
Henrique Fernandes
Na saída da versão radiofônica do Resumo Esportivo de ontem, fui surpreendido pelo pedido do amigo Ígor Gama para postar aqui no blog na segunda-feira, tradicionalmente meu dia de postagem, ao invés da terça, dia dele. Troquei de bom grado, e resolvi postar hoje para não congestionar o blog. Parece que foi Deus que me concedeu a oportunidade de atrasar minha postagem, para que eu pudesse escrever aqui sobre algo que me comove especialmente no mundo do futebol.
Na manhã de hoje, 28 de Agosto de 2007, o futebol mundial viveu mais um momento de luto. O jovem defensor espanhol Antonio Puerta, faleceu por complicações em seu estado de saúde após um mal súbito sofrido dentro do gramado na partida entre seu time, o Sevilla, e o Getafe, no último sábado. Puerta tinha 22 anos.
Imediatamente, o torcedor Brasileiro se transporta para a fatídica noite de 27 de Outubro de 2004, quando o defensor Serginho do São Caetano sucumbiu no gramado do Morumbi pra nunca mais se levantar. A imagem do desesperto dos atletas de ambos os times nos permite ter idéia da dimensão do que seja ver um companheiro de profissão perder a vida diante de seus olhos. A torcida do São Paulo gritou o nome do zagueiro adversário - que já não podia ouvir - e provou que nessas horas o fato de ser um adversário em condição desfavorável pouco importa. Era como se quisessem trazê-lo de volta a vida. É de arrepiar.
É engraçado como nos sentimos impotentes diante de fatos como estes. É estranho pensar que atletas no auge de sua capacidade física, examinados minuciosamente por médicos gabaritados possam estar tão vulneráveis a morte por ocasião do esforço que o futebol demanda, como estão. No caso do jovem Puerta, os médicos que cuidaram do jogador durante a internação já eximiram o clube de culpa. Disseram que a anomalia que provocou a morte do jogador é de difícil detecção, ou seja, Puerta estava condenado e sequer teve o direito de saber disso.
O Sevilla é um dos clubes mais bem estruturados do mundo. É o clube de jogadores Brasileiros como Daniel Alves, Luís Fabiano e Renato. E já foi o clube de Júlio Baptista, hoje titular da seleção Brasileira. Ainda assim, um dos atletas do clube faleceu repentinamente, como se a vida fosse algo banal e substituível. Culparemos o clube? O jogador? Não havia tanta insolação quanto nas partidas de verão às 16 horas aqui do Brasil, nem a altitude criminosa de La Paz, no entanto, Puerta sucumbiu. Foe sucumbiu. Féher sucumbiu. Serginho sucumbiu.
Contra os desígnios da vida e da morte, não há como lutar. O futebol está de luto novamente. Deixemos de procurar culpados pelo menos desta vez. Deixemos que as coisas sigam sua ordem natural e respeitemos o sofrimento da família de Antonio Puerta e de seus companheiros de Sevilla. Futebol é coisa séria, mas quando rompe as barreiras da vida e da morte, deixa de ser o futebol que prezo e conheço, que é o da alegria, dos gols, e que o derrotado pode se recuperar na rodada seguinte. Quando todos perdemos coisas que não podemos recuperar, não tem graça.
Na manhã de hoje, 28 de Agosto de 2007, o futebol mundial viveu mais um momento de luto. O jovem defensor espanhol Antonio Puerta, faleceu por complicações em seu estado de saúde após um mal súbito sofrido dentro do gramado na partida entre seu time, o Sevilla, e o Getafe, no último sábado. Puerta tinha 22 anos.
Imediatamente, o torcedor Brasileiro se transporta para a fatídica noite de 27 de Outubro de 2004, quando o defensor Serginho do São Caetano sucumbiu no gramado do Morumbi pra nunca mais se levantar. A imagem do desesperto dos atletas de ambos os times nos permite ter idéia da dimensão do que seja ver um companheiro de profissão perder a vida diante de seus olhos. A torcida do São Paulo gritou o nome do zagueiro adversário - que já não podia ouvir - e provou que nessas horas o fato de ser um adversário em condição desfavorável pouco importa. Era como se quisessem trazê-lo de volta a vida. É de arrepiar.
É engraçado como nos sentimos impotentes diante de fatos como estes. É estranho pensar que atletas no auge de sua capacidade física, examinados minuciosamente por médicos gabaritados possam estar tão vulneráveis a morte por ocasião do esforço que o futebol demanda, como estão. No caso do jovem Puerta, os médicos que cuidaram do jogador durante a internação já eximiram o clube de culpa. Disseram que a anomalia que provocou a morte do jogador é de difícil detecção, ou seja, Puerta estava condenado e sequer teve o direito de saber disso.
O Sevilla é um dos clubes mais bem estruturados do mundo. É o clube de jogadores Brasileiros como Daniel Alves, Luís Fabiano e Renato. E já foi o clube de Júlio Baptista, hoje titular da seleção Brasileira. Ainda assim, um dos atletas do clube faleceu repentinamente, como se a vida fosse algo banal e substituível. Culparemos o clube? O jogador? Não havia tanta insolação quanto nas partidas de verão às 16 horas aqui do Brasil, nem a altitude criminosa de La Paz, no entanto, Puerta sucumbiu. Foe sucumbiu. Féher sucumbiu. Serginho sucumbiu.
Contra os desígnios da vida e da morte, não há como lutar. O futebol está de luto novamente. Deixemos de procurar culpados pelo menos desta vez. Deixemos que as coisas sigam sua ordem natural e respeitemos o sofrimento da família de Antonio Puerta e de seus companheiros de Sevilla. Futebol é coisa séria, mas quando rompe as barreiras da vida e da morte, deixa de ser o futebol que prezo e conheço, que é o da alegria, dos gols, e que o derrotado pode se recuperar na rodada seguinte. Quando todos perdemos coisas que não podemos recuperar, não tem graça.
2 comentários:
Realmente Henrique, a morte do Puerta foi muito chocante. Um atleta tão jovem perdendo a vida dessa maneira entristece completamente o mundo do futebol.
Parabéns pela postagem e que isso se repita cada vez menos no esporte.
Parabens Henrique bela postagem!Infelizmente o futebol não esta livre desse tipo de coisa e temos que acreditar que as vezes não existem culpados.
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