Igor Gama
O Domingo foi negro para o futebol do Rio. O tempo frio e nublado que tomou conta das cidades por todo o Brasil parece ter inibido os clubes cariocas, sempre acostumados a uma atmosfera bem diferente. Coadjuvantes na rodada de número 28 da competição, Fluminense e Botafogo ressuscitaram Paraná e Goiás, respectivamente. Já o Vasco, ladeira abaixo, distanciou-se da Libertadores, e de quebra, reanimou o Peixe, adversário direto por uma vaga no principal torneio das Américas.
No Maracanã, o Botafogo permaneceu no mesmo estado de inércia que tomou conta da equipe a partir dos 28 minutos do segundo tempo da partida contra o River. A recepção à base de pipocas e calcinhas, a pancadaria generalizada no treinamento de sábado e a discussão entre dirigentes e torcedores fizeram do Maraca um ambiente absolutamente hostil para o Glorioso. Os jogadores, em estado de choque, apenas assistiram o Goiás jogar, enquanto a massa alvinegra homeageava o ex-treinador, balançava notas de 1 real e detonava impropérios para todos os lados.
O Fluminense entrou em campo às 18:10 para duelar com o Paraná, no irregular e apertado gramado do Durival de Brito. O Tricolor lutava por dois objetivos: Vencer sem Thiago Neves e manter intocável o gol de Fernando Henrique, que não buscava uma bola no fundo das redes fazia mais de 400 minutos. Mas o desenrolar do jogo mostrou que as metas eram muito pretenciosas. Sem Thiago Neves o Flu perdeu o brilho e nada conseguiu criar. O gol de empate da equipe de Curitiba, no meio do primeiro tempo, não só abriu caminho para a vitória dos paranistas como parece ter abaldo a confiança do arqueiro das Laranjeiras. Isso porque na segunda metade do jogo o jovem goleiro tomou um verdadeiro peru, digno daqueles mais apreciados em uma noite de Natal. Assim como nosso ex-presidente FH, o nosso então herói entregou o ouro e se tornou o vilão da história.
O Vasco foi o carioca que chegou mais perto de um triunfo nesta tarde dominical. A equipe cruzmaltina, de uma forma arrasadora, dominou o Peixe no início do jogo. Mas Leandro Amaral parece ter gastado toda a munição contra o Lanús e perdeu chances incríveis. O gol do Santos, na metade da primeira etapa, abateu o Gigante da Colina que, desgasatado, não conseguiu reagir. A experiente equipe santista se limitou a admnistrar o resultado durante todo o segundo tempo, e o derradeiro apito do juíz garantiu a vitória para os comadados de Luxemburgo. O score final consolidou o baixo aproveitamento do Vasco no último mês e acendeu o sinal de alerta em São Januário.
Esperamos que o sol volte a iluminar as tardes de Domingo, porque a sua presença parece ser essencial para o brilho dos times cariocas.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
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