
Henrique Fernandes
Três toques. Três toques de tirarem o fôlego. Daqueles que mal podemos acompanhar com os olhos no estádio. Daqueles que grudam nossos olhos no campo de jogo, ávidos pela próxima jogada.
Quem viu o primeiro gol do Cruzeiro contra o Palmeiras ontem a tarde no Mineirão, sabe exatamente do que estou falando. Três toques: Diego Cavalieri lança errado e cava a sepultura do Verdão. Maicossuel intercepta. Alecsandro, o artilheiro, com um tapa desdenhoso na bola torna-se Alecsandro, o garçom. Marcelo Moreno agradece, e cumprimenta Diego Cavalieri, o excelente goleiro que começou o lance soberbo com um erro. Explosão no Mineirão lotado, que em êxtase, mal sabia que ainda explodiria mais 4 vezes naquela tarde.
O Palmeiras resistiu ao Cruzeiro por 25 minutos e três toques do melhor ataque do Brasil.
O excelente Cruzeiro destruiu o Palmeiras na tarde de ontem. 5 tentos a 0. Podia ter sido até mais. Pra mim, sem dúvidas, é o melhor time do campeonato e só não está disputando o título ponto a ponto com o São Paulo ainda porque demorou a engrenar. Dorival Júnior é, junto com Cuca e Renato Gaúcho, um ícone da nova geração de treinadores do Brasil. Grande trabalho, mesmo tendo que acompanhar sua poderosa criatura como um reles torcedor das arquibancadas, por um preciosismo tendencioso de um STJD quase paulista. Imagine se estivesse à beira do campo ontem...
Sinceramente, não gosto do Cruzeiro. Não é meu time por simpatia em Belo Horizonte, cidade que visito com frequência, aonde é necessário escolher um dos dois lados – Atlético ou Cruzeiro – para se falar de futebol. Lá, sou Atlético, por simpatia, cores e para contrariar os parentes celestes.
Mas em se tratando de campeonato Brasileiro, guardadas as devidas rivalidades, não posso me render ao pragmatismo burocrático do São Paulo. Não me empolga. Me recuso a entregar a taça do campeonato do meu país a um time que se vangloria por não tomar gols. Não posso fechar os olhos para a excelência ofensiva Cruzeirense, para as estonteantes trocas de passes do ataque veloz, pra eficiência e esplendorosa fase de Alecsandro, pra vivacidade de Wágner e a estrela de Marcelo Moreno, iluminado. Pouco importa se a defesa é ruim, o ataque garante.
Nós Brasileiros, deveríamos olhar pra trás e vermos que o São Paulo não tem a nossa cara. Nos acostumamos a dar ao mundo o fino trato da bola, assim construímos nossa história e galgamos nosso lugar de honra no futebol mundial. Sempre tivemos um futebol alegre e empolgante, emocionante, um futebol mágico e convincente que faz os performáticos artistas da bola parecerem deuses. O Botafogo resgatou isso no início do ano, e o Cruzeiro agora, trouxe isso na plenitude, resgatando a esperança do futebol nostálgico do tempo dos grandes craques.
Não sou torcedor do Cruzeiro, mas gosto demais de futebol para não preferi-lo em relação ao São Paulo por mera rivalidade. Que os amantes de futebol pensem nisso e dêem os devidos méritos a um time que só quer resgatar aquele futebol encantado do qual temos saudade mesmo sem termos visto. Reverenciemos o que merece ser reverenciado e esqueçamos por um momento do futebol de números e resultados, o que faz o esporte parecer ciência exata. E isso, bem sabemos que não é.
Quem viu o primeiro gol do Cruzeiro contra o Palmeiras ontem a tarde no Mineirão, sabe exatamente do que estou falando. Três toques: Diego Cavalieri lança errado e cava a sepultura do Verdão. Maicossuel intercepta. Alecsandro, o artilheiro, com um tapa desdenhoso na bola torna-se Alecsandro, o garçom. Marcelo Moreno agradece, e cumprimenta Diego Cavalieri, o excelente goleiro que começou o lance soberbo com um erro. Explosão no Mineirão lotado, que em êxtase, mal sabia que ainda explodiria mais 4 vezes naquela tarde.
O Palmeiras resistiu ao Cruzeiro por 25 minutos e três toques do melhor ataque do Brasil.
O excelente Cruzeiro destruiu o Palmeiras na tarde de ontem. 5 tentos a 0. Podia ter sido até mais. Pra mim, sem dúvidas, é o melhor time do campeonato e só não está disputando o título ponto a ponto com o São Paulo ainda porque demorou a engrenar. Dorival Júnior é, junto com Cuca e Renato Gaúcho, um ícone da nova geração de treinadores do Brasil. Grande trabalho, mesmo tendo que acompanhar sua poderosa criatura como um reles torcedor das arquibancadas, por um preciosismo tendencioso de um STJD quase paulista. Imagine se estivesse à beira do campo ontem...
Sinceramente, não gosto do Cruzeiro. Não é meu time por simpatia em Belo Horizonte, cidade que visito com frequência, aonde é necessário escolher um dos dois lados – Atlético ou Cruzeiro – para se falar de futebol. Lá, sou Atlético, por simpatia, cores e para contrariar os parentes celestes.
Mas em se tratando de campeonato Brasileiro, guardadas as devidas rivalidades, não posso me render ao pragmatismo burocrático do São Paulo. Não me empolga. Me recuso a entregar a taça do campeonato do meu país a um time que se vangloria por não tomar gols. Não posso fechar os olhos para a excelência ofensiva Cruzeirense, para as estonteantes trocas de passes do ataque veloz, pra eficiência e esplendorosa fase de Alecsandro, pra vivacidade de Wágner e a estrela de Marcelo Moreno, iluminado. Pouco importa se a defesa é ruim, o ataque garante.
Nós Brasileiros, deveríamos olhar pra trás e vermos que o São Paulo não tem a nossa cara. Nos acostumamos a dar ao mundo o fino trato da bola, assim construímos nossa história e galgamos nosso lugar de honra no futebol mundial. Sempre tivemos um futebol alegre e empolgante, emocionante, um futebol mágico e convincente que faz os performáticos artistas da bola parecerem deuses. O Botafogo resgatou isso no início do ano, e o Cruzeiro agora, trouxe isso na plenitude, resgatando a esperança do futebol nostálgico do tempo dos grandes craques.
Não sou torcedor do Cruzeiro, mas gosto demais de futebol para não preferi-lo em relação ao São Paulo por mera rivalidade. Que os amantes de futebol pensem nisso e dêem os devidos méritos a um time que só quer resgatar aquele futebol encantado do qual temos saudade mesmo sem termos visto. Reverenciemos o que merece ser reverenciado e esqueçamos por um momento do futebol de números e resultados, o que faz o esporte parecer ciência exata. E isso, bem sabemos que não é.
3 comentários:
Falando somente desse final-de-semana,e os lindos gols do São Paulo na goleada por 6 a 0 sobre o Paraná? É o pragmatismo burocrático com um pouco de bom toque de bola lá na frente! Afinal, pragmatismo por pragmatismo, todos nós somos, não é mesmo?
Discordo Rafael... Na verdade, o que expus foi a opinião do bloguista, enqto apreciador do futebol. Não gosto e repudio o futebol pragmático, apesar de admitir que algumas vezes ele alcança resultados. Gosto mto mais de ver o futebol de toques rápidos que o Cruzeiro - e só ele - apresenta no momento.
O São Paulo derrotou o fraco Paraná Clube. O Cruzeiro arrebentou o sexto colocado no Brasileiro, com chances reais de chegar a Libertadores. Isso é inquestionável.
Lembra-se de Cruzeiro 1x2 São Paulo, no turno? O Tricolor ganhou, mas foi pressionado a partida inteira, e "achou" os dois gols que fez. Hernanes nunca mais acertará um chute como aquele. Sorte, que premiou a competência defensiva do Tricolor. Nem sempre é assim.
O que fiz foi o contrário: colocar um pouco de pimenta como torcedor. hehe. Aquele jogo foi o único realmente que o SPFC jogou bola.
Todos gostam de ver realmente um futebol vistoso, que não dê sono aos 10min do primeiro tempo de uma partida. Enquanto torcedor de um time, quero vê-lo ganhar, não importa como. Lógico que, com futebol de toques rápidos e boa dose de aplicação tática, tudo fica mais fácil. Dungas e Muricys vem nos ensinando que o bonito é errado. O próprio Juca Kfouri vem insistindo nessa tecla. Mas com os "ovos" que o Muricy tem nas mãos, é difícil de fazer um omelete muito diferente. Talvez quando o Aloísio se aposentar de vez e o Dagoberto estiver tinindo...
Postar um comentário