a tarde no Mineirão, sabe exatamente do que estou falando. Três toques: Diego Cavalieri lança errado e cava a sepultura do Verdão. Maicossuel intercepta. Alecsandro, o artilheiro, com um tapa desdenhoso na bola torna-se Alecsandro, o garçom. Marcelo Moreno agradece, e cumprimenta Diego Cavalieri, o excelente goleiro que começou o lance soberbo com um erro. Explosão no Mineirão lotado, que em êxtase, mal sabia que ainda explodiria mais 4 vezes naquela tarde.

O Palmeiras resistiu ao Cruzeiro por 25 minutos e três toques do melhor ataque do Brasil.

O excelente Cruzeiro destruiu o Palmeiras na tarde de ontem. 5 tentos a 0. Podia ter sido até mais. Pra mim, sem dúvidas, é o melhor time do campeonato e só não está disputando o título ponto a ponto com o São Paulo ainda porque demorou a engrenar. Dorival Júnior é, junto com Cuca e Renato Gaúcho, um ícone da nova geração de treinadores do Brasil. Grande trabalho, mesmo tendo que acompanhar sua poderosa criatura como um reles torcedor das arquibancadas, por um preciosismo tendencioso de um STJD quase paulista. Imagine se estivesse à beira do campo ontem...

Sinceramente, não gosto do Cruzeiro. Não é meu time por simpatia em Belo Horizonte, cidade que visito com frequência, aonde é necessário escolher um dos dois lados – Atlético ou Cruzeiro – para se falar de futebol. Lá, sou Atlético, por simpatia, cores e para contrariar os parentes celestes.

Mas em se tratando de campeonato Brasileiro, guardadas as devidas rivalidades, não posso me render ao pragmatismo burocrático do São Paulo. Não me empolga. Me recuso a entregar a taça do campeonato do meu país a um time que se vangloria por não tomar gols. Não posso fechar os olhos para a excelência ofensiva Cruzeirense, para as estonteantes trocas de passes do ataque veloz, pra eficiência e esplendorosa fase de Alecsandro, pra vivacidade de Wágner e a estrela de Marcelo Moreno, iluminado. Pouco importa se a defesa é ruim, o ataque garante.

Nós Brasileiros, deveríamos olhar pra trás e vermos que o São Paulo não tem a nossa cara. Nos acostumamos a dar ao mundo o fino trato da bola, assim construímos nossa história e galgamos nosso lugar de honra no futebol mundial. Sempre tivemos um futebol alegre e empolgante, emocionante, um futebol mágico e convincente que faz os performáticos artistas da bola parecerem deuses. O Botafogo resgatou isso no início do ano, e o Cruzeiro agora, trouxe isso na plenitude, resgatando a esperança do futebol nostálgico do tempo dos grandes craques.

Não sou torcedor do Cruzeiro, mas gosto demais de futebol para não preferi-lo em relação ao São Paulo por mera rivalidade. Que os amantes de futebol pensem nisso e dêem os devidos méritos a um time que só quer resgatar aquele futebol encantado do qual temos saudade mesmo sem termos visto. Reverenciemos o que merece ser reverenciado e esqueçamos por um momento do futebol de números e resultados, o que faz o esporte parecer ciência exata. E isso, bem sabemos que não é.