terça-feira, 31 de julho de 2007

Quem resistir ao inverno, chega...

Henrique Fernandes
O Brasileirão chega a sua 16ª rodada neste meio de semana. Salvo as eventuais complicações geradas pelo pan - e pela mal-planejada - interdição do Maracanã, os times chegam até aqui com panoramas já bem mais definidos sobre pelo que lutarão até Dezembro.

Claro que o Botafogo não suportaria o aproveitamento de 80% do início do campeonato e perderia o pique em algum momento da competição. Mas fica claro o interesse da CBF em tornar o campeonato disputado até o fim do ano. O Glorioso, que arrancou vigorosamente desde a primeira rodada, em certa altura, viu-se prejudicado pelo caso de dopping de Dodô e foi justamente punido por um regulamento que prefere julgar a substância e não o atleta. Dodô inocente, acabou culpado aos olhos da lei. Não obstante, viu-se prejudicado por uma decisão ambígua e arbitrária do STJD que absolveu Vasco da Gama e Santos, o segundo por um jogo de portões fechados que seria contra o Botafogo (!!), e puniu o Bota com a perda de mando de campo. Tudo pra garantir o emocionante eqüilíbrio do campeonato, que enfim, veio.

Enquanto o Botafogo sofre uma queda - que deve se amenizar com a chegada de Reinaldo no dia 3 de Agosto e com a redução da pena de Dodô no dia 2 do mesmo mês - o São Paulo parece ter recuperado a velha competência que o fez multi-campeão nos últimos anos. Após a vitória convincente contra o cada vez melhor Sport - construída num segundo tempo excelente - e com o triunfo burocrático frente ao América-RN fora de casa (o que infelizmente se tornou obrigação de todo time) o tricolor parece juntar forçar para arrancar rumo ao bi após a desconfiança do início do ano. Talvez só falte ao São Paulo assumir a liderança que o Botafogo já ostenta a mais de 10 rodadas.

Outro que começou a crescer é o Grêmio. Vai chegar, sempre chega. E o Grêmio é time de chegada, que confia no Olímpico pra se garantir. Acontece, que não vai ser perdendo dois pontos pro Atlético-PR que o título virá, mas vale dizer, que o Grêmio completo é o time com melhor aproveitamento no campeonato.

Não me venham falar no Santos de Luxemburgo, nem no Inter que humilhou o Sport na Ilha do Retiro para serem candidatos ao título. Sinceramente, acredito mais no Palmeiras que parece estar aprendendo a jogar bem em casa e ganhar e que tem um bom treinador e até no Goiás, quando parar de depender de Paulo Baier.

Quem resistir ao inverno, chega. O inverno que está sendo mais frio para o Botafogo que para o São Paulo; extremamente gelado para Corinthians e Flamengo e ameno para o Vasco da Gama, cada vez mais imbatível dentro de casa. Para o Fluminense, é sempre dia de sol. Já o América-RN, parece estar cada vez mais próximo de morrer congelado no mesmo cubo de gelo do Náutico e do Juventude, este último, quase invisível na neblina.

Poder do esporte

Bruno Guedes

No último domingo, o desconhecido Jorvan Vieira comandou a inusitada seleção do Iraque ao título da Copa da Ásia de futebol. Um título que para nós brasileiros pode parecer irrelevante, mas, que reúne as mais tradicionais equipes do continente, como a Arábia Saudita (que perdeu para os iraquianos na decisão), Japão, Coréia do Sul, China e Austrália (não assustem, desde o ano passado a federação australiana se filiou a confederação asiática, em busca de disputa técnica mais elevada).

Em entrevista a uma emissora de televisão, Jorvan falou que em um país tão heterogêneo e tão conturbado, foi uma tarefa difícil comandar a seleção com jogadores xiitas, sunitas, cristãos. Entretanto, em nenhum momento os atletas tiveram problemas entre si, se uniram em prol de uma vitória mais do que esportiva. Jorvan revelou o desejo que eles tinham em mostrar ao povo iraquiano que a união entre diferentes povos deve trazer algo bom e não violência. Enquanto isso, todo o povo do Iraque parou para assistir as seis partidas que fizeram a seleção campeã. E a guerra parou durante cada um desses noventa minutos.

Não foi a primeira vez que um conflito cessou para o esporte. Na década de 60 o Santos de Pelé fez uma excursão no continente africano e em um amistoso na Nigéria, conseguiu parar uma guerra civil que durava décadas. Infelizmente, o Rei do Futebol não estava lá todos os dias, mas, enquanto a bola rolou, certamente, pairou a esperança de um futuro melhor através do esporte.

E como no Iraque, o Brasil, devastado não por uma guerra, mas pela desigualdade social, cada vez mais se ampara no esporte. Um remédio eficaz contra violência, e uma oportunidade inigualável. Não falo dos que chegam ao alto nível de competitividade. Em centros esportivos localizados em áreas carentes, a minoria se torna atleta, mas todos ganham uma vida nova, se educam e ficam longe da vida de crimes. Além disso, a nova geração de classe média-alta, passa a ter no esporte seu único momento de real contato social. Saem da frente do vídeo game e do computador, para aprender o valor da palavra equipe. Viva o esporte! A saída real para muitos males de nosso mundo.

* Em tempo: Jorvan Vieira não renovou o contrato com a federação iraquiana, devido as tensões vividas no país, causadas pela guerra. Na mesma entrevista acima citada, Jorvan disse que o medo dele e de seus familiares foi o principal fator de sua saída do comando da seleção. Especula-se que ele foi convidado para assumir a seleção da Coréia do Sul, até a Copa de 2010.

domingo, 29 de julho de 2007

Saldo do PAN

Por Débora Nobre
Chegamos ao fim. Depois de 18 dias acompanhando dezenas de jogos, atletas e conquistas, chegou a hora de fazer um balanço dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro. Parece que tudo deu certo...
O Brasil conquistou neste ano o maior número de medalhas em Jogos Panamericanos. Ficou em 3º lugar no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos (1º lugar) e de Cuba (2º lugar). No total, foram 161 medalhas - 54 de ouro, de 40 prata e de 67 bronze. Parece que todo aquele discurso sobre incentivo ao esporte finalmente surtiu efeito!
Alguns atletas também surpreenderam neste Pan. Entre os esportes que mais chamaram a atenção, destaco as equipes de futebol. No país famoso pela seleção de futebol, quem brilhou em campo foram as meninas do campo e os garotos da quadra. Ouro para o futebol feminino, ouro para o futebol de salão... E mais uma vez o país da seleção pentacampeã deixa a desejar naquilo que faz melhor. (Vamos dar um crédito porque os atletas sub-17 são obviamente inexperientes.)
Tudo terminou bem. Para quem ainda acredita que o Pan do Brasil foi um fiasco, vale a pena ler as colunas da Barbara Gancia durante os Jogos. Para aqueles otimistas convictos que gostaram do que viram, e do que não viram, neste Pan, podem começar a torcer para as Olimpíadas de 2016. Quem sabe o país ganhe a candidatura e mostre tudo aquilo que tem de melhor.
Parabéns aos atletas! Estes sim merecem os nossos aplausos.

sábado, 28 de julho de 2007

Jogos Panamericanos!

Por Débora Nobre
Amanhã é o último dia do Pan! Oficialmente, vai acabar às 5 horas da tarde! De novo estarei lá, na frente da TV, acompanhando os últimos momentos da competição. Graças a todas as rezas e orações, o Pan parece ter dado certo. Bom, pelo menos não deu errado!
Prometo colocar no blog os resultados do Brasil: medalhas, resultados, atletas...
Bom sábado para todos!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Aviso!

Você que acompanha sempre o blog do Resumo Esportivo está percebendo que os textos estão escassos. Só como uma explicação tardia, a Universidade Federal de Juiz de Fora está em período de férias e muitos de nossos colunistas estão curtindo merecido descanso em praias paradisíacas no Caribe, apesar do caos aéreo. Além disso, alguns curtem atividades paralelas, dedicando-se ao Pan Americano do Rio.
A partir do dia 6 de agosto voltaremos em carga total.
Aguardem!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Santa chuva!

Bruno Guedes

Caiu muita água em Nurbürgring ontem no GP da Europa. E apesar de exagerado e perigoso, o dilúvio trouxe uma enxurrada de emoções no circuito alemão. Enquanto, quem curtia a prova, ficava colado na frente do televisor em meio a imprevisibilidade da corrida, certamente, os chefões da FIA e das grandes equipes praguejavam contra o pobre São Pedro.

Há pelo menos uma década, os organizadores do Mundial de Fórmula 1 tentam de toda a forma evitar a possibilidade de um GP acontecer com tempo chuvoso. E o motivo é mais que evidente: montadoras e patrocinadores não querem ver seus milionários investimentos irem por água abaixo. Já imaginou a cara de Luca de Montezemolo, chefão da Ferrari, vendo um estreante como Markus Winkelhock vencendo com uma Spyker, em seu GP de estréia. Parece improvável, mas quem não se lembra das vitórias de Olivier Panis com uma Prost, por exemplo.

Enquanto o jogo dos milhões acontece, nós que gostamos de corridas de automóveis temos que nos contentar com filas indianas, esperando por uma peraltice dos céus. Só assim, provas com muitas ultrapassagens, com resultado definido nas últimas voltas, e vencedores improváveis.

Se segura malandro!
"Com Íbson, Róger e Obina ninguém vai segurar o Mengão!". Essa é a frase mais ouvida por torcedores rubro-negros nos últimos dias. Aparentemente a diretoria do Flamengo acredita nisso também. Mas, será que os manda-chuvas da Gávea já viram a posição do time na tabela do Brasileirão? E não tem essa de que o Flamengo tem três jogos a menos. Em dez partidas venceu uma, e se mantiver o aproveitamento de pontos dessas partidas, o máximo que conseguirá é ultrapassar Náutico e América de Natal, deixando de ser lanterna, mas permanecendo na zona de rebaixamento. Abre o olho Mengão!

Que sono!
Muito legal acompanhar vários esportes diferentes durante o Pan-Americano. Algumas competições como natação, judô, handebol até que são interessantes de se acompanhar, entretanto, futsal, definitivamente, não dá pra aguentar. É toquinho para cá, bolinha rolada para lá. Nem Falcão salva. Muito, mas, muito chato mesmo.

E um viva a Sílvio Luís, melhor narrador da TV. Ontem, mais um show na transmissão do basquete feminino. "Chutaaaa!!!" Dez a zero do veterano na chatice e na burocracia das transmissões globais.

sábado, 21 de julho de 2007

Pan 2007 - Badminton

Débora Nobre

Algumas semanas atrás, recebi um pedido no blog. Renan Caixeiro sugeriu que eu aproveitasse meus momentos de pesquisa sobre acontecimentos esportivos no mundo e procurasse algo sobre o Badminton. Pois aí vai um pouco do que encontrei pela internet...

O Badminton se parece aom um jogo de peteca. Era praticado na Índia e foi levado para a Inglaterra no século XIX. Os ingleses se encantaram com o esporte e organizaram o primeiro duelo importante no castelo de Badminton, em 1873, sob idealização do duque de Beaufort. Foi do nome do castelo que surgiu a designação do esporte.

Regras básicas:

Disputado em quadra coberta, consiste em um jogo baseado no famoso "melhor de três", com 15 pontos cada tempo nas partidas masculinas e 11 pontos nas partidas com mulheres.

O ponto é marcado quando a peteca lançada cai no solo do adversário (assim como no vôlei) ou quando o recebedor do saque manda a peteca na rede ou para fora do espaço da quadra. Diferentemente da peteca, e talvez com o objetivo de profissionalizar o esporte, o badminton é praticado com raquetes.

No Pan do Rio...

A dupla Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo conquistaram o bronze no Badminton, depois de serem derrotados pela dupla dos Estados Unidos.

A premiação pode ser assistida no site:ttp://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM702924-7824-DUPLA+CONQUISTA+PRIMEIRA+MEDALHA+PANAMERICANA+DO+BRASIL+NO+BADMINTON,00.html

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Deixado de lado

Thamara Gomes

Em época de competições internacionais o brasileirão é deixado um pouco de lado pelos torcedores, e em tempos de PAN não poderia ter sido diferente. E você sabe contra quem o seu time joga nessa rodada? E à que horas? Já lembrou de postar os seus palpites no bolão?

Em tempos de distração tudo pode mudar! O líder Botafogo folga na rodada, mas poderá dormir tranqüilo, pois nenhum time conseguirá chegar aos seus 24 pontos nesta rodada. O vice-líder Goiás tem tarefa complicada contra o Grêmio, em casa no Serra Dourada, mas deve conseguir se aproximar ainda mais do líder.

Na ponta de baixo da tabela as coisas nem mudam tanto enquanto você assiste a ginástica ou o volei pela telinha. Náutico e América, lanterna e vice lanterna, tem mineiros pela frente. O Náutico recebe o Cruzeiro em grande fase, e o América vai ao mineirão enfrentar o Galo! É, vão continuar onde estão!

Lembrando que esta rodada acontece toda no meio de semana, com jogos hoje e amanhã!

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Série B

Com mais uma vitória dentro de casa o Ipatinga avança na tabela, e já ocupa a décima colocação. Mas uma notícia ruim pegou os torcedores do Vale do Aço de surpresa ontem, o treinador do tigre se despediu da equipe e anunciou sua saída. Gilson Kleina assumirá o Paraná, time da série A do brasileirão.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

De sobra!

Paulo Lopes

Tem dia que não há nenhum assunto para comentar no blog, tem que tirar um assunto da cartola pra poder postar. Mas também tem dia como esse, no qual há nada menos que cinco assuntos relevantes (título do Brasil na Copa América, os Jogos Pan-americanos, os títulos mundiais de Vôlei do Brasil, o título mundial no atletismo e a polêmica questão do doping no esporte) para serem postados, como ficaria impossível dissertar sobre cada um deles, farei um breve comentário sobre cada um.

Como é gostoso vencer os argentinos!

Mais uma vez a “temida” Argentina era a favorita, tinha o melhor futebol, tinha mais craques, e tinha o time principal e mais uma vez o Brasil foi campeão. Esse título para o Brasil faz voltar uma polêmica discussão: o torcedor prefere um time campeão ou um time que joga bonito? Eu prefiro um time campeão, e todos no seu inconsciente também preferem um time assim, o famoso futebol de resultado, para mim quem fala que prefere a segunda opção é desculpa para seu time que não vence nada. Mas que fique bem claro que esse título não pode reverenciar o Dunga como um grande treinador que conseguiu conquistar esse título para o Brasil. A seleção jogou mal e feio, ela não seria campeã se fosse por pontos corridos. Mas como o que vale é o título e vale muito mais encima da Argentina, vamos comemorar.

Saiu a primeira medalha de ouro!

O Brasil começou bem nos jogos pan-americanos, é o segundo no quadro geral de medalhas, mas conseguiu apenas uma de ouro. É o começo ainda, vai chegar o atletismo, a natação, o judô e principalmente os esportes coletivos e com isso o Brasil figurará entre os primeiros. A projeção ainda é cedo, mas o país-sede deve terminar em terceiro no quadro geral de medalhas, ficando só atrás do imbatível EUA e de Cuba, o Canadá que não trouxe sua força máxima deverá ficar em quarto.

Geração brilhante!

O Brasil conquistou na tarde desse domingo o hepta campeonato da Liga Mundial de Vôlei masculino. A era Bernardinho é fantástica, dos últimos sete campeonatos o Brasil levou seis, e no outro foi vice. Mas quem acha que logo essa maré de títulos pode acabar se engana. No mesmo dia em que foi campeão da liga mundial o time juvenil foi campeão do mundo de Vôlei. Pelo jeito, o vôlei vai continuar dando por um bom tempo muita alegria aos brasileiros.

Parabéns a Bárbara Leôncio!

Ontem, a menina de 15 anos, Bárbara Leôncio, ganhou a medalha de ouro nos 200 metros rasos da Copa do Mundo de Atletismo para menores. Bárbara é uma garota pobre que entrou no atletismo por uma obra social com quase nenhum investimento. Esse caso é um exemplo do quanto é importante obras sociais em comunidades pobres, além de dá uma perspectiva de vida, pode se criar grandes atletas para o Brasil.

Doping...

Nas ultimas semanas a polêmica do doping voltou à tona. A jogadora da seleção brasileira de Vôlei Jaqueline foi afastada do Pan por ter sido pega no exame anti-doping. O jogador do Botafogo Dodô foi afastado do Campeonato Brasileiro também por ter sido pego no exame anti-doping. Com isso fica a pergunta: o time que tem o jogador dopado deve perder os pontos que ganhou nas partidas em que ele teve presente? Para mim só há uma resposta, sim. Muitos (e principalmente os botafoguense) alegam que não devem perder os ponto, isso porque o clube não deve ser responsabilizado por algo que um atleta fez.
Mas voltarei um pouco no tempo. Semifinal da Libertadores de 2005, o São Paulo enfrentava o Once Caldas, o jogo se encaminhava para os pênaltis, quando nos acréscimos o atacante do Once Caldas fez um gol, mas alguns dias depois esse mesmo atacante foi pego no exame anti-doping. Resultado: o jogador foi afastado da competição e o Once Caldas foi campeão. Mas será que o time da Colômbia seria campeão sem aquele jogador? Talvez sim, talvez não, mas o fato é que um jogador dopado marcou o gol da vitória na semifinal. Sou são-paulino e isso pode influenciar minha decisão, mas quero que vocês pensem se acontecesse com o seu time, vocês achariam justo seu time perder um jogo, uma classificação ou até mesmo um título por causa de um jogador dopado?

domingo, 15 de julho de 2007

Esporte, esporte e esporte

Bruno Guedes

A semana foi movimentada para quem gosta de esportes, então aí vão algumas considerações sobre o que rolou nos últimos dias:

Brasileirão embolado!
Dos atuais dez primeiros, só quatro venceram na décima segunda rodada do Campeonato Nacional. Destaque para o Figueirense que bateu o Paraná fora de casa e já é sexto colocado. Outro que se superou foi o Palmeiras, que com um importante empate no Olímpico manteve a quarta colocação e a boa fase.
Agora, do segundo ao décimo sexto a diferença é de apenas seis pontos. E com o sobe-e-desce das equipes, a disputa tende a se tornar cada vez mais acirrada, agora que a maioria dos times começa a se entrosar. Tomara que os bons permaneçam por aqui.

Toma hermano!
O tamanho do favoritismo portenho se transformou em alegria com mais um sacode tupiniquim na Argentina. Pela final, o Brasil e Dunga merecem efusivos aplausos. Mas, lembremos que a Copa América é bem, mas bem fraquinha mesmo.
Ontem, vencemos jogando à Argentina, com raça e disposição, enquanto o time de Alfio Basile mostrou lentidão e a fraqueza de sua zaga, que não havia sido exigida até então. Mas, tenho que admitir. Eles precisam "apenas" de um goleiro, dois zagueiros e um lateral-esquerdo. E nós, o que precisamos. Comentários à nossa equipe!

Invencível
Eu sei, o time de vôlei masculino não é imbatível, afinal, perdeu para a Bulgária na fase final da Liga, que venceu ontem. Contudo, na hora de decidir, nenhum time do mundo, em qualquer modalidade, é tão poderoso.

Homenagem
Muito justas as homenagens que se fazem a atletas de esportes olímpicos nesse momento de comoção nacional. Ontem, Gustavo Borges esteve no Esporte Espetacular da Globo, e Luiza Parente recebeu menção no Jornal do Pan da Band. Porém, essas homenagens deveriam ser feitas em outros momentos também, não só em época de Pan ou de Olimpíadas. Quem sabe se houvesse investimento real e maciço nos esportes que esses heróis defenderam, os deixariam ainda mais honrados.

Nota zero
Lamentável a exibição da seleção brasileira sub-20 na Copa do Mundo da categoria. Faltou condição técnica, tática, física. Essa foi a pior seleção canarinha que já entrou em campo em um Mundial de qualquer categoria. Os craques decepcionaram, e o técnico Nélson Rodrigues provou que não se deve colocar "cumpadres" no comando do time mais importante do mundo.

O Tênis no Pan

Fabrício Werneck

O chileno Adrián García será o jogador a ser batido no Pan. García foi confirmado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT) como o cabeça-de-chave número 1 da chave de simples do torneio masculino. Atualmente, o tenista ocupa a posição de número 126 no ranking mundial. O tenista Thiago Alves, número 136 do mundo, é o melhor brasileiro ranqueado e a maior chance de medalha do Brasil nos Jogos. Thiago será o cabeça-de-chave número 2, seguido por Flávio Saretta (137º) e Marcos Daniel (190º), ocupando, respectivamente, a 2ª e 3ª cabeças na luta por medalhas. O Brasil pôde escalar três atletas para o torneio tanto na chave masculina como na feminina.

O piso escolhido para as disputas foi o saibro, a mais lenta das superfícies. Esta escolha favorece aos tenistas sul-americanos acostumados a longas trocas de bola do fundo de quadra e batidas com bastante efeito, chamadas de top spin. Os jogos serão realizados a partir do dia 18, no Clube Marapendi, na Barra da Tijuca e não haverá premiação em dinheiro para os atletas como ocorre no circuito mundial.

O Pan-Rio, como esperado, não terá os principais nomes do continente na disputa. Estados Unidos, Chile e Argentina, que possuem jogadores entre os 10 primeiros, não contarão com seus principais representantes. O melhor americano será Todd Paul, de 21 anos, número 975 do mundo. Na lista da Associação dos Tensitas Profissionais (ATP), aparecem mais de 90 americanos a sua frente dele. Toda a equipe americana, aliás, é composta por jogadores universitários. Entre os argentinos, Horazio Zeballos, número 218, é o principal nome e apenas o 17º tenista mais bem ranqueado entre seus compatriotas na lista da ATP.

Entre as mulheres, venezuela top 48 é o destaque
Sem grandes nomes no tênis feminimo, as chances brasileiras de medalha não são muito grandes. Jenifer Widjaja, número 1 do Brasil, é apenas a 205ª colocada no ranking mundial e será a oitava cabeça-de-chave no Pan. Juntam-se a ela, as brasileiras Teliana Pereira (337ª) e Joana Cortez (406ª).

A grande favorita à medalha de ouro é a venezuelana Milagros Sequera, número 48 do mundo e que atravessa a melhor fase de sua carreira. Entre as suas rivais, estão a revelação canadense Aleksandra Wozniak, número 1 de seu país, com apenas 19 anos e sua compatriota Marie-Eve Pelletier, 2ª e 3ª cabeças-de-chave.

Paraguai e Argentina também entram forte na disputa. A paraguaia Rossana de los Ríos, 144º do mundo, e quarta favorita ao torneio, e a argentina Jorgelina Cravero, segunda melhor de seu país e 108ª do mundo, aparecem com boas chances no torneio.

Nas duplas, as chances são maiores
Joana Cortez, bicampeã pan-americana, tentará o tri no Rio de Janeiro, e terá ao seu lado Teliana Pereira. As duas foram vice-campeãs de duplas no Torneio de Mont de Marsan, na França, há duas semanas.

sábado, 14 de julho de 2007

Viva a Cervejinha!

Por Débora Nobre
Concordo com todo o entusiasmo em relação ao Pan: sediar uma competição importantedará grande destaque para o Brasil. Mas também tenho meus pensamentos pessimistas,de que é um momento perigoso para o país. Podem até chamar isso de bairrismo, a eterna birra entre Rio e São Paulo, mas convenhamos que a cidade-sede deste Pan não inspira muita confiança. O jeito é torcer para que tudo dê realmente certo, em todosos aspectos possíveis e imagináveis.
Mesmo com tantos sentimentos controversos, minha casa parou ontem à tarde. Estávamos todos reunidos para assistir pela TV à abertura dos Jogos Panamericanos. Foram 3 horas de atenção voltada exclusivamente para os detalhes do espetáculo. O show de luzes e fogosde artíficio, músicas e artistas, coreografias e encenações foi impecável, do início ao fim.Depois de tanta desconfiança, devo admitir minha emoção em saber que somos capazes de realizar algo tão bonito e envolvente. É indiscutível o poder que a música e a energia dosatletas e do povo brasileiro têm para contagiar qualquer cidadão.
Falando nisso, aqueles cidadãos que lotavam o estádio do Maracanã resolveram vaiar o nosso Presidente. Percebendo a situação, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro teve também seu momento de decisão, um tanto precipitada. Enquanto as câmeras mostravam Lula pronto para iniciar seu discurso, o presidente do COB se adiantou, pegou o microfone e deu como iniciado o "Pan do Brasil". A quebra do protocolo foi gritante, o constrangimento... Resta esperar os próximos dias para observarmos a reação do falante Luiz Inácio Lula da Silva.
Parece que o negócio já começou errado. O sentimento foi de que entramos com o pé esquerdo nos Jogos Panamericanos. Depois disso, depois de tanto pensar se vale a pena gastar bilhões com a estrutura deste evento, se vamos ser bem-vistos no exterior, se há perigo durante os jogos... Lembrei de um acontecimento anterior. A família estava lá sentada admirando as luzes na televisão, enquanto tocava a música tema escolhida para o Pan do Rio. No refrão, a cantora entoava "Viva essa energia", fazendo a galera da arquibancada vibrar com tanta alegria. Foi aí que minha prima, de 10 anos, perguntou: "Viva a cervejinha, como assim?"
Esse é o Brasil. Enquanto o governo e os atletas se esforçam para convencer, para fazer um belo espetáculo, gastando as reservas financeiras e fazendo discursos imponentes sobre a importância do esporte para o nosso povo, minha priminha está pensando na cervejinha. Onde tudo acaba em pizza, nada melhor do que uma cervejinha para acompanhar. Se o Pan do Rio vai dar certo... ainda não sei. Espero ver duas semanas de muita felicidade e sucesso. Por agora, concordo em brindar à cervejinha do Brasil. Deixemos os problemas para depois.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Pan Americanos começam

Felipe Muniz

Já começaram os jogos Pan Americanos. Ontem foi a vez da estréia do futebol feminino, com um show da nossa seleção e também vale destaque para a seleção dos Eua sub -20 que deu de sete nas paraguaias.

Depois de tanta confusão, desorganização, desconfiança, parece que vai dar certo. Esta é a esperança do comitê organizador e de todo brasileiro que acompanhou toda confusão antes do inicio da competição.

E vai aqui um apelo aos torcedores, que a idolatria seja feita aos grandes atletas do nosso país. Vivemos em um país que esquece muito dos seus heróis para idolatrarem sempre os jogadores de futebol. Que este esporte no Pan seja deixado um pouco de lado e que Atletismo, Handebol, Basquete, Natação, Hipismo, Judô, Vôlei e tantos outros esportes, sejam vistos com outros olhos por nós!

Que estes ídolos ajudem a incentivar nossos jovens a serem praticantes desses esportes que muitas vezes são deixados um pouco de lado.

Viva o Pan do Brasil!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Historinha pra descontrair..Zico e os narradores

Renan Caixeiro

História um pouco longa mas que vale a pena ser lida.

Já que o futebol brasileiro só vem me decepcionando ultimamente vou contar uma historinha verdadeira sobre uma rádio e Zico.

Cidade interiorana de Minas. Como toda cidade pequena, na década de 80, poucas eram as TVs e o Rádio era o principal meio de comunicação com o resto do país. O Flamengo era a febre da época e dois radialistas locais, um narrador e um repórter, sempre iam ao Maracanã transmitir as partidas para a rádio local. Na época, as cabines do estádio eram muito disputadas e eles juntavam dinheiro com o pessoal da cidade para a transmissão. Jogo do Flamengo era festa!

Numa das viagens para o Rio, a dupla descobriu que os jogos também eram transmitidos pela TV e uma cidade ao lado sempre recebia o sinal. Muito espertos passaram a transmitir da "geladeira", apenas olhando na TV e fingindo estar no Maraca.

Num Fla x Flu a transmissão seguia tranquila, o narrador, apelidado por si mesmo de "a voz metálica" já havia narrado 2 gols, um para cada lado. Fã de Jorge Curi, Percival, o narrador, plagiava descaradamente seus bordões:

- Desce o Flamengo para o ataque....Adílio toca para Júlio César.... O Uri Gueller passa de passagem por Edevaldo....Toca para Zico que tabela com Nunes....Este avança com a bola dominada...É calçado por Edinho na entrada da área! Falta, perigosa!!!

Sem desgrudar os olhos da Tv, continua:
- Última volta do ponteiro...Expectativa no Maraca...
O repórter, Zé Prudente, "o repórter da notícia quente", complementa:
- Dali é meio gol, Percival.
De repente, um imprevisto: assim que Zico começa a ajeitar a bola, a TV sai do ar..... Zé Prudente, desesperado, consegue um rádio às pressas, mas, nervoso, não consegue sintonizar para ouvir a definição do lance....
O locutor "da voz de metal" não vê outra saída, respira fundo, enche os pulmões de ar e, confiante, entona:
- Zico caminha para a bola, chuta no ângulo....É GOLAÇO!...GOLAÇO..AÇO..AÇO..ZICOOOO...CAMISA 10!!!!!!! (e repetia várias vezes a narração)
Na praça da cidade, os rubro-negros da cidade fazem o maior carnaval...
Finalmente, Zé Prudente, sintoniza a rádio, ainda a tempo de ouvir Valdir Amaral confirmar o gol:
Estão desfraldadas as bandeiras do Flamengo!
E intervindo mais uma vez, "o repórter de campo", na maior cara de pau, completa:
- Zico tocou por cobertura, Percival....A bola descreveu uma parábola e morreu no fundo da rede...Bem aqui na minha frente!
Com o radinho colado no ouvido, Zé faz sinal com as mãos de que o jogo acabou. Percival, imitando seu ídolo, encerra a transmissão:
Fim de Papo! Flamengo 2, Fluminense 1.
A maestria do Galinho acabou salvando os dois mutreteiros.

História vencedora do concursdo promovido pelo Zico em seu site, onde o tema era o grande time do Fla do início dos anos 80.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Que Brasil é este???

Thamara Gomes, direto da sucursal de Ipatinga.

Doni, Maicon, Juan, Alex, Gilberto, Gilberto Silva, Mineiro, Josué, Julio Baptista, Wagner Love e Robinho. Este foi o Brasil que entrou em campo ontem pela semifinal da Copa América.

Segundo Julio Baptista o importante era vencer, independente do resultado, e foi isso que aconteceu na noite de ontem: o Brasil bateu o Uruguai, nos pênaltis.

A seleção canarinha mostrou um melhor desempenho perante às últimas apresentações, durante a primeira fase da competição, mas nada que convencesse os torcedores que este time tem condições de chegar lá, no lugar mais alto do pódio.

Diego novamente começou o jogo no banco, ainda não se sabe porquê, e Julio Baptista foi o responsável pela ‘criação’ das nossas jogadas. Três volantes no meio-de-campo e um time com dificuldades na armação.

O Brasil esteve na frente por duas vezes, mas deixou o Uruguai empatar em ambas. Diego, Fernando e Afonso entraram no segundo tempo, saíram Julio Baptista, Josué e Wagner Love. Sem muito alterar o panorama da partida. O mais empolgante foi o final, só mesmo os pênaltis para me fazer vibrar com essa seleção.

Como disputa de pênaltis não pode terminar empatada o Brasil levou a melhor, por incompetência dos jogadores celestes, que tiveram tudo pra fechar a série, mas desperdiçaram a última cobrança.

Esse foi daqueles jogos para se usar a expressão: ‘Venceu mas não convenceu’. Nossa seleção continua passando de fase atrvés do talento individual, pois o treinador Dunga parece não ter aprendido nada sobre esquema tático e jogadas ensaiadas.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Guerra Fria invade o mundo do tênis

Fabrício Werneck

De um lado, o senhor da grama. Líder do ranking de Entradas há mais de 170 semanas consecutivas, dono de 49 títulos na carreira, sendo, agora, 11 deles de Gram Slam. Do outro, o rei do saibro. A maior revelação do tênis nos últimos anos, em crescente ascensão e atual tricampeão de Roland Garros. Roger Federer e Rafael Nadal, Rafael Nadal e Roger Federer. Neste domingo, estes dois jogadores escreveram mais um grande capítulo na história do esporte. Numa final digna de Wimbledon, Federer sagrou-se pentacampeão do torneio inglês com um 7/6 (9/7) 4/6 7/6 (7/3) 2/6 6/2, num duelo de 3h45m e igualou o número de títulos da lenda sueca Bjorn Borg.

É verdade que esses jogadores dominam os torneios a um bom tempo e que deram início a uma nova era no esporte, assemelhando-se aos tempos de Guerra Fria em que as potências Estados Unidos e Uniao Soviética dividiam o poder mundial. Mas, depois da partida de ontem, qualquer crítica ao panorama atual do tênis fica em segundo plano. Os dois jogadores sempre que se encontram (e isso tem acontecido nas finais dos torneios) têm proporcionado partidas sensacionais do mais alto nível e deixando qualquer pessoa com o mínimo de interesse pelas raquetes de queixo caído, provando estarem um patamar (ou mais) acima dos demais.

Federer já soma 54 vitórias consecutivas na grama e parte em busca do recorde de 14 títulos de Gram Slam de outra lenda, o americano Pete Sampras, para, então, poder ser reconhecido como o maior de todos os tempos. Se der a lógica, Federer alcançará o feito ano quem em Wimbledon, já considerado o quintal de sua casa. Vencendo, novamente, o US Open e o Australian Open, como tem ocorrido nos últimos anos (3 títulos em cada um dos torneios), e perdendo para Nadal em Roland Garros, restará ao tenista da Basiléia chegar à 14ª conquista no Gram Slam inglês.

Quem luta para que isso não aconteça é o espanhol Nadal. O jogador, apesar da derrota de ontem, mantém a vantagem nos confrontos diretos contra Federer (8 a 5) e a liderança na Corrida dos Campeões, divulgada hoje. E os indícios de que o caminho de Federer à glória absoluta será dificultado já ficam bem claros. Na épica final de ontem, Nadal esteve perto de desbancar o suíço e conquistar o torneio pela primeira vez. O jovem de 21 anos, que no ano passado perdeu para o mesmo Federer, teve quatro break-points no quinto set antes que tivesse o seu saque quebrado. E diferentemente de 2006, em que o jogador foi acusado de encarar uma chave fácil até a final, o mesmo não aconteceu em 2007, enfrentando especialistas no piso e partidas muito longas. Em uma delas levou cinco dias para terminar um jogo devido às chuvas e em outra, saiu perdendo por 2 sets a 0.

O que mais deve tirar o sono de Federer é a evolução do espanhol na grama. Na final do ano passado, apesar de ter vencido um set, Nadal não teve tantas chances de fechar e levou um pneu (6 a 0) do suíço. Ontem, a história foi diferente. Federer teve que mostrar todo seu talento contra um incansável jogador e, em muitos momentos, foi salvo pelos seus fortes saques (24 aces só ontem). Se nas outras superfícies, Nadal já joga de igual para igual, só restava a grama. E se o suíço já mostrou estar crescendo seu jogo também no saibro com uma disputada final em Roland Garros, estamos caminhando para um forte equilíbrio e partidas memoráveis, pelo menos entre esses dois grandes jogadores, nos próximos anos.

Aos amantes do tênis, só resta esperar pelos próximos capítulos e torcer que cenas como as de ontem se repitam muito em breve.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Que vergonha!

Bruno Guedes

Cenas lamentáveis tem ofuscado o brilho do Brasil nos Jogos Pan-Americanos. Problemas na infra-estrutura, com construções atrasadas e inacabadas, buracos, mosquitos, além, da criminosa venda de ingressos, já que alguns foram cobrados mas não entregues. Cada vez fica mais nítido que o Brasil não tem condições de receber uma competição de grande magnitude. Investiu-se muito mais que o previsto, e ainda assim, muita coisa feita para o Pan deixou a desejar.

Além disso, muitos brasileiros estão manchando o nome do nosso país. No saldo negativo da inauguração do Engenhão, entre Fluminense e Botafogo, estão vários objetos roubados, entre torneiras, cabos e outros. Ontem, na Vila Pan-Americana, um homem que trabalhava como faxineiro no local foi preso, carregando na bolsa um dos computadores da Vila. Foi nojenta a atitude do chefe da delegação norte-americana, em colocar em um quadro na sua sala, com as inscrições “Welcome to Congo” (Bem-vindo ao Congo. Contudo, isso mostra a imagem que apresentamos de nós mesmos.

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Quem segura o Botafogo!?
Líder do Brasileirão, com cinco pontos na frente, o alvinegro carioca tem tudo para ganhar o campeonato com os dois pés nas costas. Único time a jogar de verdade, ainda conta com o trabalho do técnico Cuca em convencer seus atletas a permanecer na equipe, aí sim, valorizando o passe. Nem mesmo uma eventual ausência de Dodô parece preocupar os botafoguenses. Muito menos, o São Paulo, que seria o principal rival, time que precisa aprender a marcar gols, mas, que precisa mesmo é de um camisa 10 de verdade. *********************************
Aposta
Primeiro prevaleceu o equilíbrio, depois o arrojado Massa, em seqüência o veloz Hamilton, agora é a vez do do preciso Raikkonem. Começo a acreditar que quando chegar a hora do campeão Alonso, o campeonato será definido. Até agora discreto na disputa, o espanhol tem tudo para crescer na reta final do torneio. Sendo o piloto que mais agrega atributos de campeão: arrojo, velocidade, regularidade, paciência e frieza, Fernando Alonso tem tudo para conquistar mais um campeonato mundial, apesar da temporada equilibradíssima. Bom para quem for a Interlagos, onde certamente o campeonato será decidido.
P.S.: Quem gosta de F-1 tem que começar a campanha Fora Silverstone!, onde não se ultrapassa, o que prejudicou Massa, principalmente, na disputa com o ótimo Robert Kubica.

domingo, 8 de julho de 2007

"Saracuteando"

por Paulo Monteiro

Vitorias alimentam mediocridade.

É lamentável ver a situação que a seleção brasileira se encontra. Sem convocações ajustadas, repleta de apadrinhados do nosso "técnico anão". Mais triste ainda é ver a nossa seleção jogar um futebol inglês: um meio de campo repleto de volantes e nada de criatividade. Desculpem-me os ingleses pela comparação pois quem dera tivessemos volantes versáteis como Gerrard, tivessemos a elegância de Lampard. Não quero desmerecer Josué, Mineiro e Gilberto Silva, eles são extremamaente competentes no que sabem fazer, marcar. Pra piorar "Soneca", quer dizer "Dunga ", não vê essas deficiências e escala Julio Batista na armação. O Brasil é um país pacífico, qual o motivo de termos um tanque de guerra no meio de campo? Um jogador forte, brigador, e que possui um belo chute, mas elegê-lo como mente criativa é forçar muito a barra. Isso sem falar do ataque. Vagner Love quase que não conseguiu fazer um gol na partida de ontem. Partida contra o timne dos funcionários da embaixada chilena, porque aquela seleção não é nem de perto o Chile aguerrido e lutador que conhecemos. Tinha vontade de "pedir de fora" ao assistir aquele jogo medíocre.

Um dos piores jogos que já assisti, uma seleção apática, mórbida, que contou com a boa vontade chilena em não querer jogar. Podiam ter ficado em casa que seria melhor. A vitória de goleada não revela o futebol demonstrado, são vitórias como estas que alimentam a mediocridade de um futebol retrancado, sem criatividade e que conta apenas com Robinho, que vem jogando pelos outros 10 e mais o Dunga. Um Brasil sem cara de Brasil. Troquei de canal inúmeras vezes, e pra minha infelicidade não tinha nada além daquela pelada chamada de quartas de final da Copa América. Perder seria a melhor coisa que aconteceria a nossa seleção. Seriamos eliminados, Dunga perderia prestígio, e mostraria que o Brasil é muito mais que carrinhos, chutes pra frente e passes errados. Se defender é a meta do nosso técnico nem isso ele conseguiu. mesmo com um exército de volantes, a defesa continua frágil, tanto que Suazo fez o que quiz no único gol chileno. Nesse clima de melancolia e depressão nada melhor que cantar um tango: "Besame, Besame mucho, como se fosse esta noche lá ultima vez... Besame, besame mucho.." E viva a celeste olímpica. Dá-le Forlan.

A partir de semana que vêm a coluna saracutendo entrará de férias pan-americanas. Até agosto!

sábado, 7 de julho de 2007

Jogos da Natureza
Por Débora Nobre
Dia desses estava vendo na televisão uma reportagem sobre os jogos da natures. Logo surgiu a dúvida: "Jogos da Natureza"? Como assim?
A primeira edição dos "Jogos Rotas da Natureza" aconteceu em junho, no Paraná. A idéia é unir esportes da terra, do mar e do ar, promovendo a integração de esportes e atletas variados. Cada modalidade é colcluída com um vencedor diferente. Este ano, aconteceram competições de Mountain Bike, Canoagem e Balonismo.
As provas são sempre longas e difíceis, verdadeiros desafios para os participantes, que precisam de ótimo condicionamento físico para enfrentar a maratona de atividades. Deve ser bem legal assistir um campeonato onde a interação entre homem e natureza é transparente, onde a sintonia entre eles deve ser perfeita. Iniciativas como estas deixam a prática de esportes sempre mais interessante, e mostram que temos potencial para promover ainda mais eventos bacanas para desafiar os limites do nosso corpo.

Surpresas

Monique Soares
Na última quarta-feira, alguns resultados com certeza deixaram milhares de torcedores atônitos. Os cruzmaltinos se serviram, com gosto, de quatro porções de "peixe". Não foi o resultado de Vasco 4x0 Santos que surpreendeu, mas o placar elástico. Outro jogo um tanto quanto estranho foi o do Atlético-MG e Flamengo. Uma partida com direito a ataques de dar vergonha (aliás, que ataques?), jogador fugindo do cartão e juiz que perde a noção do tempo. Ao menos o resultado foi merecido para ambas as equipes. E o Corinthians perdendo para o Sport foi o motivo da felicidade daqueles que estão se matando pelas primeiras posições.
Resultados inesperados. Coisas do futebol.
A melhor de todas as surpresas foi a que a CBF teve. Ela não contava com esta colocação do Brasil na Copa América e puxou para sábado todos os jogos do Campeonato Brasileiro. Mas com a segunda colocação, a Seleção vai ter que jogar no sábado e fazer companhia para os clássicos brasileiros. Isto significa que no sábado teremos Brasileirão e Copa América. E domingo, bem, que tal acompanhar nossos hermanos argentinos entrando em ação? Pelos menos o futebol espetáculo pode ser esperado. Com essa a CBF não contava.
Por fim, pude ver hoje a Seleção sub-20 jogar e perder para os americanos de 2 a 1. Por incrível que isto possa parecer. Agora dependemos de resultados alheios para que possamos continuar no campeonato.
Com todos estes acontecimentos inusitados, esperamos que o Brasil de Robinho surpreenda também amanhã e mostre um futebol decente. Do jeito que está, vemos uma equipe dependente de um só jogador e que corre feito um bando perdido. Não tem ninguém que possa indicar a direção para eles porque estamos sem técnico. Isto tem que ser mudado. É o mínimo que queremos.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

MEDO DA JANELA!!!

Felipe Muniz

É sempre assim, desde 2003 quando o campeonato Brasileiro passou a ser longo e de pontos corridos o torcedor sofre no meio da competição. Por quê? Muito simples, a tal janela dos clubes europeus se abre e a competição fica enfraquecida na sua segunda metade, pois os destaques do início de competição vão embora.

O futebol brasileiro não tem capacidade de manter suas estrelas nem sequer duas temporadas desfilando por aqui. Mas o que vem acontecendo nos últimos anos é que não só a Europa está levando nossos jogadores, mercados ditos alternativos como Emirados Árabes, Japão, Coréia do Sul, Qatar, levam jogadores que nem titulares são nas equipes nacionais e as vezes são questionados por aqui.

Só como exemplo, a equipe do Vasco perdeu André Dias, Abedi, e quem diria Fábio Brás para o exterior.

O medo se espalha e os comentários sobre favoritismo de uma equipe têm sempre que aparecer com uma ressalva “se não perder nenhum jogador para fora”. O Santos que tem um time, em minha opinião fraco, perdeu uma das suas principais estrelas, Cléber Santana, o Flamengo corre sério risco de perder Renato, Renato Augusto e Bruno, o Grêmio perdeu o meia Lucas, o Internacional pode perder Alexandre Pato, o Corinthians o meia Willian só para citar os destaques.

O pior que isso é crônico e não se vê alguma movimentação por conta dos dirigentes para tomar alguma decisão em relação ao assunto. O futebol brasileiro cada vez mais é feito por jovens revelações e por “vovôs” sem mercado no exterior em final de carreira.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

82 - 94 = 2007

Renan Caixeiro

25 anos da lembrança de Sarriá. 13 anos do Tetra. E eu pergunto a você, leitor, o que você preferiria assistir ao vivo: o futebol perdedor de 82 ou o campeão de 94? Eu tenho a minha resposta; absolutamente, 82.

Com a atual seleção brasileira e seus comandantes não parece reinar esse espírito. Que pena, que grande pena. A covardia, a insegurança, o medo de perder o emprego, a preocupação com o salário no final do mês, criam esse excesso de cuidado em não perder. Aliás, já se foi o tempo em que vencer era o objetivo - o objetivo hoje em dia é não perder. E nosso treinador julga isso sua pedra fundamental.

Eu digo: Vamos nos arriscar um pouco? Vamos criar um sexteto ofensivo, ou um heptágono mágico, e vibrar com dribles, gols antológicos, belos passes, jogadas trabalhadas. Vamos vibrar com um 5 x 4 daqueles inesquecíveis! Eu não consigo e nem quero prestar atenção num 3x0 pragmático ou num 1x0 burocrático contra pequenos como Chile e Equador.

Prefiro um herói morto a um covarde vivo. Futebol não é simplesmente RESULTADO, é ALEGRIA. E essa seleção não tem um pingo disso - salvo Robinho. Prefiro uma seleção inesquecível e ousada como a de 82 à síndrome volantista de 94 que parece ter manchado pra sempre a mente de muitos cabeça-de-bagr...ops...treinadores.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Regularidade é tudo na F1

Paulo Lopes
Mais um GP acabou e mais uma vez pudemos ver o garoto prodígio Lewis Hamilton subir ao pódio. Talvez a alguns anos atrás o simples fato de chegar entre os três primeiros não era o suficiente para se sagrar campeão, era preciso ganhar muitas corridas. Mas com a reformulação de pontos, a vitória tornou-se menos importante, a regra agora é manter uma regularidade de ponta.

Todos os quatro primeiros colocados venceram duas corridas cada, mas a diferença de 14 pontos entre o inglês e o espanhol é devido ao fato de Hamilton ter subido ao pódio em todas as oito etapas da F1 enquanto os outros alternam bons e maus resultados.

Hamilton chegou duas vezes em primeiro, quatro vezes em segundo e duas vezes em terceiro, isso significa 16 pontos a menos que o máximo possível. Mas no sistema de pontuação antigo (1º = 10 pontos; 2º = 6 pontos; 3º = 4 pontos; e a pontuação ia até sexto colocado) o inglês teria 32 pontos a menos que o máximo possível.

Um exemplo da importância de apenas chegar ao pódio e não a necessidade de vencer é que Lewis Hamilton pode se sagrar campeão sem precisar vencer mais nenhuma corrida, e Fernando Alonso tendo ganhado 10 corridas. Se o inglês chegar todas as próximas nove corridas em segundo e o espanhol vencer oito das nove etapas e na outra não chegar ao pódio Hamilton é o campeão.

O fato é que “pelo andar da carruagem” vai ser difícil tirar esse título do jovem Hamilton, se os outros quiserem ser campeões vão ter que começar a chegar sempre entre os três primeiros além de torcer para o inglês começar a ter maus resultados.

Hora de acertar o rumo

Bruno Guedes

Difícil precisar o tamanho da minha decepção com as seleções brasileiras de futebol. Tanto a principal, que está na Venezuela disputando a Copa América, quanto a Sub-20, que compete na Copa do Mundo da categoria, no Canadá. Técnicos pouco qualificados, convocações duvidosas. Mas, será que devemos culpar apenas comandantes e comandados pelo mau desempenho?

Se verificarmos os currículos de Dunga e Nélson Rodrigues como treinadores de futebol, logo percebemos que o primeiro não teve experiência pregressa nenhuma e que o segundo treinou a categoria de base de algumas equipes do Rio de Janeiro (assim, como todos os comandantes de divisões de base da CBF nos últimos anos). Infeliz, foi quem colocou esses dois profissionais à frente de alguma seleção brasileira, principalmente, sabendo-se que existem vários outros nomes com maior bagagem para o cargo.

Na equipe principal, Dunga mostrou-se perdido em meio a tanta renovação. Começou bem, montando uma base. Nas primeiras partidas, a equipe canarinho (temos apelido sim, Galvão!) jogou bem, criou diferentes oportunidades, mostrou solidez defensiva. Mas, de repente, o ex-camisa 8 começou a desconstruir seu próprio trabalho. Na Copa América estamos vendo um time sem padrão tático, contando apenas com o talento de Robinho.

Na Sub-20, o treinador ainda é mais problemático. É nítida a falta de categoria de Nélson Rodrigues. Depois de ir muito mal nas primeiras partidas do Sul-Americano, em janeiro, o técnico foi salvo pelo jovem goleiro Cássio, que fez milagres as dúzias. Na estréia da Copa do Mundo, uma atuação lamentável contra a Polônia, sacramentou a derrota por 1 a 0. E, perdendo o jogo atuando com um a mais, Nélson mostrou que não tem alternativas treinadas, nem sabe bem o que fazer. Mandou todo o time pro ataque, e não conseguiu empatar o jogo, em que sua equipe jogou de forma horrorosa e não assustou os poloneses.

É hora de Ricardo Teixeira começar a procurar um técnico de verdade. Em posição de ter a seleção mais importante do mundo na mãos, o presidente da CBF poderia voltar suas baterias para Felipão. Se houvesse interesse em tê-lo, tenho certeza que o técnico do penta não pensará duas vezes em largar os portugueses. Caso Felipão não queira, Teixeira precisa ter alternativas, e não inventá-las. E quanto a Dunga, bem, no máximo poderia ser técnico da Sub-20. Embora eu prefira Jorginho, que fez um bom trabalho no América do Rio de Janeiro.

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Você que gosta do blog do Resumo deve estar percebendo que a assiduidade dos textos tem sido menor. Pedimos perdão, afinal, estamos em fim de período na Faculdade, o que nos toma sempre muito tempo. A partir do dia 6 desse mês estaremos todos de férias, e nosso blog voltará com força total!