Henrique Fernandes
Para se ganhar a Liga dos Campeões da Europa, é preciso muito mais que um grande time, um grande técnico, uma grande estrutura, uma grande torcida. É preciso ter estrela. É preciso ter sorte.
O jogo de ontem entre Liverpool x Chelsea foi mais uma prova disso. O Chelsea é mais time. Melhores jogadores, um técnico que nada deve ao treinador do adversário, torcida apaixonada que sempre apóia o time, atletas com talento e poder de decisão para vencer campeonatos. Do outro lado, a eficiência de Steven Gerrard, um time meia-boca acertadinho, a estrela de Rafa Benítez e raça, muita raça.
O Chelsea comemorou o 1 a 0 no Stamford Bridge semana passada. Cedo demais. Será que o sempre precavido e calculista José Mourinho não imaginou a força do Anfield Road? Será que não imaginou que um time "mordido" com o coração ferido e fé na classificação poderia dar a volta por cima e triunfar?
Em uma jogada ensaiada de puro talento do treinador, o Liverpool fez o que precisava. Nos penais, com a torcida à seu favor e com Pepe Reina em seu melhor dia com a camisa dos Reds, o triunfo foi prenunciado e agora o Liverpool está na final. O adversário deverá ser o Milan, freguês da temporada 04/05 em uma das melhores partidas de futebol que já tive a honra de assistir.
Raça, honra, força, fé, vermelho-sangue, vermelho-fogo, vermelho-paixão, vermelho-Liverpool, tradição, emoção, heroísmo, Anfield Road, "You will never walk alone", Rafa Benítez, Steven Gerrard... sinceramente, não vejo como o Liverpool ser derrotado nesta final. Pintou o campeão.
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