Saracotear: menear com desenvoltura, andar de um lado para o outro. Nada melhor que nos ensolarados ou chuvosos dias de domingo, saracotear sobre as curiosidades, as bizarrices, as hilariantes notícias, ou simplesmente os fatos marcantes do universo esportivo.
Romário e outras Rapidinhas da Semana:
▪Trinta e três minutos de jogo, de um clássico vibrante, uma reedição da partida que tive orgulho de presenciar em 2006: Botafogo e Vasco pela taça Guanabara. Partida empatada por 2 a 2, eis que aparece Jorge Luis, e em uma reencarnação do espírito de Garrincha, só que com a camisa cruzmaltina, Jorge faz um feito inédito, dribla. Chamou os dois defensores botafoguenses de João, e nem se deu conta deles. Coisa linda de se ver, ainda mais dos pés tortos (refiro-me a sem direção) do lateral vascaíno. São Tomé se não viu não acredita, nem eu acreditaria. O jogador caminha até a linha de fundo e cruza, a bola alça vôo, o estádio se imobiliza, Romário entra livre na pequena área, aquela boa “iluminada”, um amarelo-ovo high-tech, se aproximava do Baixinho. Tudo estava perfeito, o Maracanã lotado, a bola, Romário, tudo conspirava a favor do milésimo gol. A bola encobriu Júlio César, Romário salta em direção à tão esperada marca, da um “peixinho”, e como peixe que é, morreu nas redes, sem gol mil, sem discurso pelas criancinhas. Talvez ele pensasse na hora: “Se eu fosse um centímetro maior, não tão baixinho”. A bola entrou direto para o gol.
Mas toda essa história tem um lado bom, o Vasco depois de anos sem um patrocinador na camisa, o último que me lembro era aquele quadrado laranja horroroso, da Prefeitura do Rio, conseguiu um, uma financeira especializada em empréstimos para idosos. Talvez Romário possa passar a mensagem que o idoso também pode realizar seus sonhos, comprar sua geladeira, microondas, computador, em 36 prestações e sem consulta ao SPC, filosófico isso. O fato é que o Vasco perde com um Romário sem força em campo, mas enche o bolso com os patrocínios e a cobertura midiática. Jorge Luis pensou na hora do cruzamento: “Que gol mil o que, eu quero é meu salário em dia.” Egoísmos do futebol.
▪Parabéns à torcida carijó que compareceu ao Municipal na tarde de ontem, para empurrar o Galo juiz-forano contra o Cruzeiro. Um empate que dificulta a vida do Tupi, mas que mantêm acessa a esperança de uma classificação. Força Tupi.
Descoberta de grande importância: Dhaal é o compositor daquela música infeliz que toca o dia inteiro no estádio e na emissora global de Juiz de Fora. Diga não ao “Vamos lá Tupi, Vamos lá Tupi, a bola vai rolar...”.
▪ Um alerta para o Peixe. O empate do time santista com o valente Bragantino mostrou que o time da Vila não está com a bola toda. Se cuida Peixe, pois é comum a classe animal que lhe é pertencente, nadar, nadar e morrer sem oxigênio na areia da praia. Continuando a falar sobre as semifinais do Paulistão, hoje tem São Paulo e Azulão no Pacaembu, bom jogo.
4 comentários:
nao poderia ter iniciado melhor....
saracuteando a galera!!
O Jorge Luis é zagueiro, oq torna a cena mais surreal...
Q ainda venham muitos saracuteios aqui no blog do Resumo!
Tirando a infelicíssima comparação do inexpressivo Jorge Luís com o segundo maior de todos, o texto ficou excelente... hehehehehhee
Ri e me diverti mto, mto bom msm!!
Paulo Monteiro em um texto que tem sue Grande estilo!Seja saracuteando ou brincando com o patrocinador do vasco parabens pelo texto!
Postar um comentário