terça-feira, 11 de setembro de 2007

Vamos aprender com quem sabe ensinar

Paulo Lopes
Após a perda da vaga para as Olimpíadas de Pequim, Lula Ferreira sai do comando da seleção masculina de basquete, e quase que instantaneamente começam as especulações para o novo técnico. O presidente da CBB, Gerasime Nicolas Bozikis, cogita a possibilidade de colocar um estrangeiro no cargo.

Antes de minha argumentação do porquê, um rápido parente na situação do basquete brasileiro. O Basquete aqui no Brasil já deu mostra que está chegando cada vez mais perto do fundo do poço. Brigas entre dirigentes, divisão das ligas nacionais, jogadores desentendendo com técnicos e clubes afundados em dívidas. Pelo menos restam bons jogadores, mas isso não é suficiente. Vide o fracasso no Pré-Olímpico.

Eu sou totalmente a favor de chamar um técnico estrangeiro (contanto que ele seja bom, claro). Ele não será a solução para os todos os problemas que apresentei, mas pelo menos será uma solução para a seleção brasileira. Confederações de outros esportes já mostraram que tem que aprender com quem sabe ensinar. A ginástica Olímpica brasileira não era nada antes da chegada do técnico ucraniano Oleg Ostapenko e sua delegação. O handebol vem melhorando consideravelmente depois da chegada de técnicos espanhóis. O técnico da Fabiana Murer é brasileiro, mas ela passou um período treinando com Vitaly Petrovo, treinador da recordista mundial do esporte. E Tantos outros esportes.

Não é vergonha pra ninguém chamar técnicos de outros países para a seleção ter melhor rendimento. Presidentes de confederações têm que ter humildade para reconhecer que suas seleções não estão bem e pode melhorar muito com a chegada de um estrangeiro. Afinal, o grande beneficiado será o esporte brasileiro.

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