segunda-feira, 30 de abril de 2007

Aposta

Paulo Lopes

Na última quarta feira, no Resumo Esportivo, Tiago Domingos questionado sobre a capacidade do São Paulo em avançar na Libertadores propôs então uma aposta valendo tickets do Restaurante Universitário (RU). Ele apostou que o São Paulo passava pelo Grêmio e depois venceria o Flamengo. Quatro integrantes do programa quiseram apostar que o tricolor paulista não chegava na semifinal, fui o único a me juntar ao Tiago.

Então tentarei analisar os três times da melhor forma possível e também de maneira mais imparcial possível. Depois vocês tirem suas próprias conclusões e vejam quem tem mais chance de almoçar de graça no RU.

Jogadores (sem muita explicação, coloquei na minha opinião, na ordem do melhor para o pior).

Goleiros: Os três são ótimos goleiros, mas Bruno e Saja não estão ainda no mesmo nível de Rogério Ceni, Henrique Fernandes acha que o Bruno é melhor que o Rogério.

Rogério, Bruno, Saja

Lateral direito: Os três são ofensivos, mas o Patrício marca mais. Leonardo e Ilsinho se equivalem, Patrício fica um pouco atrás dos dois.

Ilsinho, Leonardo Moura, Patrício

Zaga: a zaga do São Paulo é muito boa, ela é rápida, tem técnica e na minha opinião o Miranda é o melhor zagueiro em atividade no Brasil. A zaga do Grêmio também é boa, mas a do Flamengo é ruim.

São Paulo, Grêmio, Flamengo

Lateral esquerda: Jadilson fez um grande campeonato Brasileiro ano passado e vem repetindo as boas atuações , Juan oscila entre partidas ruins e médias. Não sei muito sobre o Lúcio. Então prefiro nem classificá-lo.

Jadilson, Juan

Volantes: com a saída de Lucas o Grêmio perdeu seu melhor jogador, mas mesmo assim a dupla de volantes é melhor que a do Flamengo.

São Paulo, Grêmio e Flamengo

Meio: pela atual fase o meio do Flamengo está melhor que o do São Paulo e Grêmio. É graças ao seu meio campo ofensivo que o Flamengo está conseguindo as suas vitórias.

Flamengo, São Paulo, Grêmio

Ataque: se o meio campo do Flamengo é bom o ataque é muito ruim. Amoroso e Dagoberto ainda são incógnitas, mas pode se esperar mais deles do que de Roni. E Aloísio e principalmente Tuta são melhores que o "de lua"Souza.

Grêmio, São Paulo, Flamengo

Reservas: nenhum time tem jogadores no banco que pode entrar e desequilibrar os jogos, entretanto, São Paulo e Grêmio tem melhores peças de reposição, Carlos Eduardo pelo Grêmio e Leandro e Jorge Vagner pelo tricolor paulista.

São Paulo, Grêmio, Flamengo

Técnico: Para mim o melhor é o Muricy Ramalho, mas atualmente o Mano Menezes e Ney Franco tem o time mais na mão. Muricy foi chamado de burro no último jogo e está sob pressão.

Mano Menezes, Ney Franco e Muricy Ramalho

Torcida: A torcida tricolor paulista é a menos fiel do Brasil. Ela só vai quando o time está quase campeão. Ela também não tem paciência com o time. A torcida do Flamengo e do Grêmio estão de bem com o time.

Flamengo, Grêmio, São Paulo

Pela minha análise, São Paulo e Grêmio irão fazer uma partida muito equilibrada. Qualquer um pode sair vencedor. Mas quem sair vencedor vencerá o Flamengo nas quartas de final, isso se o time da Gávea passar pelo Defensor do Uruguai.

Eu só espero almoçar de graça.

0 12º jogador

Prof. Márcio Guerra

Definitivamente os dirigentes do Botafogo precisam tomar coragem e tomar uma decisão séria em relação á Federação Estadual do Rio de Janeiro e a arbitragem. Caso contrário, de nada adianta montar um grande time, conseguir um belo patrocinador (o clube hoje tem o terceiro maior patrocínio do futebol brasileiro). O que se viu neste domingo, no Maracanã, foi um espetáculo rotineiro. O adversário do Botafogo jogando com 12. O décimo segundo jogador foi o árbitro que, vergonhosamente, deixou de expulsar um jogador do Flamengo que agrediu um atleta alvinegro, ainda no primeiro tempo, com um tapa na cara. Visto e revisto pelas imagens da Sportv, apesar do narrador, teimar em não ver nada que se referia ao Botafogo. O número de cartões que o juiz deu somente para o Botafogo, foi outra prova incontestável da sua má atuação.

Não discuto o pênalti, a expulsão do Júlio César e nem o frango do péssimo Max. Lamento apenas que isso esteja acontecendo sistematicamente contra o clube e seus dirigentes não tomam uma decisão. Me lembro que o ano retrasado, no Campeonato Brasileiro, essa imoralidade só acabou quando os dirigentes deram um basta e sairam para todos os cantos mostrando a perseguição ao Botafogo. O time é o que tinha mais pênaltis marcados contra, mais jogadores expulsos. Depois que gritaram, foi tudo modificado. Além do lindo lance do primeiro gol de Dodô e do gol de placa de Lúcio Flávio, o que valeu foi saber que, mesmo jogando com o 12º jogador, o flamengo não conseguiu vencer o Botafogo. Para o próximo domingo, quem sabe não contrata dois bandeirinhas também. Quatorze contra onze, se deixarem o Fogão jogar com onze, talvez fique mais fácil.

domingo, 29 de abril de 2007

Saracuteando

Paulo Monteiro

Nem Milagres salvam

Na última segunda-feira foi dia da São Jorge, o santo cavaleiro, padroeiro do Corinthians. Mas parece que a situação alvinegra é tão crítica que nem santo consegue ajudar. O Timão foi derrotado, pisoteado, humilhado, ou quaisquer denominações que simbolizem derrota, pelo valente Náutico. O primeiro dia de encontro entre Carpegiani e à fiel torcida na última quinta, era um dia pra ser esquecido. Sem profetizações nem relampejos de Mãe Dinah, qualquer um consegue perceber porque o grande Corinthians hoje é este time ridículo. Começa-se por uma parceria em que a gerência do clube perdeu autonomia. Enquanto Dualib e seus companheiros brincavam de banco imobiliário, o alvinegro era comandado por pessoas de países escusos, que tinham um entendimento sobre futebol amplo, inclusive achando que Pelé era Argentino.

Soma-se a isso aquele velho ditado: Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza. Os milhões provenientes de... ninguém sabia de onde vinha o dinheiro, mas o importante é que chegava ao Timão pela MSI foram consumidos instantaneamente: Tevez , Sebá, Mascherano, Carlos Alberto, Roger, Gustavo Nery. Tanto jogador fez com que o Corinthians se enchesse de estrelas. Tanto brilho cegou a todos, e o time se encheu de dívidas. O dinheiro foi acabando, os ídolos indo embora, e a torcida fiel chorou ao som do Tango. Falido pela falta de planejamento, o corte de gastos foi essencial. Não faço apologia aos medalhões e folhas salariais altíssimas, mas sou totalmente contra a filosofia do “Calça de veludo ou partes de fora”.

Como amante do futebol, me sensibilizo com o sofrimento da pobre fiel torcida que é obrigada a entoar: “Corinthians, Corinthians minha vida, Corinthians minha história, Corinthians meu amor” à um time que conta com um goleiro inseguro ( tanto Jean quanto Marcelo), não tem laterais (qualidade não existe, e pasmem, falta jogador para a posição, eram apenas três à um mês) um meio na qual o esforçado Rosinei é armador, e que conta apenas com fagulhas de criatividade de Roger. No ataque falta artilheiro, Arce e Wilson correm, mas se correr resolvesse o Quênia seria campeão mundial de futebol. A parte pior vem agora, uma zaga formada por Betão e Marinho... desnecessário tecer qualquer tipo de comentário. Pra piorar, uma notícia que dará dor de cabeça ao torcedor: “Asprillina”, zagueiro com nome de remédio, atualmente no Botafogo, deve vir para o Parque São Jorge. Da lhe analgésico. Assim, só olhando para os céus e entoar bem alto: SALVE O CORINTHIANS...

sábado, 28 de abril de 2007

Fala, Rogério Corrêa!

Débora Nobre

O jornalista Rogério Corrêa, narrador esportivo da TV GLOBO e da SPORTV, esteve esta semana em Juiz de Fora. Ele fez a conferência de abertura do evento “Comunicação, Esporte e Cultura”, realizado pelo Núcleo de Pesquisa Comunicação, Esporte e Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora. Rogério Corrêa formou-se em Jornalismo pela UFJF em 1990 e é pós-graduado em Marketing pela FGV.

Após sua palestra, onde conquistou a platéia com seu jeito mineiro de contar histórias, o jornalista respondeu algumas perguntas.

Sobre a presença das mulheres no jornalismo esportivo, ele acredita que ainda existe preconceito, conseqüência de pensamentos retrógrados. Em contrapartida, “hoje as mulheres já têm espaço garantido nas editorias de esporte, além de atuarem em outras áreas, como bandeirinhas, advogadas conceituadas de causas esportivas e até presidentes de clubes de futebol”.

Rogério concedeu também uma entrevista para a Equipe Resumo Esportivo.

Qual sua expectativa para o Brasil caso ele seja sede para a Copa do Mundo de 2014?

A expectativa é a melhor possível, porque o Brasil tem todas as chances de sediar uma Copa do Mundo. É claro que vamos ter que adequar nossos estádios às exigências da FIFA, e isso vai ser fundamental para o desenvolvimento e modernização do nosso principal esporte, que é o futebol.

Como você avalia a realização dos jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro?

Acho que o Rio de Janeiro vai ficar com o legado da estrutura. As obras vão ficar para a cidade, mas o Brasil inteiro vai levar vantagem com a realização dos jogos no país pela disseminação das modalidades e das informações sobre as mesmas. Acredito que muita gente vai passar a praticar esportes por causa do Pan. Os jogos vão inspirar jovens atletas que, por sua vez, vão se espelhar nos grandes atletas que estarão competindo. O Pan vai deixar a divulgação do esporte e dos seus valores, principalmente a disciplina e a força de vontade. Tudo isso ficará para o Brasil.

Qual a importância da imparcialidade para o jornalismo esportivo?

A imparcialidade é fundamental porque nós estamos lidando sempre com a paixão das pessoas. Se no jornalismo temos que ser imparciais, no jornalismo esportivo esta exigência é muito maior. Quando esquecemos a isenção, as pessoas se sentem intimamente feridas.
Respeito muito quem declara o time pelo qual torce. Existem vários jornalistas no Brasil que declaram o time pelo qual torcem, e eu respeito essa posição. Porém, por uma questão profissional, prefiro não declarar o meu time. Apesar disso, não vejo problema quanto àqueles que divulgam o time e são honestos com o público. Alguns dos grandes jornalistas, como Armando Nogueira e Nélson Rodrigues, assumiam seus clubes e eram grandes jornalistas, assim como faz hoje o jornalista Juca Kfouri.

Por que você acha q ainda não há muito espaço para as mulheres na locução esportiva?

Pois é... Essa semana eu estava acompanhando um jogo na RAI, a TV estatal italiana, e tinha uma mulher narrando o jogo do Milan. Acho que é uma barreira que ainda tem que ser quebrada, mas pode ter certeza que em breve isso vai acontecer, porque as mulheres já estão ocupando outras áreas de destaque na imprensa esportiva, na reportagem, na edição, na apresentação. É só uma questão de tempo.

O que você acha da nova profissão dos ex-jogadores, que passaram a fazer comentários nos jogos transmitidos pela TV?

Acho que eles estão ocupando uma função específica dentro do jornalismo. Como jornalista, não me incomodo com a presença de ex-jogadores. Para o jornalismo especificamente – para você dar uma notícia, com isenção, tamanho certo, respondendo todas as exigências da profissão – acredito queprecisa sim de um jornalista com diploma.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Fala, Erich Beting!

Trechos da entrevista concedida por Erich Beting ao Resumo Esportivo do dia 25 de abril.





Agonias em tempos difíceis

Monique Soares

Vai começar o primeiro tempo da agonia. De um lado, um time sem nenhum grande destaque, mas com muita força de vontade - que consegue superar por muito pouco a falta de mira - experimenta vários esquemas táticos. De outro, uma equipe com grandes talentos, mas que talvez ainda não tenha decidido em qual campeonato irá focar suas atenções. Segundo a palestra sobre como se concentrar exposta na UFJF, vimos que não se deve pensar em "não posso perder", muito menos em "pode ser que eu ganhe", basta definir um objetivo e persegui-lo, sem pensar no que pode ou não acontecer. Ter um foco, ter uma meta. No caso, acertar a meta naquele lance decisivo é o que gostariam os times cariocas no momento.

Não só eles, mas também os que irão decidir o Campeonato Mineiro. Será um clássico digno de parar para admirar. Pelo menos é o que as torcidas sempre fazem ficar bonito. Espero que os times correspondam e entreguem a alma nesses últimos momentos.

Clássico não se faz só aqui. Na terra dos gringos, Milan e Manchester estão se jurando de morte, no bom sentido, se é que existe. Semana que vem saberemos quem estará na final.

Alguns campeonatos estão nesta fase da agonia, de decisão. Mas calma que ainda tem Copa do Brasil e Libertadores em fase de desdobramento.

Emoção nas Américas

Felipe Muniz

Definidos os confrontos da fase oitavas de final da Taça Libertadores da América. Os confrontos são os seguintes: Santos x Caracas (VEM); Colo Colo (CHI) x América (MEX); Necaxa (MEX) x Nacional (URU); Toluca (MEX) x Cúcuta (COL); Flamengo x Defensor (URU); Grêmio x São Paulo; Vélez (ARG) x Boca (ARG); Libertad (PAR) x Paraná.

Dos times brasileiros, Flamengo e Santos enfrentam advesários teoricamente mais fáceis, mas o confronto entre Grêmio e São Paulo é que vai deixar o torcedor ligado e deixa de fora com certeza um time considerado favorito ao título. O Paraná enfrenta uma equipe que no ultimo ano foi semifinalista e deu trabalho ao time do Internacional.

Outro confronto que chama a atenção é o clássico argentino que deixa mais um favorito de fora da competição Vélez e Boca vão sacudir a Argentina em duas partidas que valem a pena acompanhar.

Aqui vão os meus palpites para os classificados para a fase de quartas de final:
O Santos passa do Caracas com facilidade. O adversário e fraco e não agüenta a equipe santista; O Colo Colo sob o comando de Suazo passa à próxima fase com dois resultados apertados, pois o América é um bom oponente; A tradição uruguaia fala mais alto e da Nacional em cima do Necaxa; O Toluca passa com facilidade, o time é o que mais chama atenção entre os mexicanos; O Mengo vai penar contra o Defensor mais passa na garra; O Grêmio passa e Muricy Ramalho cai. Duas vitórias do tricolor gaúcho; No clássico argentino o Boca passa mesmo passando aperto contra o bom time do Vélez; O Paraná sob o comando do bom técnico Zetti surpreende e passa para próxima fase.

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O Time do Corinthians continua envergonhando sua torcida. Ontem foi a vez da equipe ser eliminada nas oitavas de final da Copa do Brasil pela equipe do Náutico. Mesmo contando com o apoio da torcida e da estréia do técnico Paulo César Carpegiani o Timão perdeu por 2 x 0. O próximo compromisso da equipe do Parque São Jorge é apenas no dia 13 de maio já pelo Campeonato Brasileiro. Se continuar assim o torcedor vai sofrer muito ainda esse ano.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

As empresas, os clubes e o futuro

Prof. Márcio Guerra

A situação vivida pelo Tupi, neste momento, remonta a outras vividas por alguns clubes, inclusive o próprio time juziforano no passado. Consegue um grupo de patrocinadores ou empresários que assumem seus departamentos de futebol e depois, quando a parceria acaba, fica a incerteza quanto ao futuro. Os mais "antigos" ou os que acompanham de perto a história do futebol juizforano, devem se lembrar da experiência com Maurício Baptista de Oliveira. Também na sua época o clube chegou às finais do Campeonato Mineiro. Montou um time melhor do que o atual e conseguiu a projeção que foi obtida agora.

Tão logo esse grupo saiu, o Tupi retornou aos seus dias de dificuldade. O Botafogo também viveu situação semelhante. Quando Emil Pinheiro assumiu o clube, pegou o Fogão desmoralizado, devendo a todos, sem material de treino. Levou o time ao título Brasileiro, deu ânimo novo ao clube. Saiu o Botafogo sucumbiu. A Parmalat entrou com toda força no Palmeiras. Ganhou muitos título, empolgou a torcida. Saiu e o Verdão até para a Segunda Divisão caiu. Existem outros exemplos que poderiam reforçar o que estamos falando.

O que acontece é que o clube se escora nestes patrocínios e apoios e não cuida de se estruturar para a saída dos mesmos. Se acomoda e quando fica "órfão" acaba retornando aos tempos de penúria. O Tupi está anunciando uma nova parceria. Tomara que seja possível manter a estrutura atual. Não é uma tarefa fácil. Fica a segunda lição.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Ancelotti, o terceiro melhor do planeta

Renan Caixeiro


Retranqueiro? Previsível? Multi-vencedor, inteligentíssimo, motivador, estrategista. Carlo Ancelotti consegue reunir todas estes títulos e características. Críticas não o abalam, seu time é sempre o mais competitivo possível. Argumentos para embasar esta tese? Aqui estão:

Ainda muito jovem para um treinador de elite, começou a carreira no Reggina, na Serie B. Em 1996, aos 37 anos de idade, Carlo Ancelotti levou a Reggina ao título da segunda divisão italiana atraindo a atenção de todo o país, naquela época.

O Parma FC apostou em Ancelotti e ele não decepcionou. Segundo lugar na dificílima Serie A, algo inédito no time do norte da Itália. Em 98 foi pra Turim, comandar a Juventus. Não conquistou títulos mas dois vice-campeonatos mostraram o seu potencial como comandante.

Ancelotti, 48, chegou ao Milan em 2001, após passar por Reggina, Parma e Juventus. Desde então venceu a Liga dos Campeões de 2002/03 (logo no seu segundo ano à frente do Milan) e foi vice-campeão na temporada 2005/06, depois de uma disputa por pênaltis contra o Liverpool. Campeão da Copa da Itália 2002/03 ; Campeão da Serie A 2003/04 ; Campeão da Supercopa Européia e da Supercopa Italiana 2004/05.

Para completar, Ancelotti colocou o Milan entre os quatro melhores clubes da Europa quatro vezes nas últimas seis temporadas. Ou seja, desde que chegou ao Milan, só ficou de fora das semi-finais do torneio mais disputado do mundo duas vezes: em seu primeiro ano como técnico e em 2003/04 quando parou nas quartas. Retranqueiro? Claro (diria mais, Italiano?Claro!). Previsível? Talvez.

Peço apenas que você, caso não simpatize com a ideologia do treinador, assista a um jogo do Milan e observe como um time chamado de "velho e lento" consegue preencher quase todos os espaços no campo e nunca deixa de fazer seus gols nos momentos mais importantes.

Parabéns Ancelotti, terceiro melhor treinador do planeta. 1º Scolari. 2º Benítez

Tiago Domingos

NO GOL OU PRA FORA DO ESTÁDIO...

A cada quarta-feira, três chutes sobre jogos do meio da semana.

1) Bahia x Fluminense: No duelo dos tricolores, que estão em baixa no futebol brasileiro, o baiano tem todas as condições de conseguir a classificação. Principalmente com o atacante Fábio Saci, que vai deixar sua marca. Mas essa partida tem cheiro de surpresa. Dá 2 a 2 e tricolor carioca na próxima fase, com a estrela de Renato Gaúcho.

2) Brasiliense x Cruzeiro: Errar uma vez é perdoável. Insistir no erro pode não ser. Mas continuo apostando no clube mineiro, que tem um melhor time melhor. No entanto, o time do Distrito Federal é experiente, está invicto esse ano, e vai complicar a vida do adversário. Mesmo jogando fora, dá Raposa 2 a 1, com Araújo decidindo a partida.

3) São Paulo x Audax: O tricolor vem mordido pela vexatória eliminação no Paulista. Muricy decidiu que não vai mais inventar no time. O São Paulo tem tradição na competição. O jogo é no Morumbi. E o Audax? Foi um prazer conhecer! Quem sabe em 2008. 3 a 0, para o time brasileiro. Já passou da hora, né Aloísio?

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CONTANDO, NINGUÉM ACREDITA...

A cada quarta-feira, histórias "verídicas".

A rodada valia vaga na elite do glorioso campeonato nacional ganês. O FC Nania, no qual trabalha Abedi Pelé (o maior jogador de todos os tempos do país), precisava de uma vitória e tirar o saldo de um gol a menos que o Great Mariners. No final do primeiro tempo, FC Nania e Great Mariners estavam vencendo por 1 a 0. Um sabia que precisava tirar a diferença. O outro tinha que manter. Jogos encerrados: FC Nania 31 x 0 Okwawu United e Great Mariners 28 x 0 Tudu Mighty Jets! O que aconteceu? Os quatros times foram punidos e ninguém sobe para o Ganesão 07/08.

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ESPEÇO ABERTO

Grande LB

São mais de 18 pontos por partida de média. Isso começando como reserva! Não é à toa que Leandrinho Barbosa foi escolhido foi o melhor sexto homem da NBA. O paulista conseguiu 578 dos 635 pontos possíveis e só UM dos 127 votantes não o colocou na lista dos melhores reservas. É uma conquista e tanto para um brasileiro, que é fundamental para o Phoenix Suns. Prova disso é que na primeira partida dos playoffs, onde o camisa dez sobe de produção, ele marcou 15 pontos seguidos no terceiro quarto e virou o jogo em cima do LA Lakers. Esse é o cara!

Favorito...

Thamara Gomes

Há times que já começam um campeonato como um dos favoritos ao rebaixamento! E para o Campeonato Brasileiro deste ano já coloco o Vasco entre esses.

Muita festa e pouca produtividade nos últimos jogos, e o anfitrião não recebeu o seu presente tão esperado, o milésimo gol! Resultado: dispensado um dos melhores treinadores em atuação no futebol brasileiro. Renato Gaúcho, que com o elenco bastante limitado no ano passado, conseguiu brigar por uma vaga na Libertadores com o clube cruzmaltino até a última rodada do Brasileirão, mas acabou perdendo a vaga para o Paraná.

Para o lugar dele foi contratado o fraco Celso Roth, que conseguiu a proeza de lutar contra o rebaixamento na maioria dos clubes onde passou, e têm como suas principais conquistas dois campeonatos gaúchos, um pelo Inter e outro pelo Grêmio, e uma Copa Nordeste, pelo Sport. Esse gosta mesmo da ponta de baixo da tabela!

Com um elenco fraco e um treinador mais fraco ainda, o torcedor vascaíno já pode se dar por satisfeito se o seu time ocupar a parte intermediária da tabela, e conseguir uma vaga para a Sul-Americana.

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O Fluminense tem um bom elenco, com alguns "chinelinhos", é claro, mas, com o bom comando de Renato Gaúcho, podem levantar a poeira e dar a volta por cima
!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Ditadores da bola

Paulo Lopes
Com o perdão do atraso estou escrevendo em dia errado, pois ontem por motivos de grandeza maior não pude “postar” aqui no blog. Mas prometo que esse erro não irá se repetir. Obrigado pela compreensão e segunda volta tudo ao normal.

O que será que passa na cabeça de um presidente de clube quando ele demite um técnico de futebol? Será que ele pensa que os seus problemas acabaram? Será que ele pensa que com um técnico novo os jogadores renderão melhor? E o que será que eles pensam quando despedem um técnico que está em primeiro lugar num campeonato? Ou quando despedem um técnico com menos de dois meses de trabalho? Na verdade seria melhor dizer que eles não pensam

O caso mais recente de uma demissão de um técnico foi a do Joel Santana, que foi despedido do Fluminense. E com essa demissão o time das Laranjeiras parece que não aprendeu nada com o ano passado, quando usou seis treinadores e não ganhou nada, a única disputa que o tricolor participou foi para fugir do rebaixamento. E esse ano o time já está no terceiro. Existe um consenso comum que o Joel Santana não é um bom técnico (então o primeiro erro já foi ter o contratado), mas se contratou significa que a diretoria do clube apostava nele, e quando houve a demissão com apenas dois meses de trabalho, ocorreu o segundo erro.

Eu não estou pedindo muito, eu só desejo que os dirigentes e principalmente o presidente do clube (pois é dele a maior responsabilidade) deixe o técnico trabalhar em paz e sem pressão, que cumpra o contrato com os treinadores e que deixe ele dá seqüência ao trabalho. Em números, traduzo esses meus desejos para apenas um ano ou uma temporada. É só olhar em volta e ver que a seqüência do trabalho dá resultado, e não preciso voltar muito no tempo. No ano passado no campeonato Brasileiro, os sete primeiros colocados (São Paulo; Inter; Grêmio; Santos; Paraná; Vasco; Figueirense) mantiveram os treinadores desde o começo do ano, e os 4 rebaixados (Santa Cruz; Fortaleza; São Caetano; Ponte Preta) trocaram mais de uma vez os treinadores. Isso será só coincidência? Com certeza não. Outros exemplos são os clubes europeus, que há times (normalmente os que mais ganham) nos quais os treinadores chegam a ficar anos e anos.

Não vejo com muito otimismo que essa “cultura” do futebol brasileiro termine tão cedo. Bem que os presidentes dos clube podiam ser humildes, bem que eles podiam perceber que quando um time está ruim a culpa nem sempre é do treinador, pode ser também dos jogadores contratados pelo próprio presidente, ou ainda pode ser culpa da própria diretoria que não deixa os jogadores e a comissão técnica trabalhar em paz. Mas seria muita pretensão minha que os “ditadores” assumissem a culpa e deixassem o cargo em vez de um pobre treinador que as vezes nem tem culpa das derrotas do time.

Mas isso é o futebol brasileiro e esses são os nossos dirigentes que usam a lei do mais forte, fica quem tem mais poder. Eu só espero que um dia, acabe com essa cultura para que o futebol brasileiro possa ser tão competitivo e qualitativo quanto ele merece.

Pra onde foram os fazedores de gols?

Henrique Fernandes

"Celeiro de craques". Sem dúvidas uma expressão corriqueira e usual para se definir o maior futebol do mundo, o Brasileiro. Quem vê as escalações das melhores equipes do exterior, tem a comprovação de que alguns dos jogadores mais importantes, mais decisivos já estiveram batendo pelada em campinhos de terra batida tupiniquins. É de se louvar e de se orgulhar.

Como explicar então a carência evidente de centroavantes nos principais campeonatos do futebol brasileiro atual? Ora, tirando-se o camisa "dez", aquele que desde os tempos do inigualável Pelé tem a obrigação moral de dentro de campo encabeçar o time; e o goleiro, gênio solitário da grande área, sem dúvidas o jogador mais importante e mais místico do time é o centroavante. De seus pés nascem os gols, momentos de gozo sublime do futebol e que dão razão de ser ao esporte bretão.

Eis que atuando no Brasil, somente um paira sobre os outros e vem alcançando a hegemonia máxima da posição. Seu nome, simplório como tudo no futebol, só tem duas sílabas irmãs: Dodô. O artilheiro da estrela solitária - longe de ser a estrela solitária de um time que vem brilhando tanto quanto o astro - tem a melhor média de gols da temporada, status de ídolo máximo do time, e a eficiência que há muito não se via correr pelos campos do futebol Brasileiro.

Agora, tirando-se Dodô, quem é capaz de dar tanta certeza aos torcedores de que verão o balançar das redes? O mais próximo que se chega é o arisco Araújo, que vêm fazendo chover nas Minas Gerais e conduzindo o Cruzeiro ao bi-campeonato. No entanto, Araújo não é jogador fixo de área, e a cada dia que passa, é mais dinâmico no esquema armado por Paulo Autuori, ficando mais longe da baliza, seu objeto de desejo e alvo. Poderia-se falar no jovem Alexandre Pato, mas Abel Braga parece ter sido acometido de um conservadorismo bobo impedindo que o prodígio dos pampas desenvolva seu futebol com a tranquilidade de um titular.

Portanto, caro leitor, há que se preocupar com os destinos do futebol Brasileiro no tocante aos centroavantes. Logo eles, que são os principais produtores de gols e que fazem a alegria da torcida, parecem estar em extinção. No Rio, um anjo negro parece ter perdido as forças e tem em sua volta incerta, uma amarga incógnita. Vinha carregando nos pés a esperança de uma nação rubro-negra e milhões de súditos, mas agora está ferido. Com a cruz de malta no peito, um semi-deus parece ter reservado seu último ato, antes de seguir eternamente para seu lugar cativo no olimpo dos grandes craques. O Flamengo espera por Obina, e o Vasco torce por Romário. Admiradores do futebol torcem também, e pelos dois.

Agora, órfãos que estamos dos inexpugnáveis fazedores de gols, esperamos para que surjam novos semi-deuses. Que seja Dodô, astro-mor da constelação Botafoguense, que seja Alexandre Pato, esperança de alegria que nasce. A vaga está em aberto e precisa urgentemente ser preenchida para que o melhor futebol do mundo, não deixe de o ser por falta de gols.

O Brasileirão vem aí!

Bruno Guedes

Reta final dos Estaduais, muitos já pensam no Campeonato Brasileiro. Faltando três semanas para o início da competição, alguns favoritos ao título (ou, pelo menos favoritos nas quinze primeiras rodadas) e ao rebaixamento.

Durante esses primeiros quatro meses do ano, dois times se destacaram pelo futebol apresentado, Santos e Botafogo. O Alvinegro Paulista fez magnífica campanha na Libertadores e no Estadual. O futebol de Zé Roberto e Cléber Santana tem sido bem acima da média. Além disso, o time não tem sentido falta de um camisa 9, centroavante de ofício. Os gols tem saído repartidos por todo o elenco. Mérito de um esquema bem armado por Luxemburgo, privilegiando a movimentação e os toques rápidos.

No Alvinegro Carioca, a evolução da equipe é nítida e animadora para os torcedores. No início do ano o time vinha em marcha lenta e o principal armador, Zé Roberto não achara seu futebol. Hoje, 23 de abril, não resta dúvida que o Botafgo tem o futebol mais vistoso dos 20 clubes da Série A. Mérito total do seu treinador Cuca, homem que teve paciência de buscar reforços dia após dia. Dentre seus achados, Luciano Almeida e Leandro Guerreiro. O clube ainda foi muito feliz em repatriar os ótimos Túlio e Dodô, esse o melhor atacante em atividade no país.

Pesa contra os dois, o elenco reduzido. Poucas opções no banco de reservas, principalmente do Botafogo, onde Cuca só tem Diguinho como homem de confiança. No Santos, os problemas se encontram na zaga, onde os limitados Adaílton e Antônio Carlos não tem sombra.

Outros três favoritos, que ainda precisam de afirmação, São Paulo, Inter e Grêmio começam correndo por fora, mas com a qualidade de seus jogadores, treinadores e elencos, não podem ser considerados carta fora do baralho. O Tricolor do Rio Grande do Sul começa, inclusive, a reeditar a garra e qualidade da época de Luís Felipe Scolari.

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Candidatos também não faltam na briga do rebaixamento. E com grande força, e alguns vontade, para cair estão Náutico, América-RN, Fluminense, Vasco, Figueirense e Goiás. Destaque negativo para o Fluminense, clube que mais gastou com reforços em 2007, e, também, Goiás e Figueirense, clubes de boa estrutura, mas que em 2007 não convenceram seu torcedor.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Brilha a estrela do Fogão

João Luiz Freitas

Mesmo sendo uma equipe tradicional, o Botafogo precisou de muito mais que camisa para assegurar o título da Taça Rio. Com gols plásticos e a boa forma do trio Dodô, Lúcio Flávio e Túlio, Zé Roberto e Jorge Henrique foram apenas coadjuvantes na tarde de ontem.

A torcida também fez seu papel e o Maracanã ficou pequeno para abrigar os milhares de passageiros de vans presentes no estádio. Cerca de 50 mil alvinegros orgulhosos estiveram presentes no Mário Filho empurrando o expresso botafoguense rumo a vitória.

Se o Glorioso ainda fosse uma estrela solitária, Bebeto de Freitas seria o destaque. Ele assumiu a presidência do clube em seu pior momento: dívidas, excesso de medalhões e o rebaixamento foram as maiores dificuldades no início de sua gestão.

Mas nada que um bom planejamento fosse responsável por dar a volta por cima. Com Bebeto no Botafogo, a equipe voltou a fazer parte do seleto grupo dos favoritos. Primeiro, e também pela lógica, com o vice-campeonato do Brasileiro da série B. Em seguida, após um jejum de nove anos, o clube ergueu a taça do Campeonato Carioca, vencendo a Taça Guanabara e batendo o Madureira na final.

Agora, em 2007, tem o Flamengo como principal adversário a partir do próximo domingo. Um clássico digno de final, mas que desde o Brasileiro de 92, não faz parte das pretensões divinas. Na ocasião, Júnior foi o grande carrasco e com seu talento e liderança conduziu o Flamengo a eliminar o favoritismo alvinegro.

Os tempos são outros, e o Flamengo, detentor da Taça Guanabara, não pode se dar ao luxo de declarar vitória. Quem esperava o Vasco nas finais – certeza de vitória garantida nos últimos tempos – terá dor de cabeça maior na reta final do Cariocão.

Isso porque o Botafogo foi a única equipe a marcar gols em todos os jogos e possui o atacante mais efetivo desse início de temporada: Dodô tem média de gols de 1 por partida, e mesmo quando não está bem, Jorge Henrique e Zé Roberto fazem por onde. Não podemos nos esquecer do maestro Lúcio Flávio e do professor Cuca, que mais uma vez, surpreendeu a todos com sua lição tática.

Um grupo unido, motivado e de talento. Tudo acontece com o Botafogo, inclusive o sucesso!

domingo, 22 de abril de 2007

Copa 2014

Débora Nobre

Nosso desejo foi atendido, ou quase. Com a desistência da Colômbia, o Brasil é o único candidato para sediar a Copa do Mundo de 2014. Isso porque a escolha é baseada em uma lógica e, segundo a mesma, a Copa de 2014 deverá ser realizada na América do Sul. Assim sendo, até mesmo quem acredita que não temos estrutura alguma há de convir que somos os menos piores dentro do nosso continente. Competindo com Paraguai, Equador, Bolívia..., fica fácil entender a preferência pelas terras tupiniquins.

Realmente esse evento pode trazer muitos benefícios. O Brasil ganharia projeção internacional de modo diferente, com maior divulgação da nossa cultura e das belezas naturais. Pessoas do mundo inteiro viriam gastar suas economias, e não apenas durante os jogos. O interesse e a curiosidade estariam garantidos para visitas futuras. A auto-estima do povo chegaria aos céus com a possibilidade de oferecer sua casa para a celebração máxima do futebol, alegria nacional. Seria ótimo mesmo participar tão ativamente desta festa.

Porém, fica uma dúvida. Desconsiderando questões óbvias sobre a falta de estrutura, resta uma preocupação com o comportamento dos brasileiros. É difícil imaginar que podemos assistir pacificamente a uma partida entre Brasil e Argentina (utilizando o exemplo mais dramático) acompanhados de outros torcedores. Impossível crer que podemos aceitar uma derrota estando ao lado de nossos "amigos" argentinos. Reconheço nossa personalidade hospitaleira, mas não concebo a idéia de que estamos preparados para viver o clima de Copa do Mundo.

Deposito minha esperança no tempo. Temos até 2014 para aprender a respeitar as torcidas adversárias e deixar de lado o medo de freqüentar os estádios. Dizem por aí que esse é o país do futebol e da festa. Seria perfeito se fosse também um lugar de paz.

"Saracuteando"

Paulo Monteiro

“A Raposa, as uvas, o Galo e o Jacaré”.

Nada melhor do que relembrar a infância, épocas em que nossa vida era permeada de fábulas e contos de fadas. Um destes contos infantis me veio à cabeça na noite de quarta-feira. A Raposa estava em seus domínios, no Reino do Uaí. O palco para o show estava montado, um bom número de pagantes presenciava o que era para ser o baile sobre os Amarelões do Distrito Federal. Amplo favorito, tal animal, que por ter se acostumado a ser o único representante das florestas mineiras na cúpula nacional (Série A), entrara em campo de coroa e cedro nas mãos, se achando garantido nas quartas-de-final da Copa do Brasil. De nariz em pé e olhando para o céu à procura do Galo, a Raposa se preocupava em convencer o galinho juiz-forano a soltar a “uva”, e agaranhar de vez a vaga na final do Campeonato Mineiro. O Carijó, que mostrou suas garras sábado passado, mantém boas chances de classificação, e parece incorruptível a abrir mão de tão importante façanha.

Disperso do jogo, a Raposa foi surpreendida, sofrendo um golpe logo aos seus minutos. Assustada, se perdeu em seus próprios domínios e não conseguiu reagir. Como uma Raposa poderia ser derrotada por um simples jacaré do Distrito Federal? A resposta é obvia: soberba. O velho discurso de respeito ao adversário ficou apenas na oratória, e a competência do Brasiliense venceu a prepotência Cruzeirense. Se na fábula original o corvo perde a uva por falar de mais, nesta quarta, a raposa olhou tanto para o céu, que viu estrelas brasilienses por ter ficado com o galo na cabeça.

Agora o time celeste precisa vencer em Brasília para não deixar o conto de fadas se transformar em pesadelo. Importante salientar que o último time a enfrentar uma equipe da capital nacional, também não deu muita atenção ao confronto, só pensava no milésimo gol de um certo baixinho. Resultado: foi eliminado e entrou de férias forçadas. Se cuida Raposa, e lembre-se que antes da revanche contra o Jacaré ainda se tem o Tupi pela frente. O palco será o mesmo, só falta definir que fábula será contada para as futuras gerações de torcedores.

▪Ainda se tratando do mundo animal, importante ressalvar o ótimo resultado do Galo da capital contra o Avaí. O Atlético Mineiro venceu o Leão catarinense por 2 a 0 em pleno estádio da Ressacada. Ressaca vai ficar o torcedor catarinense após afogar as mágoas de desastrosa derrota, e da provável eliminação. Galo praticamente classificado para as quartas de final da Copa do Brasil. Já o Tigrão do Vale do Aço não passou de um empate com o Sport Recife (Leão do Bonfim) em pleno Ipatingão. Agora a decisão fica para o jogo de volta, na Ilha do Retiro.

▪ Não poderia deixar de admirar o fantástico gol marcado pelo meia argentino Messi, na vitória do Barcelona sobre o fraco Getafe. O gol foi belíssimo, obra-prima, mas nem por isso podemos comparar o jovem jogador do Barcelona com o maior craque que vi jogar: “Don Diego Maradona” (infelizmente não tive a felicidade de assistir a Garrincha e Pelé). Maradona era rápido, habilidoso, versátil, um craque no sentido mais literal da palavra. Uma pena que com a mesma velocidade que construiu sua meteórica carreira, ele a pós a pó e a cheirou em uma ou duas carreirinhas. Força Maradona!

Favoritíssimo!

Jonas Mendonça

O Cruzeiro já era o grande favorito para o jogo de logo mais contra o Tupi por algumas circunstâncias óbvias: é o time grande, joga em casa, tem melhor elenco e precisa apenas de um empate. Agora, com a turbulência ocorrida no Galo Carijó pouco tempo antes de o time embarcar para Belo Horizonte, o favoritismo cruzeirense só aumenta. Quatro jogadores (Chicão, Cézar, Samuel e Juninho) não quiseram seguir viagem sem antes receber o prêmio pela passagem à semifinal do Mineiro. Tiveram seus contratos rescindidos.

Amadorismo da diretoria + Grupo desunido = Eliminação da competição. Abre o olho Tupi!

Mas futebol não é ciência exata! Mesmo com tudo a seu favor, o Cruzeiro não pode jogar hoje aquele futebolzinho que jogou contra o Brasiliense no meio da semana. Abre o olho Cruzeiro!

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Tudo que sobe desce! Inter e São Paulo há algum tempo são os bam-bam-bans do futebol brasileiro. Libertadores, Campeonato Mundial, excelentes campanhas no Brasileirão. Tudo isso faz parte de seus currículos. Parece que chegou a hora de descer! Eliminação precoce da Libertadores de um, vexame no Paulistão de outro. Nada que impeça uma nova subida. Pelo menos as diretorias estão mantendo o planejamento. Nada de demissões por enquanto.

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A rivalidade Rio x São Paulo teve mais um capítulo ontem. Desta vez foi no último jogo da final da Superliga Feminina de Vôlei, entre Rexona/Rio de Janeiro e Finasa/Osasco. Deu Rio! É impressionante a garra que Bernardinho consegue transmitir para suas atletas. No set desempate, o famoso tie-break, o Rio de Janeiro perdia por 5 a 0 e conseguiu um 15 a 11. Quem está feliz com tudo isso é José Roberto Guimarães. O técnico da Seleção Feminina pode contar com as atletas das duas equipes.

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Bastidores do Resumo Esportivo... O então apresentador do dia chama as notícias de um clube (agora não me lembro qual clube), e nosso operador do dia ao tentar ativar um dos microfones da imensa mesa de operações, tira a rádio do ar. Calouro!

Para acompanhar o Resumo Esportivo, sintonize em Juiz de Fora 104,9 FM, e em todo o mundo acesse www.radio.ufjf.br

Frase da semana: "Podem gritar o nome que for. Só digo que eu não boto a mão na cara, na hora da decisão, nem abandono o jogo antes do apito final." (Joel Santana, após o empate do Fluminense com o Bahia, quando a torcida gritava o nome de Renato Gaúcho).

sexta-feira, 20 de abril de 2007

O que marcou e o que vai marcar

Monique Soares

No domingo próximo será a vez do Botafogo decidir a final da Taça Rio. Os torcedores vão fazer de tudo para lotar o Maracanã e acompanhar o grande momento. Eles só não podem esquecer que enfrentar o Cabofriense não significa entrar sem humildade. Muito time grande já cansou de frustrar torcedor por aí, só por causa do famigerado clima de "já ganhou". Vamos devagar...

Quem surpreendentemente está "torcendo" pelos alvinegros são os flamenguistas. A justificativa é simples: "Final de Campenato Carioca só tem graça se for clássico."

Falando no Flamengo, os jogadores não se conformam com as vaias que receberam na quarta-feira. Isso porque o time que vem se dedicando ao máximo para a competição, fez apenas um gol contra o Real Potosí e teve 3 chances perdidas. A falta de mira está irritando a torcida, enquanto os jogadores dizem que o que importa é que a equipe mostrou poder de criação. Vamos ver se a equipe vai "criar" o troféu da Libertadores.

Ontem, quinta-feira, o Fluminense em patou em 1 a 1 com a Bahia no Maracanã, decepcionando 10 mil tricolores que não param de reclamar do Joel Santana. Para eles o time é bom, mas merecia um técnico melhor. Com a situação na Copa do Brasil um tanto quanto complicada, a solução encontrada por Branco é a contratação, ou melhor, "recontratação" de Felipe. Segundo o coordenador de futebol do Fluminense, o fato dele ter tido alguns problemas no clube em 2005 não vai influenciar em nada. Acho que a torcida vai ter que aguardar um pouco a troca de técnico.

A pérola da semana foi a notícia que Thierry Henry adora cantar o hino do Vasco nas concentrações de sua equipe. Eurico Miranda gostou tanto que mandou entregar ao jogador um kit com produtos do time, incluindo um CD. Não me estranharia se daqui a pouco a torcida começasse a cantar “ôôô...Henry é melhor que Eto'o...”.

A imagem mais marcante foi o gol do argentino Messi, pelo Barcelona. O atacante saiu um pouco antes do meio-de-campo, ultrapassou 4 jogadores, driblou o goleiro e marcou. Fez muitos lembrarem de uma jogada antológica de Maradona na Copa de 86.

E depois de um fim de semana de finais, com o Campeonato Mineiro e a Taça Rio, ainda vem a semi-final da Liga dos Campeões Manchester, Milan, Chelsea e Liverpool, nos dias 24 e 25. Tudo pode acontecer. Só se pode garantir que não faltarão gols e é claro, belíssimas jogadas.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Cuidado! Eles estão soltos por aì.

Felipe Muniz
Barbárie. Essa é a palavra certa para definir a ação das torcidas organizadas no Brasil. Não se acha uma notícia exaltando o papel dessas dentro e fora dos estádios. Houve um tempo em que as torcidas organizadas eram conhecidas pelo espetáculo que proporcionavam a todos que assistiam aos jogos, eram aquelas que puxavam a massa para empurrar o seu time, faziam gestos com as mãos, puxavam a “ola”, cantavam os hinos de seus respectivos clubes.
Hoje o que assistimos é que esse tipo de organização, feita para o bem do futebol, foi deixada de lado e os “torcedores” se organizam em facções que vão ao estádio para provocarem a torcida adversária e, pasmem, as torcidas também do seu próprio clube.
No ultimo sábado, no Estádio Radialista Mário Heleno, a torcida Máfia Azul, do Cruzeiro, veio para Juiz de Fora, assistiu ao jogo e no final da partida, não satisfeita, atacou famílias que voltavam para suas casas com toda tranqüilidade, depredaram alguns carros no estacionamento além de brigarem entre si. Motivo, nenhum, só pra registrar que estiveram aqui, pois nenhuma punição a estes marginais foi feita.
Impunidade, pode ser outra palavra sempre vinculada a esses criminosos, pois eles cometem esses delitos na certeza de que nenhuma medida vai ser tomada e sempre voltam para assombrar. O ultimo caso foi, só para ilustrar, a ação dos vândalos nos estádios. Casos bem mais graves aparecem de Norte a Sul do país, causando mortes, deixando vários feridos e afastando o verdadeiro torcedor do estádio. E infelizmente as medidas tomadas não causam grande efeito. Já houve intervenção do Ministério Público várias vezes e tais decisões funcionam no início, mas os próprios fiscais relaxam e tudo volta ao normal.
Isso acontece só no nosso país? Não! Na Grécia, recentemente, o governo proibiu nada menos que 270 torcidas organizadas de entrarem nos estádios. Na Itália, após a morte de um policial na Sicília, houve paralisação do campeonato, sem contar os hooligans, eternos rivais do futebol, na Inglaterra.
Usando a internet como apoio, as “organizadas” estão marcando brigas antes e após os jogos por toda a cidade o que dificulta o trabalho da polícia e que vem causando temor para o torcedor comum, que sai de casa com a vontade de curtir o espetáculo. Mesmo com tantos pontos citados contra esse tipo de organização, é sabido que as torcidas organizadas entram nos estádios por meio de ingressos cedidos pelos clubes e que quando dirigentes querem pressionar um técnico ou algum jogador permitem a entrada delas nos treinamentos. Absurdo!
È cada dia mais incomum ver famílias indo aos jogos, pois essas ações criminosas afastam as pessoas de bem do futebol. Medidas radicais têm de ser tomadas, esse tipo de coisa só estraga o que mais de bonito tem no futebol.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Fala, Juca Kfouri!

Renan Caixeiro

Coloco no ar hoje uma entrevista exclusiva com o Jornalista/Sociólogo Juca Kfouri, lendário membro da imprensa esportiva brasileira.

Kfouri, 57 anos, é formado em Ciências Sociais pela USP. Com 27 anos de profissão, é jornalista esportivo da ESPN (Brasil e International), da Rádio CBN, e do portal UOL, onde mantém um dos blogs mais visitados do país.

Gostaria de agradecer a Rafael Grohmann, futuro Jornalista/Sociólogo, por ter cedido a entrevista.

Juca fala sobre futebol, rádio, TV, blogs e suas experiências no jornalismo esportivo. Diz que das opções atuais, a Rede Globo é a 'menos pior' e que os Estaduais são 'desimportantes', tanto para ele quanto para os torcedores. Critica as mesas redondas e exalta os blogs.

Por Rafael Grohmann

Quem é José Carlos do Amaral Kfouri, para você?

Um cara que não perde a capacidade de se indignar.

Se não fosse o convite para trabalhar no Departamento de Documentação da Editora Abril, quando tinha 20 anos, quais seriam os seus rumos profissionais? Já tinha em mente alguma tese para seguir a vida acadêmica?

Eu seria professor universitário e teria escrito uma tese para demonstrar que futebol não é alienante, ao contrário.

Qual a pior pessoa que você já conviveu no futebol? E a melhor?

As piores são tantas que não caberia aqui. As melhores, além de alguns companheiros de imprensa, são o Sócrates e o Tostão.

O que falta ao Brasil para poder organizar uma Copa do Mundo decente?

Tomar consciência de que só pode fazê-la se não quiser mostrar ao mundo um país que não existe. Somos o Brasil, não a Alemanha.

A Globo, que sempre deteve o monopólio da televisão brasileira, está sendo constantemente ameaçada pela Record, da Igreja Universal. Como você analisa esse embate? É favorável ou prejudicial ao espectador brasileiro? Você acha que uma emissora de televisão, para ficar na liderança de audiência no Brasil, precisa imitar a Globo?

Entre as duas não tenho dúvida em dizer que a Globo é a opção menos pior. O dinheiro da Record não tem custo e aqueles bispos são o que são. A Globo, ao menos, é laica. Acho que há outros modelos que, se bem aplicados, poderiam concorrer com o da Globo, coisa que a Record não faz.

Como você analisa o Campeonato Paulista de 2007? Quais as surpresas positivas e negativas? O nível foi satisfatório? E a fórmula de disputa?

Acho os estaduais desimportantes, assim como os torcedores também acham, tanto que pouco os prestigiam nos estádios.

A mídia (principalmente de São Paulo), há um bom tempo, vem dizendo que o futebol carioca está falido e com times horríveis, e que o paulista é o melhor do Brasil. Analisando o início de 2007, você concorda com isso?

A imprensa séria do Rio diz o mesmo. São fatos. Tristes, mas verdadeiros. Só que a diferença de nível não é tão gritante.

Qual sua opinião sobre o fenômeno do Gol 1000?

O gol 1000 é uma idéia fixa que o Romário tem todo o direito de ter mas que não pode ser comparado ao do Pelé, que só contabilizou gols como profissional. O Baixinho já marcou mais de 900 como tal e deveria fazer sua festa em torno disso, porque é o segundo a conseguir, documentado, tal marca.

André Kfouri não considera o blog propriamente um trabalho. E você? Como você considera o blog no cenário jornalístico atual?

Considero como trabalho e muito trabalho. Ele e eu temos uma relação diferente com o blog, que vejo como uma ferramenta inevitável hoje em dia, com os prós da rapidez e os contras por conta da leviandade que permite.

Bate-Bola

- Um livro- Memórias do Cárcere

- Um jogador- Pelé

- Um time - Corinthians

- Milton Neves -

- Sociologia do Futebol - Uma ferramenta

- Cursos de Jornalismo no Brasil - Como tudo, altos e baixos

- Programas de debate de futebol no domingo na televisão brasileira - Atentado à inteligência na TV aberta

Semana que vem eu volto. Abraços!

Tiago Domingos

NO GOL OU PRA FORA DO ESTÁDIO...

A cada quarta-feira, três chutes sobre jogos do meio da semana.

1) Flamengo x Real Potosí: Sem altitude, sem jogadores de qualidade, sem expressão nem no futebol sul-americano. Esse é o time boliviano. Em busca da liderança, em boa fase na Libertadores e jogando em casa. Esse é o time brasileiro. Brasil x Bolívia?!? Num precisa nem explicar: 3 x 0 Mengão. E Souza, o GRANDE camisa 9, faz um de cabeça.

2) Alianza Lima x São Paulo: Já que acusam os são-paulinos de dizerem que o tricolor só perde por acidente, hoje vai um olhar diferente: Se o São Paulo perder não será um acidente, mas uma tragédia de proporções monstruosas. O time paulista, vencendo, assume a liderança do grupo e decide a vaga em casa. O time peruano desistiu do torneio na segunda rodada e é o saco de pancadas do grupo. Tricolor 4 x 1 e bom Aloísio desencanta.

3) Cruzeiro x Brasiliense: Não é o melhor confronto da Copa do Brasil, mas tem time mineiro. A Raposa conta com a boa fase da sua dupla de ataque, que é, por sinal, invejável: o ousado Guilherme e o craque Araújo. Mas é bom o time celeste tomar cuidado que vai enfrentar um ataque com Dimba e Warley. Mas como o jogo é no Mineirão, cravo 2 x 1 pro Cruzeiro.

***

CONTANDO, NINGUÉM ACREDITA...

A cada quarta-feira, histórias "verídicas".

O pênalti é um dos momentos de mais tensão numa partida. Que o diga o Tupi, que não acerta uma cobrança da marca da cal desde de outubro do ano passado. O bom cobrador tem que ser inteligente, preciso e ter sangue-frio para assinalar o tento para sua equipe. Aliás, é uma baboseira falar que decisão nos pênaltis é loteria. Enfim, como em qualquer infração, ela não necessariamente precisa ser cobrada direta. E foi o que aconteceu no futebol dinamarquês, na semana passada. Na partida entre Brondby e Vejle, válida pela 21ª rodada do campeonato local, o atacante Ericsson, do Brondby, ajeitou a bola para cobrança de um pênalti, correu e, em vez de chutar, tocou para o meia Duncan fazer o terceiro gol do Brondby na partida.

Veja o lance

Mas não é a primeira vez que isso acontece. Em 1982, o eterno craque Johan Cruyff, na época atuando pelo Ajax, marcou da mesma maneira contra o Helmond Sports.

Veja a cobrança

Mas nem sempre isso deu certo. Pires, do Arsenal, tentou em 2005, mas...

Veja a lambança

***

ESPAÇO ABERTO

A maré ia virar pro Felipe Massa. Eu avisei. Bicho sabão esse, rs

Lambança à mineira

Thamara Gomes

Começaram, neste fim de semana, as semifinais do Campeonato Mineiro. Tupi e Cruzeiro fizeram a primeira partida em Juiz de Fora, e agora fazem a segunda em Belo Horizonte. Já Democrata e Atlético jogaram primeiro no Mineirão, e fazem a partida decisiva...também no Mineirão.

A Federação Mineira de Futebol não autorizou que o primeiro embate entre as duas equipes se realizasse no campo do Democrata, alegando que o estádio José Mammoud Abbas não comporta a capacidade mínima de torcedores exigida pela federação, 15 mil pessoas. Instalada a confusão no futebol mineiro!

A diretoria cruzeirense, que nada tem a ver com a história, mostrou-se revoltada com o acontecido, e chegou a entrar com recurso no Tribunal de Justiça Desportiva pedindo o adiamento da partida ou, até mesmo, a paralisação do campeonato, tudo por causa da parceria existente entre Atlético e Democrata(nos mesmos moldes em que tiveram Cruzeiro e Ipatinga há pouco tempo). Mas de nada adiantou!

Não é difícil compreender a decisão do clube de Valadares, é apenas uma questão econômica. A renda, que é ,em parte, destinada ao clube mandante, é bem maior no Mineirão do que, por exemplo, no Ipatingão, que fica à 100 km de Governador Valadares. Portanto nada de julgar a decisão da Pantera.

E quanto aos resultados, claro, que é o que realmente interessa no futebol, tudo se encaminha mesmo para uma decisão entre os times da capital. Tupi e Cruzeiro ficaram no 0 a 0, e agora qualquer empate leva o time celeste à decisão. Já o Atlético bateu o Democrata por 2 a 1, e sábado que vem o alvinegro valadarense precisa vencer o Galo por, pelo menos, dois gols de diferença para impedir que o alvinegro da capital chegue à final.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Quem vai ficar com a taça??

Henrique Fernandes

Tenho observado com muito gosto, o desenrolar do maior campeonato do mundo, a Liga dos Campeões da Europa, e se no futebol não há lógica, na Liga menos ainda. Ingleses, ex-adeptos do futebol se-segura-que-lá-vai-balão, importaram técnicos e craques e são os "donos" das semifinais. O mais intrigante é que merecem estar onde estão.

O Manchester United é melhor time da Europa, pra mim, campeão absoluto desta Liga e provavelmente também da Premier League. Sir Alex Ferguson, o maior de todos os que vi por tudo o que fez, diz às claras que este é o melhor time do Manchester que já comandou. Para não deixar dúvidas, os Red Devils sapecaram logo sete (!!!) a um no acertadinho time da Roma, que só não briga pelo título Italiano porque a Internazionale está irrepreensível. É impossível não apostar em um time que tem um Cristiano Ronaldo tão inspirado, e que parece ter enfim encontrado o equilíbrio perfeito entre a juventude (Rio Ferdinand, Patrice Evrá, Wayne Rooney) e a experiência (Ryan Giggs, Paul Scholes, Edwin Van der Sar).

O Chelsea, vem logo atrás. Tem em seu comando, um estrategista, um gênio, que não consigo odiar mesmo ele possuindo um dos piores defeitos que se pode ter no futebol: a arrogância. Os Blues tem time, tem técnico, e o velho Mourinho conhece muito bem o caminho para se conquistar a Europa. O único problema é que no caminho terão pela frente o Liverpool, algoz da traumática eliminação da temporada 04-05, quando o esquadrão de José Mourinho era ainda melhor que este. Que brilhe a estrela de Scheva, reencontrando o velho futebol.

O Liverpool para mim é um fenômeno, e este fenômeno tem nome: Rafa Benítez. Multi-campeão quando atuante na Espanha, migrou para o futebol Inglês e com todos os méritos assumiu um time glorioso, mas carente de títulos. Já ganhou a Champions League, e apesar de ter dinheiro, não investe em contratações e teima - simplesmente por política sua - em contratar nomes de reputação duvidosa como Fábio Aurélio, Jermaine Pennant, Pepe Reina e Alvaro Arbeloa e o mais impressionante é que dá certo. Com o talento inegável de Steven Gerrard, a segurança do capitão da seleção inglesa Jamie Carragher e a confiança de Peter Crouch, não é impossível acreditar no título dos Reds.

Fechando os semifiinalistas, a maior de todas as surpresas. Ameaçado de nem disputar a Liga depois do "Calcio Caos", o AC Milan baseou-se em sua enorme tradição para avançar. Na primeira fase, um grupo facílimo ajudou o time rossonero a seguir adiante, mas não sem antes perder para AEK Atenas e Lille, sendo a segunda derrota dentro do San Siro. Passou com dificuldade do retrancado Glasgow Celtic nas oitavas, e chegou as semi depois de surpreender o Bayern Munique, em pleno Allianz Arena. É bem verdade que o time melhorou com a chegada de Ronaldo, mas é fato que o fenômeno não atua na Champions League, deixando o time do medíocre Carlo Ancelotti refém dos gols espíritas de "Pippo" Inzaghi e da péssima fase eterna de Alberto Gilardino. Que a estrela de Kaká brilhe e conduza o time Milanês ao título. É o que esperam os "tifosi rossoneri".

Será que valeu?

Bruno Guedes

Dentro da área jamais vi igual. Faro de gol, carisma, raça. Atributos encontrados em pouquíssimos atacantes da atual geração. Atleta daqueles que daqui algumas décadas relembraremos a nossos filhos e netos. Contudo, a importância de Romário aos clubes cariocas, desde seu retorno, após a Copa de 1994, é discutível.

Peça fundamental ao Barcelona de Johann Cruiyff, ao lado de Zubizarreta, Koeman e Stoichkov, o Baixinho largou um dos melhores times do mundo, à época, para atuar no Flamengo, no princípio de 95. Não porque as praias e as mulheres cariocas são mais interessantes que quaisquer outras, não porque o futevôlei catalão era de baixo nível, nem mesmo por um ato ideológico de alavancar os clubes do futebol tetracampeão do mundo. Romário trocou o azul-grená pelo preto e vermelho em troca de um polpudo salário, que faria qualquer atleta nos dias de hoje pensar bem antes de trocar o Brasil por Rússia, Catar, Japão e outros.

Para garantir a contratação do melhor jogador de futebol no mundo, em atividade, um conglemerado de empresas se reuniria para pagar o seu salário. O presidente do Fla, Kléber Leite, queria iniciar ali uma era de títulos e de expansão da marca do clube em todo o planeta. Os novos companheiros de Romário, invejavam seu contra-cheque, enquanto junto a outros funcionários não viam cor de seus salários.

Saldo no rubro-negro da Gávea: títulos Estaduais em 96 e 99 e a Mercosul de 99. Jogando pelo Flamengo o Baixinho nunca conseguiu marca melhor do que o 11º lugar no Brasileirão. O clube também não se classificou para Libertadores com o camisa 11 mais famoso do planeta no ataque. Por outro lado, sobraram dívidas, mais de dez milhões de dólares, que são pagos até hoje, quase uma sete anos depois da sua última passagem pelo ataque flamenguista.

Depois de idas e vindas do Flamengo para o exterior, em janeiro de 2000, Romário volta ao clube no qual estreou profissionalmente, o Vasco. Sua passagem deixou muitas marcas e alguns títulos a mais. Logo de cara, atrito com Edmundo, o maior ídolo da torcida cruzmaltina. Em reportagem da revista Placar, se verificou que juntos, os dois atacantes recebiam oitocentos mil reais por mês. Salários de padrão europeu, que obviamente o clube de São Januário não conseguiu arcar, afinal de contas, sua arrecadação não chega aos pés de equipes medianas do Velho Continente. No Vasco, Romário foi pela primeira vez campeão e artilheiro do Brasileirão, em 2000. Venceu também a Mercosul do mesmo ano. Em contrapartida, Romário também acumulou divídas a receber. Tornou-se um sócio do Vasco. Vai e vem quando quer, e mais recentemente, ao lado de Eurico Miranda, tornou o clube refém do projeto Gol 1.000.

Outro grande do Rio a vestir a ter Romário vestindo a sua camisa foi o Fluminense. Em pouco mais de dois anos, alguns gols e nenhum título. Com salário pago integralmente pelo patrocinador do clube, eram normais as reclamações do resto do time acerca dos privilégios do Baixinho. Apesar de não dever nada ao atacante, nada acrescentou a história centenária do Flu a passagem de Romário pelas Laranjeiras.

Consagrado eternamente por suas atuações e gols na Copa dos Estados Unidos, sua vinda para o Brasil sacudiu o mercado do futebol nacional. Porém, deu a falsa impressão que os amadores clubes dessas terras, poderiam desembolsar fortunas para pagar grandes craques do futebol mundial.

Craque marcado para sempre entre os maiores de todos os tempos, Romário vai encerrando a carreira sem ter deixado nenhuma contribuição aos clubes brasileiros. Nada, absolutamente nada ganharam os clubes que nele investiram. Enquanto ele, bem, continuará recebendo até 2015, no mínimo, quase quinhentos mil reais, pagos Vasco e Flamengo mensalmente.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Dá-lhe Massa!!!

Paulo Lopes

Espetacular - foi o melhor adjetivo que eu achei para definir a corrida de Felipe Massa na prova do final de semana pela F1. Depois de dois resultados que deixaram em dúvida a capacidade do brasileiro, ele mostrou a que veio e foi um show a parte nas curvas do Bahrein.

Assim como nas duas primeiras provas do ano, Felipe Massa dominou os treinos livres (o que fez todos acharem que ele era o grande favorito ao título esse ano) e partiu confiante na corrida. Mas dessa vez foi diferente, teve uma boa largada, mesmo com o carro mais pesado que Hamilton conseguiu se manter a frente e depois da primeira parada foi só guiar o carro até a linha de chegada para levantar o seu primeiro troféu do ano.

Massa tinha que ganhar de qualquer jeito essa corrida no Bahrein, porque os seus adversários não podiam se distanciar muito e principalmente para a Ferrari não escolher o filândes Raikkonen como o primeiro piloto. A Ferrari já deu mostras que não tem 1º e 2º piloto, mas seria bem provável que se o finlândes vencesse a corrida e o brasileiro não conseguisse um bom resultado na prova como ocorreu nas duas primeiras seria muito complicado para o Felipe Massa não ficar secundário na escuderia italiana.

Com essa vitória do Massa, e com a 5ª posição de Fernando Alonso o Campeonato se embolou todo e ficou mais claro ainda que qualquer um dos quatro - Felipe Massa, Kimi Raikkonen, Fernando Alonso e Lewis Hamilton - pode se sagrar campeão. Fazia tempo na F1 que eu não via um ano com tantos pilotos bons e com quatro brigando pelo título.

Vale também um comentário sobre o novato inglês Lewis Hamilton. É muito cedo pra o enaltecer grandiosamente ou ainda menos o comparar com Schumacher, como alguns já o fazem. Mas que ele promete ser um excelente piloto e tem jeito e atitude para ganhar título isso tem. A prova disso é que ele tem deixado o bicampeão Fernando Alonso para trás e já computa os mesmo 22 pontos que o espanhol, mesmo a Mclaren o colocando como segundo piloto.

···

Uma bola dentro e outra fora.

Os grandes Vasco e Corinthians não demoraram muito para colocar gente no comando dos times. Para mim houve uma bola fora e uma dentro. A bola fora não poderia ser de outro senão o Vasco (mas ultimamente Vasco e Corinthians estão disputando quem dá mais bola fora, e o jogo está acirrado) que não contente em cogitar nomes como Antônio Lopes e PC Gusmão foi e contratou um técnico campeão, mas calma, campeão em ser chamado de burro pela torcida. O nome dele: Celso Roth, que tem no currículo quatro títulos, os principais foram dois Campeonatos Gaúcho em 97 e 99.

Já o Corinthians pelo menos dessa vez acertou. Trouxe Paulo César Carpegiani, um técnico que não tem muitos títulos mas tem grandes feitos no futebol. Foi campeão da Libertadores e Mundial pelo Flamengo em 81 e também levou o Paraguai até as Oitavas-de-Final da Copa do Mundo da França em 98 (perdendo o jogo épico para a França no Gol de Ouro). Quando dirigiu o São Paulo tabém fez um belo trabalho mas não ganhou títulos. Só vejo dois problemas para o trabalho de Carpegiani no Timão: que ele não treinava um time brasileiro há cinco anos e outro ainda mais grave, de que no Corinthians tudo tem dado errado
.

Poderia ser, mas não foi!

João Luiz Freitas

O folclore do futebol gira em torno de muitas possibilidades que certamente mudariam o curso da história do esporte bretão pelo mundo. Em cada canto, os amantes, torcedores e até mesmo os simpatizantes, lamentam ou agraciam situações que sequer aconteceram.

O esporte pagão é uma ciência inexata recheada de hipóteses que, se ocorressem de fato, não teriam tanta graça quanto a suposição delas terem sido realidade. O que seria do futebol sem o gol mil de Pelé, ou pelo menos se Romário não insistisse em tentar alcançar a marca? Sem culpar o Rei, mas o Baixinho não precisaria ser derrotado pelas dores da exaustão. Da mesma forma, o zagueiro do Bahia poderia deixar a bola entrar no jogo na Fonte Nova.

E se Maradona não fosse pego pelo dopping em 94, tudo seria diferente, pelo menos para os hermanitos. Nem era preciso citar a mão de Deus, mas o próprio Criador quis assim. Afirmação que vale tanto para o estilo revoltado do craque argentino, quanto para a audácia do juiz egípcio em validar o gol.

Ah, como não esquecer. Roberto Baggio, artilheiro que foi capaz de cometer o único pecado capital de sua carreira na final de uma Copa do Mundo: perder o pênalti.

Craques por si só cometem equívocos, e o de Ronaldo foi jogar a final contra a França após sofrer uma convulsão. Pressões do contrato com o patrocinador que custaram caro a Seleção Canarinho. Será que o mundo conheceria Zidane se a história fosse outra ? Provavelmente sim, mas não com tanta idolatria.

Mesmo uma equipe tetracampeã comete equívocos. O Brasil seria outro caso Parreira não fosse técnico em 2006, ou pelo menos se a imprensa não insistisse no quadrado mágico? Ainda nesse mesmo tempo, Canavarro não receberia a Bola de Ouro se Materazzi não fosse mais brilhante. Zidane poderia ter uma retirada triunfal não fosse pela cabeçada no zagueiro italiano? A Itália fez por onde, mas a França clamou por Zizu no final daquela partida.

Só para concluir, se a máxima da tradição pesasse diante de jogos decisivos, o Campeonato Carioca e o Paulista paravam nas semifinais. O Gaúcho e o Mineiro teriam a mesma final todos os anos. E o Baiano, ah, esse terminava empatado, com tanto patuá junto não teria defesa que fosse superada.

Como se vê, o futebol apresenta fenômenos que nem Freud, Peirce ou Eistein seriam capazes de explicar. Afinal, ele é um esporte
para leigos.

domingo, 15 de abril de 2007

"Saracuteando"

Paulo Monteiro
Saracotear: menear com desenvoltura, andar de um lado para o outro. Nada melhor que nos ensolarados ou chuvosos dias de domingo, saracotear sobre as curiosidades, as bizarrices, as hilariantes notícias, ou simplesmente os fatos marcantes do universo esportivo.

Romário e outras Rapidinhas da Semana:

▪Trinta e três minutos de jogo, de um clássico vibrante, uma reedição da partida que tive orgulho de presenciar em 2006: Botafogo e Vasco pela taça Guanabara. Partida empatada por 2 a 2, eis que aparece Jorge Luis, e em uma reencarnação do espírito de Garrincha, só que com a camisa cruzmaltina, Jorge faz um feito inédito, dribla. Chamou os dois defensores botafoguenses de João, e nem se deu conta deles. Coisa linda de se ver, ainda mais dos pés tortos (refiro-me a sem direção) do lateral vascaíno. São Tomé se não viu não acredita, nem eu acreditaria. O jogador caminha até a linha de fundo e cruza, a bola alça vôo, o estádio se imobiliza, Romário entra livre na pequena área, aquela boa “iluminada”, um amarelo-ovo high-tech, se aproximava do Baixinho. Tudo estava perfeito, o Maracanã lotado, a bola, Romário, tudo conspirava a favor do milésimo gol. A bola encobriu Júlio César, Romário salta em direção à tão esperada marca, da um “peixinho”, e como peixe que é, morreu nas redes, sem gol mil, sem discurso pelas criancinhas. Talvez ele pensasse na hora: “Se eu fosse um centímetro maior, não tão baixinho”. A bola entrou direto para o gol.
Mas toda essa história tem um lado bom, o Vasco depois de anos sem um patrocinador na camisa, o último que me lembro era aquele quadrado laranja horroroso, da Prefeitura do Rio, conseguiu um, uma financeira especializada em empréstimos para idosos. Talvez Romário possa passar a mensagem que o idoso também pode realizar seus sonhos, comprar sua geladeira, microondas, computador, em 36 prestações e sem consulta ao SPC, filosófico isso. O fato é que o Vasco perde com um Romário sem força em campo, mas enche o bolso com os patrocínios e a cobertura midiática. Jorge Luis pensou na hora do cruzamento: “Que gol mil o que, eu quero é meu salário em dia.” Egoísmos do futebol.

▪Parabéns à torcida carijó que compareceu ao Municipal na tarde de ontem, para empurrar o Galo juiz-forano contra o Cruzeiro. Um empate que dificulta a vida do Tupi, mas que mantêm acessa a esperança de uma classificação. Força Tupi. Descoberta de grande importância: Dhaal é o compositor daquela música infeliz que toca o dia inteiro no estádio e na emissora global de Juiz de Fora. Diga não ao “Vamos lá Tupi, Vamos lá Tupi, a bola vai rolar...”.

▪ Um alerta para o Peixe. O empate do time santista com o valente Bragantino mostrou que o time da Vila não está com a bola toda. Se cuida Peixe, pois é comum a classe animal que lhe é pertencente, nadar, nadar e morrer sem oxigênio na areia da praia. Continuando a falar sobre as semifinais do Paulistão, hoje tem São Paulo e Azulão no Pacaembu, bom jogo.

Empate com sabor de derrota

Jonas Mendonça

O Tupi achou o caminho para o gol logo no início da partida, mas o gol não saiu. O lado esquerdo do Cruzeiro era o caminho da vitória do Galo Carijó. O pequeno, veloz e ineficiente Alan jogou bem ali durante os 15 primeiros minutos. Correu, recebeu passes, jogou a bola na área e não encontrou ninguém para abrir o marcador. O Cruzeiro, em vantagem com o empate, ainda levou perigo ao gol de Marcelo Cruz com belas investidas de Araújo e Guilherme. Agora ficou difícil! Se segura no Mineirão Galo!

E como joga a jovem promessa do Cruzeiro! O garoto Guilherme não poupou a zaga do Tupi. Lençol, pedalada e passes de efeito. Está confirmando as belas atuações da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Vai ser muito difícil para o Tupi a partida de volta, no Mineirão. Mas o gol feito, quero dizer, perdido por Araújo, pode fazer muita falta. Ainda não entendi porque o atacante não dominou aquela bola.

Espetáculo! A torcida lotou o Estádio Municipal. O Tupi tem uma das melhores médias de público do Campeonato Mineiro, atrás apenas de Cruzeiro e Atlético.

Imprudência! Alguns torcedores colocaram fogo em papéis que eram apenas para serem atirados em campo como parte da festa. A brincadeira de mau gosto não deu certo, claro! Bombeiros foram chamados para controlar o fogo que atingiu uma pequena parte da arquibancada.

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Eletrizante o quarto jogo da final da SuperLiga Feminina de vôlei. Sem Bernardinho, suspenso, em quadra, o Rio de Janeiro estragou a festa do Osasco ao vencer na casa do time paulista. Alguns erros bobos e uma pitada de nervosismo quase atrapalharam o time carioca. Ah se o Bernardinho estivesse em quadra! Vale lembrar que os dois times são a base da Seleção Brasileira. Altíssimo nível!

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Fim de semana perfeito para Felipe Massa! Pole, melhor volta, maior tempo na liderança durante a corrida e primeiríssimo lugar. A vitória garantiu ao brasileiro igualdade de tratamento dentro da Ferrari. Uma derrota de Massa poderia colocar Raikkonen como o queridinho da escuderia italiana. Tema da vitória neles!

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Aconteceu... Um clube do interior de Minas estava realizando uma peneira para os juniores. O técnico fez uma roda no meio-campo e perguntou aos jovens suas posições. Um, todo marrento, disse: "Jogo em todas, menos no gol!" A resposta do técnico: "Joga sentado na arquibancada então!" Merecido!

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Frase da semana: "Eu queria ficar com a bola do jogo. Eu iria guardá-la para sempre. Claro que se o Romário pedir, eu vou dar para ele. Mas espero que ele não peça." (Fábio Calábria, árbitro da partida Botafogo e Vasco, pelas semi-finais da Taça Rio).

sábado, 14 de abril de 2007

Ele vai sair desta?

Débora Nobre
Desculpem o drama. Falemos Dele...
Internado em uma clínica na capital argentina, o jogador sofre de um tipo de hepatite provocada por excesso de álcool no organismo. Muitas vezes Maradona chegou quase ao fim da linha, e em todas conseguiu se restabelecer e alongar sua vida. Na última vez, precisou de uma cirurgia de emergência para garantir sua sobrevivência. Depois de reduzir o estômago, é fácil entender porque ele está adoentado no momento. Basta ver as imagens veiculadas diariamente pela mídia para constatar o excesso de peso de Maradona. Juntou a fome com a vontade de beber, deu no que deu.
Agora todos esperam o fim de mais uma novela “hospitalar”. Aqui no Brasil, oriundo da rixa entre nós e os argentinos, muitos já nem querem saber o que se passa na vida do jogador. Tirando aqueles que prefeririam que ele nem tivesse existido (futebolisticamente falando), sobra quem acredita que ele foi “anos luz” pior do que Pelé mais aqueles que sarcasticamente o querem ver a sete palmos. Na Argentina, Maradona já tem seus altares. Considerado deus, é venerado nos quatro cantos do país. E nem pensemos em discutir quem sai na frente pelo lugar de melhor jogador de todos os tempos. Aliás, esse texto não pretende isso...
A intenção é questionar: qual será o fim dele? Como jogador, podemos contestar à vontade sua qualidade. Para seus compatriotas a dúvida é irrelevante: o mundo não deve mesmo saber de nada. O problema é adivinhar qual será seu fim como pessoa. Além de imaginar como ele passará "desta para a melhor" (afinal, todos estamos fadados a isso), vale imaginar o que ele deixa como exemplo para os milhares de seguidores. Inquestionável é saber se quem quiser levar uma vida desregrada (própria até de muitos jogadores veteranos), pode começar a estudar a vida de Maradona. Poucos souberam gozar dos prazeres e perigos deste mundo. Mas antes de começar a seguir seus passos, esperemos para saber se essa história vai ou não ter um final feliz.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Semana de gols

Monique Soares

Estamos chegando ao final da semana mas o que os gramados mostraram até agora já foi o bastante para muitos corações baterem quase que descompassados. Não pela habilidade e belas jogadas, mas sim pela quantidade de vezes que a rede balançou.

Só o Manchester United perseguiu a meta como ninguém e encaixou nada menos que sete gols. A Roma, que no jogo de ida venceu por 2 a 1, foi barrada pela brilhante atuação dos Diabos Vermelhos que jogaram em casa essa semana. Cristiano Ronaldo foi destaque mais uma vez e marcou dois gols. O português está sendo chamado pelos lusos de "Orgulho Nacional". As especulações sobre sua ida ao Real Madrid cresceram. Será que ele irá integrar a equipe dos tradicionalmente galácticos ou irá renovar com o Manchester? A Liga dos Campeões, cada vez mais imperdível, também exibiu essa semana a derrota do Bayern de Munique para o Milan por 2 a 0. A semi-final agora contém apenas um time italiano entre três times ingleses. Para quem gosta de futebol com velocidade e muitas finalizações, vale a pena acompanhar os campeonatos europeus. E sábado e domingo tem mais por aí...

Mas, falando do futebol de habilidades, o Campeonato Carioca deu o que falar. Aliás, habilidade é um aspecto que não foi tão explorado quanto se imaginava no clássico de quarta-feira. A zaga do Botafogo deixou a desejar em diversos momentos. Um time, na minha opinião, com qualidade técnica superior a do Vasco não precisava ter levado a partida para os pênaltis. Contou com a sorte do seu goleiro e o erro do batedor vascaíno para chegar a final. Fora o Romário que se esticou ao máximo para alcançar aquela bola e terminar logo com essa novela mexicana chamada "Gol Mil". Agora estão até falando que ele quer ir tentar fazê-lo com a camisa do Flamengo, no Maracanã, durante a Libertadores. Está mais do que na hora de alguém pôr um limite nisso. E domingo tem final da Taça-Rio.

Amanhã o Tupi receberá o Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro. Vamos acompanhar a Raposa na sua caça o Galo Carijó. Muitos apostam numa final de campeonato bem clássica...

No Campeonato Paulista o Palmeiras ganhou mas não conseguiu se manter na disputa. Quero ressaltar aqui que por toda parte só se comenta da atual campanha pífia do Corínthians e se esquece da gradativa recuperação do Verdão. Se continuar assim, pode-se esperar uma bela colocação no Brasileiro.

Acrescentando a um fim de semana de Campeonatos Carioca, Mineiro, Paulista e Inglês, temos ainda um espetáculo de futebol argentino: Boca Juniors X River Plate. O La Bombonera com certeza vai tremer mais uma vez, e Diego Maradona que tanto queria ir assisitir, não vai poder porque teve que ser internado de novo. Esse aí é outro que não se resolve na vida. As drogas não largam dele, que chato isso.

Para os amantes de futebol, o entretenimento de sábado e domingo já está completo. E que continuem fazendo muitos gols.