O jornalista Rogério Corrêa, narrador esportivo da TV GLOBO e da SPORTV,
esteve esta semana em Juiz de Fora. Ele fez a conferência de abertura do
evento “Comunicação, Esporte e Cultura”, realizado pelo Núcleo de Pesquisa
Comunicação, Esporte e Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Rogério Corrêa formou-se em Jornalismo pela UFJF em 1990 e é pós-graduado em
Marketing pela FGV.
Após sua palestra, onde conquistou a platéia com seu jeito mineiro de contar histórias, o jornalista respondeu algumas perguntas.
Sobre a presença das mulheres no jornalismo esportivo, ele acredita que ainda existe preconceito, conseqüência de pensamentos retrógrados. Em contrapartida, “hoje as mulheres já têm espaço garantido nas editorias de esporte, além de atuarem em outras áreas, como bandeirinhas, advogadas conceituadas de causas esportivas e até presidentes de clubes de futebol”.
Rogério concedeu também uma entrevista para a Equipe Resumo Esportivo.
Qual sua expectativa para o Brasil caso ele seja sede para a Copa do Mundo de 2014?
A expectativa é a melhor possível, porque o Brasil tem todas as chances de sediar uma Copa do Mundo. É claro que vamos ter que adequar nossos estádios às exigências da FIFA, e isso vai ser fundamental para o desenvolvimento e modernização do nosso principal esporte, que é o futebol.
Como você avalia a realização dos jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro?
Acho que o Rio de Janeiro vai ficar com o legado da estrutura. As obras vão ficar para a cidade, mas o Brasil inteiro vai levar vantagem com a realização dos jogos no país pela disseminação das modalidades e das informações sobre as mesmas. Acredito que muita gente vai passar a praticar esportes por causa do Pan. Os jogos vão inspirar jovens atletas que, por sua vez, vão se espelhar nos grandes atletas que estarão competindo. O Pan vai deixar a divulgação do esporte e dos seus valores, principalmente a disciplina e a força de vontade. Tudo isso ficará para o Brasil.
Qual a importância da imparcialidade para o jornalismo esportivo?
A imparcialidade é fundamental porque nós estamos lidando sempre com a paixão das pessoas. Se no jornalismo temos que ser imparciais, no jornalismo esportivo esta exigência é muito maior. Quando esquecemos a isenção, as pessoas se sentem intimamente feridas.
Respeito muito quem declara o time pelo qual torce. Existem vários jornalistas no Brasil que declaram o time pelo qual torcem, e eu respeito essa posição. Porém, por uma questão profissional, prefiro não declarar o meu time. Apesar disso, não vejo problema quanto àqueles que divulgam o time e são honestos com o público. Alguns dos grandes jornalistas, como Armando Nogueira e Nélson Rodrigues, assumiam seus clubes e eram grandes jornalistas, assim como faz hoje o jornalista Juca Kfouri.
Por que você acha q ainda não há muito espaço para as mulheres na locução esportiva?
Pois é... Essa semana eu estava acompanhando um jogo na RAI, a TV estatal italiana, e tinha uma mulher narrando o jogo do Milan. Acho que é uma barreira que ainda tem que ser quebrada, mas pode ter certeza que em breve isso vai acontecer, porque as mulheres já estão ocupando outras áreas de destaque na imprensa esportiva, na reportagem, na edição, na apresentação. É só uma questão de tempo.
O que você acha da nova profissão dos ex-jogadores, que passaram a fazer comentários nos jogos transmitidos pela TV?
Acho que eles estão ocupando uma função específica dentro do jornalismo. Como jornalista, não me incomodo com a presença de ex-jogadores. Para o jornalismo especificamente – para você dar uma notícia, com isenção, tamanho certo, respondendo todas as exigências da profissão – acredito queprecisa sim de um jornalista com diploma.
Após sua palestra, onde conquistou a platéia com seu jeito mineiro de contar histórias, o jornalista respondeu algumas perguntas.
Sobre a presença das mulheres no jornalismo esportivo, ele acredita que ainda existe preconceito, conseqüência de pensamentos retrógrados. Em contrapartida, “hoje as mulheres já têm espaço garantido nas editorias de esporte, além de atuarem em outras áreas, como bandeirinhas, advogadas conceituadas de causas esportivas e até presidentes de clubes de futebol”.
Rogério concedeu também uma entrevista para a Equipe Resumo Esportivo.
Qual sua expectativa para o Brasil caso ele seja sede para a Copa do Mundo de 2014?
A expectativa é a melhor possível, porque o Brasil tem todas as chances de sediar uma Copa do Mundo. É claro que vamos ter que adequar nossos estádios às exigências da FIFA, e isso vai ser fundamental para o desenvolvimento e modernização do nosso principal esporte, que é o futebol.
Como você avalia a realização dos jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro?
Acho que o Rio de Janeiro vai ficar com o legado da estrutura. As obras vão ficar para a cidade, mas o Brasil inteiro vai levar vantagem com a realização dos jogos no país pela disseminação das modalidades e das informações sobre as mesmas. Acredito que muita gente vai passar a praticar esportes por causa do Pan. Os jogos vão inspirar jovens atletas que, por sua vez, vão se espelhar nos grandes atletas que estarão competindo. O Pan vai deixar a divulgação do esporte e dos seus valores, principalmente a disciplina e a força de vontade. Tudo isso ficará para o Brasil.
Qual a importância da imparcialidade para o jornalismo esportivo?
A imparcialidade é fundamental porque nós estamos lidando sempre com a paixão das pessoas. Se no jornalismo temos que ser imparciais, no jornalismo esportivo esta exigência é muito maior. Quando esquecemos a isenção, as pessoas se sentem intimamente feridas.
Respeito muito quem declara o time pelo qual torce. Existem vários jornalistas no Brasil que declaram o time pelo qual torcem, e eu respeito essa posição. Porém, por uma questão profissional, prefiro não declarar o meu time. Apesar disso, não vejo problema quanto àqueles que divulgam o time e são honestos com o público. Alguns dos grandes jornalistas, como Armando Nogueira e Nélson Rodrigues, assumiam seus clubes e eram grandes jornalistas, assim como faz hoje o jornalista Juca Kfouri.
Por que você acha q ainda não há muito espaço para as mulheres na locução esportiva?
Pois é... Essa semana eu estava acompanhando um jogo na RAI, a TV estatal italiana, e tinha uma mulher narrando o jogo do Milan. Acho que é uma barreira que ainda tem que ser quebrada, mas pode ter certeza que em breve isso vai acontecer, porque as mulheres já estão ocupando outras áreas de destaque na imprensa esportiva, na reportagem, na edição, na apresentação. É só uma questão de tempo.
O que você acha da nova profissão dos ex-jogadores, que passaram a fazer comentários nos jogos transmitidos pela TV?
Acho que eles estão ocupando uma função específica dentro do jornalismo. Como jornalista, não me incomodo com a presença de ex-jogadores. Para o jornalismo especificamente – para você dar uma notícia, com isenção, tamanho certo, respondendo todas as exigências da profissão – acredito queprecisa sim de um jornalista com diploma.
2 comentários:
gostei muito da entrevista e do que o Rogério disse.
nao tinha pensado no quão benéfico será o Pan para todo mundo, inclusive para o jornalismo.
mudei também minha opinião quanto a presença de ex-atletas comentaristas...desde que competentes, claro
Gostei muito da entrevista do Rogério Corrêa, e ainda mais da iniciativa desse evento organizado pela FACOM! Parabéns!
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