Bruno Guedes
Essa semana foi marcada pela absolvição do atacante Dodô, do Botafogo, em mais um caso de doping mal resolvido no futebol brasileiro. Dessa forma, gostaria de utilizar esse espaço para fazer algumas considerações.
Antes de tudo, relembremos o que aconteceu com o “artilheiro dos gols bonitos”: depois da partida em que o Botafogo venceu o Vasco por 4 a 0, Dodô foi pego no exame antidoping, que encontrou na urina do atleta uma anfetamina. Antes de qualquer alegação de quem quer que seja, surgiu a informação que a substância constava em um redutor de apetite. Em seguida, o atacante disse à imprensa que não utilizara nenhum medicamento quando da realização da partida contra o Vasco. A diretoria do Botafogo só se comunicou em um primeiro momento para dizer que o atleta era total responsável pelo ocorrido, e que deveria se defender sozinho.
A esposa de Dodô veio à imprensa e a história começou a mudar. Em entrevista ao jornal carioca “O Dia”, ela acusou o alvinegro de omissão e disse que iria até as últimas conseqüências para provar a inocência do marido. Falou também sobre a grande possibilidade do craque deixar o Botafogo. Depois de longo silêncio da diretoria e corpo médico botafoguenses, surgiu uma denúncia de que um composto dado aos atletas e que deveria conter apenas cafeína havia sido contaminado ainda no laboratório farmacêutico. Um exame feito nas amostras enviadas pelo Botafogo corroborou o fato e foi amplamente divulgado pela imprensa.
O mesmo não aconteceu com a alegação do laboratório de que a única das três amostras que apresentou contaminação não estava lacrada. Veio o julgamento e Dodô foi suspenso por 120 dias. Mas, na quinta-feira o recurso no STJD foi julgado e o atacante absolvido.
Durante todo o caso a imprensa fez um papel muito feio, aparecendo sempre como um advogado de defesa do jogador. Deixando de lado seu papel de informador ou investigador, o que lhe caberia. Mesmo sabendo que o jornalismo não é imparcial, como se diz, ele também não deve se envolver. Várias informações foram sonegadas, nem todas as fontes foram ouvidas.
Não me cabe dizer se o jogador se dopou ou não, apontar culpados, ou qualquer coisa do tipo. Contudo, gostaria de ver tudo investigado corretamente, sem julgamentos de valor, considerando a vida pregressa do jogador, seu comportamento em campo, familiar, o que seja. Houve ingestão se uma substância proibida, isso é fato. Alguém é culpado, isso é fato. Então, alguém deve ser punido, doa a quem doer. Talvez, fosse hora de uma investigação criminal. Isso mesmo, já era hora da polícia entrar no caso. Ou será que isso incomodaria alguém?
Resta saber também porque os botafoguenses que sempre se dizem vítimas de teorias da conspiração, como meu caro colega Henrique Fernandes, que já trouxe a tona a relação entre a bandeirinha Ana Paula e o patrocinador do Figueirense, não acharem estranho o fato de Dodô ter sido absolvido no STJD com o voto de dois desembargadores, que ao mesmo tempo são conselheiros do Botafogo.
Antes de tudo, relembremos o que aconteceu com o “artilheiro dos gols bonitos”: depois da partida em que o Botafogo venceu o Vasco por 4 a 0, Dodô foi pego no exame antidoping, que encontrou na urina do atleta uma anfetamina. Antes de qualquer alegação de quem quer que seja, surgiu a informação que a substância constava em um redutor de apetite. Em seguida, o atacante disse à imprensa que não utilizara nenhum medicamento quando da realização da partida contra o Vasco. A diretoria do Botafogo só se comunicou em um primeiro momento para dizer que o atleta era total responsável pelo ocorrido, e que deveria se defender sozinho.
A esposa de Dodô veio à imprensa e a história começou a mudar. Em entrevista ao jornal carioca “O Dia”, ela acusou o alvinegro de omissão e disse que iria até as últimas conseqüências para provar a inocência do marido. Falou também sobre a grande possibilidade do craque deixar o Botafogo. Depois de longo silêncio da diretoria e corpo médico botafoguenses, surgiu uma denúncia de que um composto dado aos atletas e que deveria conter apenas cafeína havia sido contaminado ainda no laboratório farmacêutico. Um exame feito nas amostras enviadas pelo Botafogo corroborou o fato e foi amplamente divulgado pela imprensa.
O mesmo não aconteceu com a alegação do laboratório de que a única das três amostras que apresentou contaminação não estava lacrada. Veio o julgamento e Dodô foi suspenso por 120 dias. Mas, na quinta-feira o recurso no STJD foi julgado e o atacante absolvido.
Durante todo o caso a imprensa fez um papel muito feio, aparecendo sempre como um advogado de defesa do jogador. Deixando de lado seu papel de informador ou investigador, o que lhe caberia. Mesmo sabendo que o jornalismo não é imparcial, como se diz, ele também não deve se envolver. Várias informações foram sonegadas, nem todas as fontes foram ouvidas.
Não me cabe dizer se o jogador se dopou ou não, apontar culpados, ou qualquer coisa do tipo. Contudo, gostaria de ver tudo investigado corretamente, sem julgamentos de valor, considerando a vida pregressa do jogador, seu comportamento em campo, familiar, o que seja. Houve ingestão se uma substância proibida, isso é fato. Alguém é culpado, isso é fato. Então, alguém deve ser punido, doa a quem doer. Talvez, fosse hora de uma investigação criminal. Isso mesmo, já era hora da polícia entrar no caso. Ou será que isso incomodaria alguém?
Resta saber também porque os botafoguenses que sempre se dizem vítimas de teorias da conspiração, como meu caro colega Henrique Fernandes, que já trouxe a tona a relação entre a bandeirinha Ana Paula e o patrocinador do Figueirense, não acharem estranho o fato de Dodô ter sido absolvido no STJD com o voto de dois desembargadores, que ao mesmo tempo são conselheiros do Botafogo.
Um comentário:
bruno,
melhor texto que li aqui no blog
assino embaixo
a imprensa foi ridícula mesmo, e a questão dos comprimido não-lacrado pra mim é crucial nisso tudo
botafogo punido era o mínimo
ridículo esse episódio
pra mim, já mancha qualquer "feito" que venha a ser conseguido pelo clube
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